quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Por Patrícia Kogut



Já perdi a conta de quantas notas dez da coluna foram atribuídas especificamente a cenas de novelas de Manoel Carlos. É um reflexo do estilo deste autor. Ele vai levando suas histórias com muitas tramas que tratam de fatos do cotidiano, às vezes num ritmo arrastado, mas, de repente, prova sua força numa sequência só. E ninguém tem como contestar esta força.
Foi o que aconteceu anteontem, com a longa a discussão entre Tereza e Helena. Teve mais Tereza do que Helena. Mesmo assim, Taís Araújo — embora com muito menos texto, portanto, menos oportunidade de brilhar — esteve à altura do desempenho impressionante de Lilia Cabral. Foi uma mostra de talento de ambas, mas, sobretudo uma prova do vigor dos diálogos com a assinatura de Maneco.
Não é à toa que vêm chovendo comentários no meu blog (oglobo.com.br/kogut) desde que o capítulo foi ao ar. Muita gente elogia as atrizes, a cena etc. E há ainda muitas críticas ao fato de Helena ter se ajoelhado para pedir perdão. Sinal da adesão passional do telespectador à novela. Além dos excelentes diálogos, o que autor está fazendo é lançar mão de um antigo truque dos folhetins: dividir o público em torcidas, e assim ganhar sua atenção. O truque pode ser antigo, mas definitivamente não é para qualquer um.

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