Vigésimo Terceiro Capítulo
As carcereiras voltavam e levavam Cláudia, achando ser a presidiária morta. Chegando ao cemitério da cadeia, elas, pegavam uma pá e enterravam-na de qualquer forma. Após o trabalho feito, passavam-se segundos quando as funcionárias do presídio se distanciavam do cemitério. Podia se ver, então, a mão de Cláudia, com uma faca, se desenterrando. Logo, ela se desenterrava e corria para as grades do cemitério, que lhe davam acesso a rua onde estavam Carlos e Patrícia.
Carlos: Até que enfim! Estava ficando preocupado... Ocorreu tudo bem?
Cláudia (respirando abafado): Sim. Tudo deu certo. Agora vamos antes que descubram! (segura a mão dele o puxando).
Carlos (parado): Desculpe Cláudia...
Cláudia: Você não vem?
Carlos: Eu não posso. Fernanda já está desconfiada e com certeza deve estar de olho em mim. Vá embora sozinha.
Cláudia: Mas com quem?!
Carlos: Com sua amiga claro. Ela vai lhe levar até a mansão dos Toller e aí você embarca com Marcelo.
Cláudia: Mas e você? Ficará bem?
Carlos (coloca suas mãos na face dela): Sim. Não se preocupe. Boa sorte... (beija-a).
Patrícia: Vamos logo Cláudia...
As duas entravam no carro e seguiam até a mansão dos Toller, enquanto Carlos ficava parado, olhando o automóvel se distanciando aos poucos, no meio da estrada e da escuridão da noite.
Viena...Fernanda andava de um lugar ao outro em sua varanda no quarto presidencial do hotel, agoniada por algum contato do assassino de aluguel. Logo, esse ligava...
Fernanda: E então?! Viu ele com quem? Junto a Cláudia? Ele notou algo? Ótimo... Então, não precisa esperar mais. Pode matar ele!
Delegacia...Lauro estava em seu escritório checando alguns documentos do seu trabalho, quando é surpreendido por um policial que corria até seu gabinete.
Policial: Detetive Lauro Kalid, eu tenho uma péssima notícia para você. Fernanda Da La Vega fugiu!
Lauro: Como?!
Policial: Eu não sei. Ela foi enterrada no lugar de outra presidiária morta, depois fugiu! Recebemos uma ligação anônima (havia sido o assassino de aluguel o anônimo) dizendo que ela estaria indo ao aeroporto de Guarulhos. Devemos ir?
Lauro: Claro! Preparem os policiais...
Policial: Sim senhor!
Mansão dos Toller...
O carro chegava rapidamente à mansão, onde Marcelo já esperava no portão da frente. Lá, descia Cláudia e Patrícia.
Cláudia: Anda Marcelo, precisamos ir rápido.
Marcelo: Ok. Vamos lá...
Aeroporto de Guarulhos...Estacionando o automóvel na garagem do aeroporto, os dois saiam acelerados com as passagens e malas nas mãos.
Patrícia (sem graça): Bem... Eu fico por aqui.
Cláudia (vira-se para ela): Obrigada por tudo Patrícia. Você se mostrou alguém muito confiável e uma boa amiga. Adeus. Deseje-me sorte... (abraça-a)
Patrícia (quase chorando): Pode deixar!
Marcelo (segura a mão de Cláudia): Sim, muito obrigado. Agora ande, temos que correr!
Cláudia (limpando as lágrimas): Sim claro. Tchau Patrícia.
Os dois entravam no aeroporto, com Cláudia disfarçada. Não demorava e já estavam na sala de embarque, passando por toda a segurança, despercebidos. O avião chegava e eles embarcavam. De repente, a polícia chegava às pressas.
Lauro: Deixe-me entrar! Polícia! Há uma criminosa nesse local!
Lauro podia ver das vidraças da sala de embarque, o avião que ia para Viena, decolando.
FIM DO CAPÍTULO 23.
AUTOR: JULIANO NOVAIS.