CAPITULO 33 - O MANDANTE DO SEQUESTRO DE LUISA... MISTÉRIO REVELADO!
CENA NO APARTAMETO DE LUISA. NOITE.
Luisa tomava uma caneca de sopa feita pela sua mãe. Depois de tomar chuva e ser atropelada todo cuidado era pouco.
Geni – Como está sua perna minha filha? Ainda dói muito?...
Luisa – (pensativa) Não... (volta-se para sua mãe) Mamãe... tem uma coisa martelando na minha cabeça...
Geni – (intrigada) O que?...
Luisa – (direta) Você teve uma reação muito estranha á hora que viu aquele senhor, o Renato... Vocês já se conhecem?
Geni – (surpreende-se com a pergunta) Se eu o conheço?... Imagina! Que idéia!... Apenas sei que ele é padre em uma igreja aqui perto. Achei estranho quando o vi com você...
Luisa – (em dúvida) Então você não o conhece?... É que quando nós estávamos subindo aqui pro apartamento, ele deu a entender que te conhecia... Estranho, não?
Geni – (séria) Filha olha bem pra mim. Você acha que eu esconderia
algo de você?
Luisa – (sem jeito) De forma alguma! Eu sei que a senhora jamais escondeu algo de mim...
Geni – Então ótimo... Eu vou lavar a louça. Vá para o seu quarto. Descanse.
OSASCO – REGIÃO METROPOLITANA
CENA EM UM GALPÃO ABANDONADO. NOITE.
Um homem está amarrado á uma cadeira no centro de uma sala escura. Em sua cabeça um saco preto. Esse homem é Laio, o mesmo que procurou Luisa há algumas semanas.
Laio – (clamando por socorro) Me tirem daqui!... Por favor!... Eu juro que não abrirei minha boca... Eu juro!
Um automóvel de alto luxo entra no galpão. Os faróis do carro o iluminam.
Laio – (percebendo) Tem alguém ai?!... Se tiver me responda!... Por favor... Responda!
Do carro desce Jorge, que caminha naturalmente na direção de Laio.
Jorge – (cínico) Olá, meu amigo. É bom te ver aqui... Sabe, eu andei por muito tempo te procurando. Mas você é bem espertinho e sempre conseguiu fugir de mim... Mas daí você vacilou, e eu te peguei... E agora você está acabado!
Laio – (chorando, com medo) Não me mate, Jorge!... Não me mate!... Eu juro que não irei contar nada a ninguém... Eu vou embora, eu sumo!... Nunca mais irei procurar a tal Luisa... Sei que você a ama e que só quer o bem dela...
Jorge – É muito bom que você saiba disso... Mas eu não posso confiar em você. (voz agressiva) Já que é uma pedra no meu sapato... Você representa um grande perigo pra mim. Por isso eu tenho que eliminá-lo.
CENA EM BAR QUALQUER DE SÃO PAULO. NOITE.
Isabela está sentada ao balcão, espera a chegada de alguém.
Guto – (se aproxima dela) Olá, amore mio! Sabia que você viria Isabela... Tenho algo muy importante para tratar com você... Trata-se de nosso plano.
Isabela – (vira-se um pouco irritada) Eu sei o motivo da sua vinda... Você veio pra me pressionar. Mas não adianta! Agora eu não farei nada... Não chegou à hora...
Guto – (impaciente) Escuta aqui, é melhor você não se envolver demais com o tal do Matheus... Nunca da certo quando o predador se envolve com a caça... Eu quero o quanto antes possível o nosso plano em prática.
Isabela – (o encara) Ainda não chegou á hora!... Mas fique tranquilo, tudo vai dar certo. Confie em mim.
* A imagem congela e vira uma ilustração nas páginas de um livro. As páginas vão se passando decretando a ida para próxima cena.*
CENA NO APARTAMENTO DOS FRAGA. NOITE.
Rogério toca a campaninha do apartamento impacientemente. Demora um pouco, mas Celina abre á porta. Ela está pálida.
Celina – (friamente) Rogério... Creio que você tenha vindo após ás noticias...
Rogério – (sem entender) Noticias? Mas que noticias?
Celina – (direta) Noticias dizendo que o Mauro, meu marido, está morto...
Rogério – (em choque) O que?!... O Mauro, morto?
CENA EM UM MATAGAL LONGE DE SÃO PAULO. NOITE.
Jorge desce de seu carro com uma arma em punho. Do porta – malas ele tira Laio, que soa frio e implora por clemência.
Jorge – (agressivo) Vem logo!... E num chora, num chora, não!... Seu maldito, você pediu pra morrer! Resolveu dar uma de machão, quis me desafiar... Deu nisso!
Ele joga Laio no chão.
Laio – (chorando) Não me mata, Jorge... Eu juro que não irei contar nada... Não faz nada comigo...!
Jorge – (engatilha a arma) Agora é tarde! A estrada acaba pra você agora...
Ele mira o revolver em Laio. Jorge aperta o gatinho lentamente.
Laio – (suplica) Por favor... Eu imploro... (nesse momento Laio estava armando um plano) Você não pode me matar... Pois se fizer isso eu detonarei uma verdadeira bomba contra você.
Jorge abaixa a arma, seu olhar cruza-se com o olhar temeroso de Laio.
Jorge – (intrigado & nervoso) Do que você está falando seu verme?... Até em seus últimos momentos tem a coragem de inventar algo para se safar!... Isso não vai colar comigo!
Laio coloca seu ousado plano em prática, é sua última chance.
Laio – (friamente) Eu tenho uma carta escrita! Nessa carta eu revelo tudo sobre o sequestro... É!... O sequestro da tal Luisa... Você não diz que é apaixonado por ela?... Pois bem, se me matar uma pessoa vai entregar essa carta a ela... Daí você vai estar acabado...
Jorge – (engole a seco) Mentiroso... Seu rato!... Eu não acredito nessa sua historinha...
Laio – (encara Jorge) É melhor acreditar... Eu na sua pele faria o que estou propondo... Quer colocar sua conta em risco?
CENA NO APARTAMENTO DE LUISA. NOITE.
Luisa estava deitada em sua cama, ela falava ao telefone com Rogério.
Luisa – Eu queria te dizer que você pode contar comigo caso descubram alguma coisa sobre o nosso beijo... A culpa foi toda minha... (faz uma pausa) Mas você já conversou com seu sogro?... Explicou a ele...?
Roger do outro lado da linha não responde nada, sua voz sumiu. Ele apenas consegue balbuciar algumas palavras.
Rogério – (afônico) Não da mais... O Mauro está morto!... Ele morreu...
Luisa – (chocada) Hã?!... Meu Deus! Não pode ser...! Eu não consigo acreditar... Ele morreu por nossa culpa!... Nós somos culpados por isso!
Ela joga o telefone no chão, sua respiração fica ofegante. Luisa volta-se para espelho onde vê sua imagem refletida.
*A imagem congela e vira uma ilustração nas páginas de um livro, que se fecha decretando fim do capitulo. *
NOVELA DE.:. GUSTAVO MORAES
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