terça-feira, 15 de dezembro de 2009

--- DESEJO & REPARAÇÃO ---



Décimo Sexto Capítulo

Fernanda: Eu quero dizer meu querido, que eu vou por a mão nesse dinheiro só para mim.
Cacá: Como vai fazer isso?
Fernanda: Você saberá em pouco tempo... Eu pouco tempo.
Cacá: Ihhhh tô sentindo que não é coisa boa.
Fernanda: Calminho rapaz. Eu ainda nem pensei no que vou fazer. Talvez eu diga ainda hoje... Mas, por enquanto, calma.

Casa de Neuza...
Neuza: O que você quer aqui?!
Carlos: Será que... Eu posso entrar no seu bagulho pra gente conversar?
Neuza (acalma-se): Tudo bem. Entre... (abre a porta)
Carlos (estranha): Que cheiro horrível é esse na sua casa?
Neuza: Incenso. Faz bem para revigorar seu estado emocional.
Carlos: Sinistro...
Neuza (estressada): Agora será que dá para se apressar e dizer o que quer?!
Carlos (senta-se no sofá): Então coroa. Tá ligada que você é a única pessoa mais velha, que entende o mundo em que vivo.
Neuza: Sim... E daí?
Carlos: E daí que eu preciso da ajuda de uma pessoa mais experiente para conquistar uma mina. Mas, eu quero deixar de falar muitas gírias ou agir feito um roqueiro e ser mais normal. E você seria o único brother pra me ajudar. Porque minha mãe é muito carfona. Sacou?
Neuza (ri): Eu? Por acaso eu tenho cara de mulher romântica?
Carlos: Saquei a parada. Melhor eu vazar...
Neuza: Não espere... Me desculpe. Eu vou te ajudar sim. Mas antes, você vai precisar fazer muita meditação, comprar roupas novas, mudar o penteado e claro, se soltar mais.
Carlos (estranha): E aonde, eu iria me “soltar mais”?
Neuza: Isso meu querido vamos percebendo aos poucos. Veremos um lugar elegante para que você se acostume com o ambiente dessa sua “queridinha”... Que... Qual é mesmo o nome dela?
Carlos: Simone Medrado.
Neuza: Ela não é a filha daquela mulher famosérrima, dona da Revista “Magazine Mulher”?!
Carlos: Essa mesma. Por quê?
Neuza: Essa mulher é pobre de rica! Que tudo!

NO OUTRO DIA.

Salvador Trade Center...
Fernanda saia de sua casa, naquela tarde, por volta das 15 horas, dirigindo-se ao escritório de advocacia do famoso Paulo Hansen. Ela entrava em seu gabinete e sentava-se na espera dele. Quando, esse, chegava.Paulo: Muito boa tarde. A senhora deve ser dona Fernanda Oliveira de Jesus. Ou melhor, dizendo, pelo que soube Fernanda Oliveira Amorim agora.
Fernanda (sorri): Exatamente. E você deve ser o advogado Paulo Hansen.
Paulo: Em pessoa... No que posso ajudar “madame”?
Fernanda: Espero que essa nossa conversa fique só entre nós senhor Hansen.
Paulo: Sem problemas. Se já ouviu falar de mim, sabe que sou competente nesses casos.
Fernanda: Por isso mesmo eu vim aqui. Mas então... Vamos direto ao ponto. Como o senhor mesmo disse, já sabe que sou filha do empresário Flávio Amorim.
Paulo: Sim...
Fernanda: E já deve saber que ele está morrendo.
Paulo: Sim.
Fernanda: O motivo que me levou aqui senhor Hansen, é exatamente esse fato. A morte dele, resultaria na herança. Mas eu não sou a única que herdaria dele. O que posso fazer para ter todo o controle em minhas mãos?
Paulo (ri sutilmente): Pelo que vi nos jornais, achei que estava emocionada em ter visto seu pai... Mas pelo que estou ouvindo, quer saber do dinheiro dele?
Fernanda: Não interessa o que eu penso ou deixo de pensar. Estou disposta a te pagar um dinheiro absurdo para me ajudar. E então? Está comigo ou não? (coloca o pacote de dinheiro na mesa).
Os dois se entreolham...

