GALERIA EM CONSTRUÇÃO. MANHÃ.
Luisa & Laio estão cara a cara. A pergunta é: Quem é o mandante de seu sequestro?
Luisa – (pressionando - o) Chega desse mistério! Eu quero saber de toda a verdade...! Isso se você não estiver me enrolando!... Vamos! Fale! Quem é o mandante de tudo?!
Laio – (encara Luisa) O mandante de tudo atende pelo nome de...
Jorge – (aparece de surpresa) LUISA!... Se afaste desse homem!
Luisa vira-se para Jorge, espantada.
Luisa – (mortificada) Jorge?!...
Nesse momento, Laio pula dentro do posso do elevador em obras e cai sobre alguns sacos de cimento.
Luisa passa mal e desmaia.
Jorge – (a socorrendo) Luisa... Amor... (para si mesmo) Maldito! Sabia que ele ia tentar algo... Eu devia ter matado você, Laio!...
MANSÃO DOS CANTOMAIA. DIA.
Todos estão sentados á mesa para o almoço. Quase todos. O único que não está presente é Aloísio.
Débora – (preocupada) O Aloísio está demorando muito hoje... Essa hora ele sempre costuma já estar em casa... (chama a empregada) Antonieta, faça um favor. Ligue na marmoraria pra mim. Pergunte se o Aloísio ainda está lá.
Enquanto isso Patrícia e Miguel não param de se entreolhar. Rogério sente o clima.
Rogério – (como quem não quer nada) Ora, desse jeito eu vou ficar com ciúme. Vocês não param de trocar olhares...
Patrícia – (contornando a situação) Roger! Da onde você tirou isso?... Eu nunca te dei motivos para desconfiar de mim! Sou uma mulher de respeito. Espero um filho seu. Já você de vez em quando me da alguns motivos... Como hoje, saiu e nem me disse pra onde ia.
Celina intervém para acalmar os ânimos.
Celina – O que é isso meus amores. Sempre se dão tão bem. Não é agora que o casamento se aproxima que vão começar a briga...
Rogério – (corta a frase de Celina) Nós não estamos brigando.
Aloísio adentra á sala de jantar.
Débora – (intrigada) Aloísio, onde você estava?!... De tão preocupada que fiquei mandei Antonieta ligar em seu escritório.
Aloísio – (friamente) Não há mais motivos para preocupação. Cheguei. Estava resolvendo uns assuntos... Assuntos importantes.
Ele volta-se cinicamente para Celina.
BARZINHO CHIQUE NA ZONA SUL. DIA.
Isabela está sentada em uma das mesas. Ela está à espera de Guto, que chega com um envelope.
Guto – (em tom de voz baixo) Está aqui o que me pediu. Só peço que pense muito para usar esse brinquedinho aqui.
Isabela – (abre o envelope e sorri) Ah! Eu vou ter muito cuidado e muita paciência para usar isso aqui...
Guto – Faz parte da sua vingança pessoal, não é?
Isabela – (séria) Tudo bem que nós trabalhamos juntos. Mas não quero que você se meta nisso.
Guto – (objetivo) Eu te pedi tanto Isabela. E você não me ouviu! Caiu de cabeça no caso com o tal Matheus... Se envolveu demais! Olha só no que deu: você apaixonada por ele...
Isabela – (irritada) Cala a boca!... Eu não admito que diga isso!... Eu não quero ouvir o nome desse desgraçado! (pausa) Ele me deu falsas esperanças. Com Matheus tudo era diferente pra mim... Eu me sentia amada... Mas ai aconteceu tudo isso... (enxuga as lágrimas)
Guto – (induzindo Isabela) Use toda sua raiva para concluir nosso plano... Seja tudo de ruim para o Matheus. Faça ele sofrer como nunca...
Isabela – Vou fazer isso! Vou acabar com ele, vou acabar com a família dele... Irei tirar tudo que ele tem!... (diabólica) Ai eu estarei vingada.
APARTAMENTO DE LUISA. DIA.
Geni e Jorge estão ao lado de Luisa, que se encontra em seu quarto, deitada na cama. Ela desperta do súbito desmaio.
Jorge – (aliviado) Amor, que bom que acordou! Nós estávamos aflitos...
Geni – (preocupada) Minha filha, o que houve pra você desmaiar?...
Luisa – (disfarça) Acho que a minha pressão caiu...
Geni – Vou preparar um chazinho com biscoitos... Já volto.
Ela sai do quarto. Jorge fecha á porta e volta-se para Luisa.
Jorge – (sério) Agora nós temos que conversar... A situação de hoje foi muito estranha...
Luisa – Você está certo. (respira fundo) Eu preciso te contar a verdade...
VOLTANDO A MANSÃO DOS CANTOMAIA.
Celina, Débora & Patrícia tomam café na sala de estar. Antonieta entra para anunciar alguém.
Antonieta – Com licença. Dona Débora, a senhora tem visita.
Débora – (intrigada) Mande entrar, ora.
Helena adentra á sala sorrindo.
Helena – Na verdade a visita não é bem para a senhora dona Débora. Mas sim para a minha titia e para minha priminha. (volta-se para elas) Olá, amores!
Celina lança um olhar fulminante para sua sobrinha