terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Crítica um pouco atrasada da estreia de Dalva & Herivelto. Mas vale conferir!

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Antes da estreia de "Dalva e Herivelto - Uma canção de amor", Dennis Carvalho avisou: "É o melhor trabalho da minha carreira". Pelo que se viu no primeiro capítulo, pode ser que o diretor tenha razão. A história começa mostrando Dalva, ainda menina, cantando na rua por alguns trocados, e dá um salto no tempo, revelando as mãos envelhecidas da cantora regando suas plantas. A câmera ainda não revela seu rosto, já marcado pelo tempo e pelo acidente que sofreu, e a acompanha de costas até que ela peça socorro pelo telefone. Ao fundo, ouve-se "Que será?", sucesso daquela que foi considerada a Rainha da Voz. A sequência já arrebata o espectador, anunciando o que está por vir: emoção e qualidade técnica, que já virou uma marca nas minisséries exibidas pela Globo.

A história volta mais uma vez no tempo, para o momento em que Dalva e Herivelto se conheceram. E será assim em todos os capítulos, com a história se dividindo em várias épocas, sem que o público se perca. Para localizá-lo, uma manchete de jornal ou imagens da construção da ponte Rio-Niterói ajudam quem está assistindo a se situar no tempo e na trajetória da vida do casal.

O fato de grande parte do público já conhecer a trajetória desse casal, um dos mais famosos na música brasileira, não tira em nada os sabor da história. Pelo contrário. Quando vemos Herivelto Martins fazendo seus galanteios e suas juras de amor a Dalva de Oliveira, sabemos qual será o desfecho desse "amor eterno", mas não deixamos de torcer. A minissérie pode fazer um retrato da época, relembrando figuras históricas da cultura brasileira, como Francisco Alves, Grande Otelo, Dercy Gonçalves, mas é, sobretudo, uma história de amor.

Adriana Esteves, mesmo com grandes personagens no currículo, como a Sandrinha de "Torre de Babel" (lembram?), ainda não era vista como uma grande atriz. Não era. A carreira daquela que já foi anunciada um dia como a "nova namoradinha do Brasil", ganha novo fôlego (e importância) com Dalva de Oliveira. É uma interpretação impecável, dos gestos ao olhar. E que olhar! A atriz deu um banho, principalmente na cena em que a cantora conhecia sua casa nova, na Urca. Fábio Assunção, carregando durante toda a carreira o estigma de galã, também provou seu talento. Seu Herivelto é galanteador, mulherengo, mas também encantador. A química vista na TV é mérito dos dois atores, que, visivelmente, se entregaram, sem pudores, aos personagens.

"Dalva e Herivelto" é como um samba-canção, estilo que ficou famoso com a cantora retratada. Uma exaltação ao amor romântico a um passo do sofrimento, da dor de cotovelo, da fossa como caminho quase inevitável das paixões arrebatadoras. O único porém foi o fim do primeiro capítulo. Pode-se tentar fazer cinema na televisão, contar belas histórias com câmeras importadas, mas o que não deve ser esquecido é que se trata de um produto de teledramaturgia. A cena congelada no beijo do casal não é gancho para o próximo capítulo. E gancho em televisão, criar um suspense para o próximo passo para a história, é ferramenta fundamental.

Leonardo Ferreira.

DAQUI A ALGUNS MINUTOS: Prévia de 'Dalva & Herivelto'.

1 comentários:

Rosilda disse...

simplesmente amei a hisória de Dalva e Herivelto. só achei que a mão da Dalva na fase final, estava muito envelhecida, parecia até cicatris de queimadura

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