Crítica: 'The Good Wife, por Patricia Kogut.

Roteiros bem-construídos, criativos e que conseguem surpreender o espectador mesmo quando a série já está no ar há muito tempo são a principal qualidade de “Law & order” e seus spin offs, “Damages”, “Desperate housewives”, “Lost” entre outras produções americanas. “The good wife”, estreia recente aqui no Brasil, também se encaixa na categoria das narrativas que capturam.

A série fez sucesso nos EUA e foi eleita pela “Entertainment weekly” uma das dez melhores de 2009 (junto com “Glee” e “True blood”, também novidades do ano na televisão). Esse é só um exemplo de uma enxurrada dos elogios que recebeu. A crítica da revista, Lisa Schwarzbaum, apontou a produção como “pertinente, articulada, e um retrato realista do mundo feminino, sem aquelas imagens de cheerleaders dançantes que a TV costuma mostrar”.

No Brasil, o programa também já se transformou numa das melhores pedidas do Universal. De quebra, a legendagem é boa. Ambientada num grande escritório de advocacia, a história não é, a meu ver, um prato cheio só para o público feminino, mas sim para toda a família. De uma certa maneira até, “The good wife” mostra aquilo que se pode chamar de “o mundo masculino das mulheres”: o mercado de trabalho competitivo e muitas vezes machista. Mas isso sem ranços feministas. Nossa heroína, Alicia (Julianna Margulies), é uma advogada madura que retoma a vida profissional depois de anos dedicada ao marido (político que está na cadeia, envolvido com um escândalo sexual) e os filhos. Ela vence por méritos próprios e a superação é um dos temas do programa. Mas outro, igualmente importante e fascinante, é o mundo dos tribunais.

Com roteiros excelentes, “The good wife” é recomendação da coluna. Não perca, está cada vez melhor.