Vigésimo Oitavo Capítulo
Fernanda voltava de suas compras noturnas. Jogava as sacolas na cama do quarto, quando se deparava com Cláudia sentada ao sofá.
Cláudia: Fernanda... Há quanto tempo...
As duas se entreolhavam!
Cláudia (irônica): O que foi Fernanda? Surpresa? Parece que viu um fantasma...
Fernanda (fingindo-se de desentendida e meiga): Minha irmã! Eu não acredito que você está viva! Olhe para você! É você mesmo... Achei que tivesse morrido! (fingindo chorar). Eu... Eu preciso te dar um abraço...
Ela abria os braços e caminhava em direção a Cláudia, enquanto fingia chorar de emoção. Mas sua interpretação ia por água a baixo, quando era surpreendida por um tapa forte na cara, que a desequilibrava e caia no chão.
Cláudia (acerta-lhe mais um tapa): Cachorra! Mentirosa! Ordinária! Me fez sofrer esses anos todos na cadeia! (acerta-lhe outro tapa) Desgraçada!
Enquanto Cláudia desabafava com palavras fortes e gritando, Fernanda estava com o rosto roxo e tossindo muito, mas não se entregava e conseguia dar o troco na irmã, pulando em cima dela na cama, tentando enforcá-la.
Fernanda (acerta-lhe um tapa e cheia de ódio): Burra! É isso que você é! Burra! (ri). Achou que sua presença ridícula iria me causar pânico? Achou mesmo que aparecendo aqui ia mudar algo e eu me entregaria? Mas você é muito ingênua...
Cláudia: Desgraçada!
Cláudia arranhava o rosto de Fernanda, que gritava de dor, caída no chão, enquanto o sangue manchava sua face.
Cláudia (acerta-lhe mais um tapa): Pilantra! Invejosa! (outro tapa) Desgraçada! (outro tapa).
Fernanda estava fraca, tonta, e começava a tossir sangue.
Cláudia (começa a chorar de raiva): Você não sabe o quanto eu me sinto vingada! Não sabe o quanto eu esperei por esse dia! Eu não lembro dos momentos que eu vivi antes de “morrer” para as pessoas... Mas só de bater em você, eu sinto que mesmo com amnésia, meu ódio por você sempre prevaleceu! Morei muito tempo em Goiás, até vim para São Paulo. Era pobre... Depois você fez o que fez comigo, fiquei 12 anos presa! No entanto... Aquilo me ajudou a ter paciência e saber que um dia eu poderia ser vingada! (gritando) Agora olhe para mim sua cachorra! Olha!
Cláudia puxava Fernanda pelos cabelos e lhe dizia nos seus olhos.
Cláudia: Aproveite suas horas nesse hotel! Pois serão as últimas! (cospe na cara dela).
Ela a joga no chão sangrando e saia do quarto, batendo a porta fortemente.
Shopping Morumbi...
Patrícia corria atrás do carro que havia batido em seu automóvel. Ela batia na janela do motorista, tentando impedi-los de “fugir”.
Patrícia: Pare esse carro! Para!
Luísa (dentro do carro): Querido! Quem é essa mulher que está batendo no seu carro?!
Jonathan: Deve ser alguma maluca... (abre a janela). Sai fora sua doida!
Patrícia: Cala a boca seu frangote!O carro acelerava e Patrícia era deixada para trás. Sua amiga se aproximava...
Joana: Mulher! Que escândalo! Pena que não conseguiu pegar o carro...
Patrícia: Você acha que eu não pensei nisso colega? Olha aqui no meu celular... Anotei a placa do carro.
Joana: Genial Patrícia! Genial!
Patrícia (coloca os óculos escuros): Agora é uma questão de tempo para achar esse cafajeste... (sorri).
Hotel Lindner Am Belvedere...Cláudia andava correndo para o hotel onde estava. Abria a porta e se deparava com o detetive Lauro.
Cláudia (surpresa): O que está havendo aqui?!
Marcelo: Calma Cláudia. Ele está do nosso lado... Pelo menos, se a gente conseguir provar que Fernanda está aqui em Viena.
Lauro (sério): Exatamente.
Cláudia: Então nossos problemas estão resolvidos! (vira-se para Lauro) Eu sei onde está Fernanda!
Marcelo: Como descobriu onde ela estava?!
Cláudia: Um funcionário de um hotel me confundiu com ela e apenas achei que só poderia ser a Fernanda. Entrei no quarto dela, fiquei esperando e depois quando ela chegou... Nos confrontamos.
Lauro: Então precisamos ir o mais depressa possível antes que ela fuja!
Enquanto isso...Após alguns minutos, tonta e sangrando, Fernanda finalmente conseguia se recuperar. Ela levantava-se do chão com dificuldade, se apoiando as paredes. Ela seguia até o banheiro, olhava para sua face no espelho e sentia um grande ódio. Não agüentando, Fernanda jogava um objeto sob o espelho e falava olhando para as vidraças partidas.
Fernanda (olhar fatal): Você me paga Cláudia... Me paga!
FIM DO CAPÍTULO 28.
AUTOR: JULIANO NOVAIS.
E dia 23 de Novembro
Estréia...
Ás 18h
De Juliano Novais
Desejo & Reparação