Produção das 19h da TV Globo, “Tempos modernos” vem amargando ibopes
nunca registrados pela emissora no horário (recentemente, chegou a
marcar 16 pontos no sábado, 30 de janeiro). Faz sentido. Não que a
novela não tenha qualidades. Uma delas, certamente, é a escalação do
elenco, que mistura talentos consagrados com uma dose de risco que
garante a criatividade e o frescor no resultado. Eliane Giardini,
Antônio Fagundes, Débora Duarte e Vivianne Pasmanter são alguns dos
que vêm garantindo bons momentos. A cenografia, os figurinos e a
direção de fotografia também são acertos. Mas nada disso, por si,
basta: cadê o folhetim?
Os capítulos são um empilhado de cenas que se sucedem avulsas, como se
não fosse necessária uma costura. O investimento em frases
pretensamente espirituosas é grande. Sem contextualização numa
história mais ampla, as piadinhas caem no vazio e na dimensão
dramática. Ninguém duvida, por exemplo, de que Alessandra Maestrini é
uma cantora virtuosa e excelente atriz. Mas isso não justifica um
capítulo quase inteiro dedicado a uma apresentação dela na ópera.
Ficou maçante. Já Grazi Massafera, a vilã Deodora, não faz uma
aparição sequer sem demonstrar o que aprendeu nos treinamentos de
lutas marciais. E por aí vai. Só que novela não é um show de talentos.
Em “Tempos modernos”, tudo o que é adereço prevalece. Mas enfeitando o
quê? Na falta de uma história forte servindo como base, o figurino, o
frasismo, a cenografia, tudo fica estiloso, forçado e perdido. Sem
organicidade, a trama de Bosco Brasil lembra um programa de esquetes.
A história deixa a impressão de ser uma novela com vergonha de ser
novela. Resta ver de onde virá o fôlego da trama que ainda tem muitos
e muitos capítulos pela frente.
(Kogut)
nunca registrados pela emissora no horário (recentemente, chegou a
marcar 16 pontos no sábado, 30 de janeiro). Faz sentido. Não que a
novela não tenha qualidades. Uma delas, certamente, é a escalação do
elenco, que mistura talentos consagrados com uma dose de risco que
garante a criatividade e o frescor no resultado. Eliane Giardini,
Antônio Fagundes, Débora Duarte e Vivianne Pasmanter são alguns dos
que vêm garantindo bons momentos. A cenografia, os figurinos e a
direção de fotografia também são acertos. Mas nada disso, por si,
basta: cadê o folhetim?
Os capítulos são um empilhado de cenas que se sucedem avulsas, como se
não fosse necessária uma costura. O investimento em frases
pretensamente espirituosas é grande. Sem contextualização numa
história mais ampla, as piadinhas caem no vazio e na dimensão
dramática. Ninguém duvida, por exemplo, de que Alessandra Maestrini é
uma cantora virtuosa e excelente atriz. Mas isso não justifica um
capítulo quase inteiro dedicado a uma apresentação dela na ópera.
Ficou maçante. Já Grazi Massafera, a vilã Deodora, não faz uma
aparição sequer sem demonstrar o que aprendeu nos treinamentos de
lutas marciais. E por aí vai. Só que novela não é um show de talentos.
Em “Tempos modernos”, tudo o que é adereço prevalece. Mas enfeitando o
quê? Na falta de uma história forte servindo como base, o figurino, o
frasismo, a cenografia, tudo fica estiloso, forçado e perdido. Sem
organicidade, a trama de Bosco Brasil lembra um programa de esquetes.
A história deixa a impressão de ser uma novela com vergonha de ser
novela. Resta ver de onde virá o fôlego da trama que ainda tem muitos
e muitos capítulos pela frente.
(Kogut)
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