Trigésimo Terceiro Capítulo
Lauro e Cláudia se assustavam. Naquele momento, uma empregada do hotel, com óculos de grau, cabeço amarrado e de uniforme, ouvia a conversa. Era Fernanda disfarçada...
Cláudia (ansiosa): Mais então temos que agir rápido!
Policial: Exatamente.
Lauro: O que pretendem fazer?
Policial: Vamos esvaziar o hotel, chamar todos os funcionários presentes em fileira para identificarmos cada um, com as características dela.
Cláudia: É o melhor a se fazer, agora! Ela pode fugir!
São Paulo...Jonathan: Eu não vou pagar isso! É um absurdo!
Patrícia: Absurdo? Absurdo foi você bater no meu carro! Pague pelo seu erro!
Jonathan: R$ 1.200,00 senhora!
Patrícia (raivosa): Olhe aqui rapaz! Minha paciência está esgotando! Ou paga ou sua esposa Ângela, fica sabendo da existência dessa tal Luísa na sua vida...
Jonathan (desesperado): Não! Por favor! Tudo menos isso!
Joana: Vocês dois! Falem mais baixo! O pessoal todo do restaurante está prestando atenção!
Jonathan: Está bem... Se não tem jeito... Eu pago.
Patrícia (animada): Sério? Ótimo! Vamos embora Joana... Nos encontramos amanhã hein?
Joana (falando baixo): Patrícia. Pode ir indo na minha frente. Daqui alguns minutinhos eu te encontro no carro. Preciso ir ao toalete.Patrícia: Tudo bem querida.
Naquele instante, Lourenço chegava ao local em seu carro. Ele estava seguindo sua esposa para descobrir o que ela estava fazendo, após tantas desconfianças. Observando tudo o que acontecia, via apenas Patrícia e o tal Jonathan saindo do restaurante. Os dois conversavam e logo se despediam, quando Patrícia tropeçava. Jonathan a segurava, os dois se entreolhavam e iam embora.
Lourenço (falando consigo mesmo): Será que Patrícia está me traindo meu Deus?!
Ele afastava-se do local, voltando a sua empresa, quando, naquele momento, Joana saia do restaurante. Essa, por sua vez, poderia ser a prova de que Patrícia não estaria o traindo, mas ele não tinha a visto e suas suspeitas de traição, apenas aumentavam.
Viena...Em poucos minutos o hotel estava evacuado e a chamada pelos funcionários para identificarem Fernanda começavam. Esta, estava sendo a última da fila, apenas tramando um jeito de escapar.
Cláudia: Todos os empregados do hotel vieram hoje?
Policial: Perfeitamente que sim. Daqui, ela não foge.
Fernanda se afastava sutilmente da fila de funcionários e sem ser notada, entrava na sala de energia do hotel. Ela causava um curto circuito que apagava todas as luzes do local. Todos que estavam presentes na hora, entravam em pânico e Fernanda aproveitava-se disso para fugir. Mas não durava muito tempo. As luzes voltavam a acender e podia-se ver uma sombra suspeita saindo pelas portas do fundo.
Cláudia (aponta para a porta): Lá está ela! Peguem-na!
Lauro e os outros policiais corriam para tentar pegá-la. Mas Fernanda roubava um carro que estava com a chave dentro e seguia para seu esconderijo no pequeno vilarejo perto dali.
Lauro: Ela está fugindo! Não podemos deixá-la escapar dessa vez! Entrem no carro! Vamos segui-la!
Uma perseguição em alta velocidade começava. Os carros policiais começavam a se aproximar de Fernanda que tentava de tudo para despistá-los naquela noite escura e sem lua. Ela conseguia ganhar distância, até que uma hora, abandonava o automóvel. Seguia correndo a pé, ao casarão aonde se escondia. Os policias encontravam o carro que ela abandonara e sentiam-se confusos.
Policia: Aonde ela deve estar agora?
Lauro: Não pode ter sido há muito tempo. Com certeza ela está pelas redondezas. Vamos continuar procurando...
Naquele instante avistavam um casarão. Entravam pela porta da frente no meio do escuro sombrio. Fernanda preparava uma armadilha para eles...
FIM DO CAPÍTULO 33.
AUTOR: JULIANO NOVAIS.