Igreja...
Padre João apreciava o resultado da reforma, quando Marinalva chegava.Marinalva: Padre João?
Padre João (vira-se): Marinalva! Minha amiga!
Marinalva: Vejo que estava apreciando sua nova igreja hein?
Padre João: Pois é minha querida; Está uma beleza! E acredite se quiser, mas alguns fiéis vieram a mais por causa disso. Sinto que tudo vai mudar daqui em diante!
Marinalva: Fico feliz pelo senhor...
Padre João: Isso tudo graças a você minha querida! Sem seu dinhe... Seu apoio, não teria dado certo.
Marinalva (ri): Foi um prazer ter ajudado meu amigo. Mas será que podemos ir ao confessionário um instante?
Padre João: Claro...
Ele entrava no confessionário para ouvir o que Marinalva tinha a dizer.
Padre João: Então... O que houve querida?
Marinalva: Eu cometi um pecado...
Padre João: Qual foi?
Marinalva: Eu estou amando.
Padre João: Minha filha. Não há nada errado em amar. Ao contrário, é o sentimento mais bonito e menos egoísta que o ser humano tem.
Marinalva: Mas esse rapaz é mais novo do que eu pelo menos 15 anos.
Padre João: Amor não tem idade e muito menos preconceito. Você sabe disso... O que lhe impede de viver essa paixão?
Marinalva (cai algumas lágrimas): Meu marido...
Padre João: Mas ele já morreu faz anos e sabe muito bem que ele não te merecia.
Marinalva: E também sei que eu o matei...

Casa de Fernanda e Lucas...
As horas se passavam e já era noite em Salvador.
Cacá: Como foi seu encontro com aquele advogado?
Fernanda: Foi muito bem. Ele disse que por enquanto não pode dizer nada. Quer estudar o caso melhor sabe?
Cacá: Sei... Não é por nada não, mas seu marido não sabe de nada dessa história?
Fernanda (ri): O Lucas é um homem de verdade, admito, mas é muito sério e desligado. Ama mais a profissão do que eu mesma... Não é o tipo de homem que lê jornais constantemente. Para ele o trabalho é a coisa mais importante e posso te garantir que por enquanto ele não sabe de nada. Óbvio... Um dia vai saber seria muita ironia da vida não é mesmo? Mas por enquanto, eu domino a situação e até que ele saiba, eu já dei xeque-mate.
Cacá: Aquele advogado... Se ele não encontrar nada que legalmente possa lhe dar toda a herança para você... Qual vai ser seu plano “B”?
Fernanda (obscura): Eu mato meu próprio pai.
Cacá (surpreso): O quê?!


Décimo Sétimo Capítulo

Fernanda (irônica): Assustado querido?
Cacá: Claro que sim! Fernanda! Você vai matar seu próprio pai! Sabe a proporção absurda que isso é?!
Fernanda (ri diabolicamente): O canalha me abandonou quando eu era um bebê e nesses 30 anos nunca fez nada por mim e eu é que vou ter compaixão com ele? Se não fosse o dinheiro dele, eu dava era um tapa na cara desse velho terminal!
Cacá: Que horror Fernanda... Eu não estou do seu lado nessas circunstâncias...
Fernanda: É bom que esteja. Pois eu vou precisar da sua ajuda.
Cacá (sério): Pois eu estou fora!
Fernanda (sedutora): Qual é Cacá?... Será o único jeito de eu conseguir tudo que eu quero, sem que o advogado ache uma forma legal disso... O que eu duvido muito. Imagine o dinheiro que teria sobre você... Eu abandonaria o Lucas e ficaria com você... (beija-o). Imagine só nós dois naquela mansão, sem você precisar viver aqui nesse bairro que apesar de nobre, cá entre nós, essa vizinhança é um muquifo. (beija-o novamente).
Cacá (sério): Sei... E no que assassinar seu pai vai ajudar?
Fernanda: Isso meu querido, você só vai saber se isso vier acontecer (ri).

Igreja...
Padre João: Mas ele já morreu faz anos e sabe muito bem que ele não te merecia.
Marinalva: E também sabe que eu o matei...
Padre João: Então é isso que a assombra. O assassinato?
Marinalva: Quem não carregaria essa culpa?
Padre João: Minha querida, você apenas se defendeu. Foi em legítima defesa! Ele te batia todo dia...
Marinalva (chora): Por favor, me poupe dessa época horrível.
Padre João: Está bem. Mas Marinalva... Saiba que não pode deixar o “fantasma” do seu marido lhe assombrar! Principalmente quando ele era um canalha! Você tem o direito de recomeçar e ser feliz...

NO OUTRO DIA.

