EDIÇÃO ESPECIAL.
CAPITULO 014 – Stela descobre o caso de Dom Lauro!
Suzana assustada volta-se para amiga sem saber o que dizer.
Suzana (assustada): EU?!...
Lidia (séria): Sim!... O que você está fazendo com meu vestido?...
Suzana (sem saber o que falar): É que eu pensei que esse vestido fosse meu...
Lidia (intrigada): Suzana você me viu comprando esse vestido. Agora como você pensa que ele é seu?...
Suzana (se recompõem): Ai amiga... É que eu sempre tive a curiosidade de me ver nesse vestido que acho lindo... Você tem um ótimo gosto para roupas... Perdão se eu invadi sua privacidade. Você se sente mal por isso?
Lidia (visivelmente nervosa): Suzana você sabe mais do que ninguém que eu odeio que usem minhas roupas... E você sabe também que eu odeio ainda mais que usem meus vestidos... Você pode tirá-lo, por favor.
Suzana (fingindo-se de vitima): Desculpe por isso, eu não pensei que você fosse ficar tão chateada comigo... Eu vou tirar seu vestido.
Lidia: É que eu quero... (sai do quarto)
Suzana enche seu olhar de ódio, ela ferozmente bagunça seu cabelo, o que da a ela um ar de loucura extrema.
Suzana (volta-se para o espelho): Desgraçada...
MAVERICK PRETO, RUA. DIA.
Na frente do enorme prédio na Mayer Publicidades estava estacionado um Maverick preto, um carro misterioso que não parecia ser de ninguém daquela região. Ou seria?... De dentro do carro uma pessoa não identificada observava tudo no anonimato, o vidro fume escondia o rosto do observador, que limpava com cuidado seu revolver, onde estava grafada a palavra, O LEOPARDO.
A PERGUNTA É: QUEM ELE ESTARIA OBSERVANDO?
JARDINS, RESTAURANTE. DIA.
Cristiano e Raquel terminaram de almoçar. Cristiano desperta a atenção de sua namorada, pois está com um olhar preocupado.
Raquel (colocando sua mão sobre a mão de Cris): O que foi amor?... Você está uma carinha séria, um olhar distante...
Cristiano (segura firme na mão de Raquel): Eu to muito preocupado, Raquel... To angustiado... Parece que eu to pressentindo que alguma coisa de ruim vai acontecer...
Raquel (com voz doce): Amor... O que de ruim poderia acontecer?
Cristiano (olhar distante): Não sei... Mas só sei que uma bomba está por vir.
Raquel acaricia a face de Cris delicadamente.
MANSÃO DOS MAYER, QUARTO CASAL. DIA.
Dom Lauro chega para almoçar com sua esposa, ele sobe as escadas chamando por seu nome.
Dom Lauro: Stela!... Amorzinho!... Cheguei!... Cadê você?!
Stela está em estado de choque sentada na sua cama, ela acabara de ver as fotos de seu marido beijando uma mulher. Stela está a ponto de explodir. Dom Lauro entra no quarto sorridente.
Dom Lauro (sem perceber nada): Oi Stelinha!... Eu passei a manhã toda pensando
Stela vira o rosto quando Dom Lauro tenta beija – lá. Ela se levanta, seu olhar está fuzilante de ódio.
Stela (falando entre os dentes): Como você pode ser tão cara de pau?... Seu Ordinário...
Dom Lauro (sem entender): Eu não estou entendendo Stela, o que está acontecendo?...
Stela (odiosa e magoada): Você ainda pergunta!... Como você tem coragem?!... Eu nunca fui tão humilhada em toda minha vida... (leva mão sobre o peito) Eu quero morrer...
Dom Lauro (preocupado): Stela... Amor, você não ta bem...
Stela (grita): Cala a boca! Não me dirija à palavra!... O que, que é?!... Eu perdi a graça pra você, eu não sirvo mais?!... Maldito! Canalha!
Dom Lauro (sério): Do que você está falando?...
Stela joga as fotos em cima de Dom Lauro.
Stela (descontrolada): To falando disso ai!... Você na porta de um restaurante beijando uma vagabunda!...
Dom Lauro (cinicamente): Você ta louca?... Não, Stela, você está fora de si...
Stela saca um revolver e mira na direção de Dom Lauro, que fica paralisado.
Stela (raivosa e cínica): Louca?... Você ainda não viu nada... Seu Cachorro! (suspirando de ódio) O nosso casamento acabou... Acabou pra você... Acabou pra nós dois... ACABOU...
Stela enlouquecida aperta o gatinho.
* A imagem congela, uma mira telescópica aparece e ao som de um tiro a tela se estilhaça como vidro decretando fim do capitulo. *
FIM DO CAPÍTULO 14.
CAPITULO 015 – Caos no clã dos Mayer.
MANSÃO DOS MAYER, SALA. DIA.
Cristiano e Raquel entram na mansão e logo escutam o barulho de tiro. Os dois se entreolham preocupados e com medo.
Raquel (atônita): Cris... Que barulho foi esse?!...
Cristiano (atento): É tiro, Raquel! Tiro!... E vem lá de cima!...
Os dois sobem as escadas correndo, mas o pior já aconteceu.
MANSÃO DOS MAYER, QUARTO CASAL. DIA.
Cristiano entra no quarto primeiro, Raquel, porém observa tudo da porta. Os dois se espantam com o que vêm. Stela está com o revolver em punho, Dom Lauro, está baleado no ombro, ele se apóia na mesinha de canto.
