12º CAPÍTULO: Otávio dá conta de que está sendo perseguido.
AMAZONIA PALACE HOTEL / ENTRADA
Otavio Junqueira parou o carro no estacionamento, percebeu os enfermeiros saindo do interior do hotel com um corpo inerte. Ele se aproximou da camareira, visivelmente assustada, e perguntou:
- O que aconteceu?
Um rapaz, vestido com o uniforme do hotel, chamou Otavio e disse:
- Ela é a camareira que encontrou o corpo. Daí o estado emocional...
- O senhor não está sabendo? Matilde se matou. Bebeu até morrer na noite passada.
O detetive sentiu o corpo estremecer. Pela primeira vez em muitos anos de profissão havia se abalado com um óbito. Sabia que ela havia sido assassinada...
AMAZONIA PALACE HOTEL / SAGUÃO
O mistério que cercava a morte de Matilde era grande, policial Freitas estava muito intrigado com o caso, recolheu algumas informações e chegou a um nome: Otavio Junqueira. Ela se dirigiu ao cômodo de Otavio para fazer perguntas a ele e tentar achar uma solução para este mistério. Que, para Otavio, já não era mistério algum.
MANSÃO DE ARMANDO ORTEGA / ESCRITORIO
Armando Ortega estava em seu escritório, resolvendo algumas pendências, quando seu telefone toca:
- Você? Já disse que não deve ficar ligando para mim, o abelhudo do Otavio pode ter grampeado meu telefone. – disse Armando
A voz distorcida do outro lado da linha disse:
- Cale sua boca, quem dá as ordens neste negócio sou eu, só liguei para saber se você se livrou dela?!...
- Eu não, meus capangas sim, vou dar um fim neles também. Bando de asnos. Agora, quem é o próximo, ou, a próxima?
- Você sabe muito bem quem deve ser a próxima a ir para debaixo da terra, Cristina! Mas, muita cautela, pois Otavio tem uma forte ligação com ela e aquele desgraçado pode atrapalhar meus planos. – A ligação se encerrou sem ao menos um cumprimento de despedida da voz misteriosa.
“Vou tratar de eliminar Cristina o mais rápido possível”
Pensou.
AMAZONIA PALACE HOTEL / APARTAMENTO DE OTAVIO
Otavio havia subido ao seu quarto, sentiu o solo fugir – lhe ao contato dos pés. Deu duas voltas na chave da porta e serviu – se de uma água mineral. “Meu deus! Ela morreu por que falou comigo – pensou – certamente estou sendo vigiado.”
Cautelosamente empunhou a pistola 765 e esgueirou – se pela parede até a janela. Puxou, vagarosamente, a cortina e espiou a rua lá em baixo sem notar nada anormal. Sua cabeça girava com inúmeros pensamentos.
“Matilde tinha razão, estou mexendo com gente muito perigosa e preciso agir rápido.”
FIM DO CAPÍTULO 12.
AUTOR.:.ALEF ALMEIDA.
SUPERVISÃO.:.MARCOS ALVES.