Salvador Trade Center/ Escritório de Hansen...
Fernanda (tira os óculos escuros): E então senhor Hansen... Conseguiu estudar bem o caso?
Paulo: Sim.
Fernanda: Foi bem rápido...
Paulo: Fui rápido, pois não há como legalmente você conseguir o que quer. A única coisa que acredito que possa conseguir, é fazer com que Julieta Amorim assine um documento lhe dando total poder da empresa. Mas claro que pelo que me contou, ela não cuidaria desses casos... Ia encaminhar para o sócio Júlio Lopes e obviamente esse, iria notar essa clausula ameaçadora...
Fernanda (irônica): Então... Se não posso fazer isso de forma legal... Será que não há um jeito ilegal de agir?
Paulo: Aonde quer chegar com isso madame?
Fernanda (sorri e desvia do assunto): Produza esse documento. Eu irei usar meus métodos para isso. Mas muito cuidado com o que vai fazer... Entendido?
Paulo: Perfeitamente.
Fernanda (coloca os óculos): Até logo senhor Hansen.

Restaurante...
Júlio havia marcado um novo encontro de negócios com Cássio e o esperava no restaurante, quando esse chegava.
Cássio (sente-se): Seja rápido. Não sabe como foi difícil sair da empresa nessa hora da manhã.
Júlio: São 10 horas... Terá muito tempo pelo dia.
Cássio: Poupe-me de hipocrisia. O que quer falar agora? Sua demora para dar o golpe, me irrita.
Júlio: Eu sinto em dizer Cássio Andrade, mas estou fora desse golpe.
Cássio: O quê?!
Júlio: Sei que não ganharei posições melhores com ou sem a morte de Flávio. Mas estou desistindo por vontade própria. Não quero saber de armações mirabolantes. Vendo a atual situação da família do Flávio, pude enxergar a humildade que ele tem. Seria muita cara de pau da minha parte, continuar com isso depois de tantos anos de amizade!
Cássio (irônica): Tem certeza que vai desistir?
Júlio (sério): Absoluta.
Cássio: Eu pensaria duas vezes... Principalmente depois de ver isto.
Júlio: O que é isso?
Cássio: Um gravador... Nunca te falei porque temia por atos fora dos meus planos como esse... Se você sair daqui concretizando o fim da aliança, eu lhe digo Júlio Lopes... As gravações de nossas conversas chegaram às mãos de Flávio e se não, da filha dele. Sem contar que, acredite ou não, eu descobri um jeito de levar a ConstruMarket a falência. Essa empresa tem muitas irregularidades dentro da lei e daria uma multa que envolveria muito, mas muito dinheiro. Eu estou apenas nessa aliança com você, porque acho que a ConstruMarket tem tudo para me dar lucro. Caso contrário, eu afundo ela... E assim você também. O que me diz agora?
Júlio (surpreso): Tudo bem. Eu continuo com o plano. Me dê mais alguns dias...
Cássio (irônico): Bom garoto.

UMA SEMANA DEPOIS.

Mansão dos Amorim...
Era noite e Flávio havia recebido alta do hospital. Agora, ele tinha apenas que repousar e viver o tempo que lhe restava. Andando com sua bengala, já fraco, caminhava até o quarto de sua filha, quando a encontrava chateada.
Flávio: Minha filha... Que cara é essa?
Julieta: Não é nada demais.
Flávio (senta-se na cama junto a ela): Ande. Conte-me.
Julieta: Bem... É que o Romeu me chamou para sairmos, só que do jeito que estamos, decidi não ir e ficar com o senhor.
Flávio (sorri): Muita gentileza sua minha filha, mas não gaste sua vida por minha causa. Liga para o rapaz e diga que você irá com ele nesse encontro.
Julieta: Sério? Você não vai implicar com o Romeu?
Flávio: Minha filha... Estou me redimindo. Agora... Divirta-se.
Julieta (sorri): Valeu pai. Eu volto logo. Enquanto isso...
Cacá parava o carro no condomínio onde fica a mansão dos Amorim. Com ele, estava Fernanda.
Cacá (sério): Você vai fazer isso mesmo?
Fernanda (coloca as luvas): É hoje meu caro...
FIM DOS CAPÍTULOS 16 E 17.
AUTOR: JULIANO NOVAIS.
*** AVISO: A PARTIR DE AMANHÃ, SERÁ EXIBIDO UM CAPÍTULO POR DIA ***

2 comentários:

João Schiavo disse...

Juliano, entra no msn, por favor!!

Gustavo Moraes disse...

JULIANO SE NUNCA MAIS ENTROU NO MSN MENINO... ENTRA LOGO VELHO!!!!!!!!

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