Cristiano (desesperado ao ver a mãe): MÃE!... Mãe solta essa arma!...
Stela (petrificada e desequilibrada): Eu não vou soltar nada... Eu vou matar seu pai... (grita) Ele é um canalha!... Um cachorro!... Eu mato ele e depois me mato!
Stela aparta o gatilho novamente, mas esse tiro por sorte acerta num abajur. Raquel entra em pânico.
Raquel (gritando): Socorro!... Alguém ajuda!
Cristiano segura sua mãe e a força consegue tomar o revolver dela. Stela fica ainda mais furiosa.
Stela (gritando e chorando): Me devolve essa arma!... Eu vou matar esse maldito!... (cai sobre a cama e chora desesperadamente) Eu nunca fui tão enganada eu quero morrer!... Eu quero morrer!
Silvinha adentra a mansão e ao escutar a gritaria no andar de cima sobe, ela também se preocupa.
Silvinha (pasma): Stela!...
Cristiano: Tia minha mãe!... Ela atirou no meu pai!... Tia ela ta louca!
Silvinha (voz baixa): Lauro... Meu Deus!... (voz mais alta) O que aconteceu aqui Cris?...
Cristiano (chora): Eu não sei!...
Lauro (se esforçando pra falar): Cris me leva pro hospital... Eu to perdendo muito sangue...
Cristiano (apóia seu pai): Tia cuida da minha mãe... Da um calmante pra ela...
Dom Lauro sai do quarto apoiado no seu filho. Cristiano coloca seu pai no carro e vai em disparada para o hospital. Na frente da mansão estacionado embaixo de uma árvore está o misterioso Maverick preto, logo que Cristiano sai em seu carro o Leopardo os segue.
MANSÃO DOS MAYER, SALA. TARDE.
Stela já está medicada, mesmo assim ela ainda chora muito. A sua volta estão Silvinha e sua futura nora, Raquel. Ela está contando as duas sobre o que descobriu.
Stela (chorando): (...) Uma amante!... Tudo acontecendo embaixo do meu nariz!... E eu burra não percebi nada!... (chora desconsolada)
Silvinha (abraça a amiga): Amiga coloca sua cabeça no lugar... Eu sei como isso deve estar sendo difícil pra você... Eu sei.
Stela (se livra do abraço): Não sabe! Você não sabe de nada... (diz ela em tom quase ríspido) Minha vida afundou! O chão se abriu embaixo de mim!... (encara Silvinha) Agora me fala. E se essa historia cair na boca da imprensa?... Eu to perdida!...
Raquel (com voz afável): Dona Stela... A senhora não pode ficar assim! Isso é se rebaixar. Se eu fosse à senhora levantaria a cabeça...
Stela (odiosa): Levantar a cabeça!... Parece que é tudo muito fácil. Eu fui apunhalada pelas costas! E agora eu vou fazer de tudo pra descobrir quem é a vagabunda que é amante do meu marido. Hahahaha... E quando eu descobrir quem é... Eu vou massacrar a maldita!
Silvinha engole a seco, um calafrio toma seu corpo.
HOSPITAL, CONSULTÓRIO. TARDE.
Cristiano e seu pai estão sozinhos no consultório. Um curativo já foi feito no braço de Dom Lauro. Ele agora conta o motivo da grande briga que acontecera a algumas horas. Na verdade, Lauro, mente. Ele conta sua versão do fato.
Dom Lauro (tom de voz calma): É isso filho. Sua mãe cismou que eu tenho uma amante. Ela conseguiu umas fotos, que alguém deve ter arranjado pra ela. Sua mãe acreditou que o homem na foto era eu, beijando outra mulher!... Obvio que colocaram essa historia na cabeça dela, por que eu nunca dei motivos pra sua mãe desconfiar de mim. (faz uma pausa) Você acredita em mim, não é Cris?
Cristiano (abalado): Sinceramente. Essa historia ta muito mal contada... (fica sério e encara o pai) Mas, escuta aqui... (suspira) Olha se eu descobrir que você está enganando minha mãe... Eu não sei o que sou capaz de fazer, não sei mesmo. É melhor que essa historia que você contou seja verdade... (abre a porta) Melhor mesmo...
Cristiano sai do consultório. Alguns minutos depois, Laércio, entra. Sua cara demonstra sua preocupação com o amigo.
Laércio (encarando Lauro): Ta vendo! Eu disse que isso ia acontecer...
Dom Lauro (estressado): Cala boca, cara! Veio aqui passar sermão? Se veio melhor ir embora...
Laércio (ri debochadamente): Não, eu tenho que dizer que tudo isso é muito engraçado. Dom Lauro Mayer, pego pela esposa na pulada de cerca. É demais!
MANSÃO DOS MAYER, QUARTO CASAL. NOITE.
Stela abalada e com os olhos vermelhos de tanto chorar, arruma o quarto depois da confusão. Ela pega no chão um porta – retrato quebrado, com a foto dela e Lauro. Ela olha a foto com ternura. Sem Stela perceber, Lauro, entra no quarto segurando um buquê de rosas.
Dom Lauro (tom de voz suave): Stela...
Ela vira-se para o marido. Os dois se encaram.
* A imagem congela, uma mira telescópica aparece e ao som de um tiro a tela se estilhaça como vidro decretando fim do capitulo. *
FIM DO CAPÍTULO 15.
NOVELA DE.:.GUSTAVO MORAES.