segunda-feira, 5 de outubro de 2009

PRIMEIRO CAPÍTULO DE CRIME PASSIONAL

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Primeiro Capítulo

Era uma noite fria e chuvosa nas estradas que seguiam para a capital de São Paulo. E o escuro nas curvas das avenidas sob as montanhas pelas quais passavam, causavam relâmpagos de luzes, ao se cruzar com algum carro, que vinha na direção oposta. Naquele instante, Matheus Toller dirigia seu automóvel, com sua mulher Cláudia Toller, como passageira. De repente, no trajeto, um caminhão aparecia em sua direção com uma forte buzina e fortes faróis de luzes brancas que cegavam os olhos de Matheus, que acabara desviando-se em alto risco, provocando uma queda a um penhasco, enquanto o carro se rebatia nas rochas, até simplesmente parar, todo amassado e ensangüentado, com os dois desmaiados.

Hospital...
Naquele momento, em passos agudos pelos corredores da clínica, passava uma mulher de cabelos castanhos, óculos escuros e salto alto, carregando uma bolsa. Era Fernanda que, pálida, parava diante do empregado mais fiel da família, Clementino, que se mostrava apreensivo.

Fernanda (nervosa): O que aconteceu? Recebi sua ligação de última hora. Fiquei preocupada!
Clementino: Acalma-se madame. Já está tudo sobre controle.
Fernanda: Como está Matheus?
Clementino: O senhor Matheus passa muito bem agora. Está apenas um pouco atordoado e tonto. Não vai perguntar pela sua irmã?
Fernanda: Você sabe como ninguém que não ligo para ela. Mas fale a situação...
Clementino: Bem, a dona Cláudia... (abaixa a cabeça) tem suspeita de estar com amnésia madame.
Fernanda (surpresa): Como?
Clementino: Não sei. Mas, o médico afirmou que foi uma pancada em sua cabeça na hora da queda do carro.
Fernanda: Meu Deus! Então o acidente foi mesmo muito grave.
Clementino: Creio que sim, porém uma sorte estarem vivos.
Fernanda: Preciso ver o Matheus!

Ela passa pelos enfermeiros e médicos muito agitada, até que chegava ao quarto onde Matheus se recuperava. Via aqueles fios que lhe ajudavam a respirar e seu rosto pálido ainda não restaurado. Aproximando-se vagarosamente, Fernanda mostrava-se carinhosa.

Fernanda (sussurrando): Oi meu amor... (aperta sua mão).
Matheus (voz fraca e fina): Fernanda... É você?
Fernanda: Sou eu sim querido...
Matheus: Se eu não sair dessa situação... Eu quero apenas que saiba que te amo. Só agora vi que você é tão importante para mim. Eu não quero mais ficar casado com Cláudia. Chega de escondermos nossa paixão... Eu quero você!
Fernanda (feliz, quase chorando): Meu querido... Você não sabe quanto tempo esperei para ouvir isso. (Encosta sua cabeça sobre a dele, o cariciando).
Matheus: Mas, onde está Cláudia?
Aquelas palavras tão esperançosas para ela finalmente largar de ser a amante do homem que tanto ama a fez levantar-se e silenciar pensativa.

Fernanda (tirando as lágrimas do rosto): Depois a gente fala sobre isso... (sorri) Agora vai descansar.

Saindo do dormitório, Fernanda ficava séria e reflexiva. Sua curiosidade sobre o estado de saúde de sua irmã gêmea lhe fez entrar sutilmente no quarto onde ela estava. Abrindo a porta vagarosamente, Fernanda deparava-se com Cláudia, deitada em uma cama e acordada. Quando estranhava...

Cláudia: Quem é você?

Fernanda espantava-se, mas fechava a porta rapidamente sem dizer uma palavra, quando se se encostava à parede desentendida.

Sala de espera do Hospital...
Clementino (levanta-se da cadeira): E então, ele falou algo com a senhora? Está com os olhos vermelhos...
Fernanda: Nada demais.
Clementino: Não me faça de tonto. Percebo que você tem um caso com Matheus. Como pode fazer isso, logo com o marido da sua irmã gêmea?!
Fernanda (olhar demoníaco): O problema não é seu! A Cláudia é uma miserável que se casou com o homem que eu amo. Disso, ela não tinha direito de fazer comigo!
Clementino: Essa situação ainda poderá lhe trazer vários problemas no futuro Fernanda. Melhor pensar no que está fazendo com sua vida...
Fernanda (ironiza): Ah é? E por quê?
Clementino: Sua irmã, Cláudia, não tem mais suspeitas da doença. Ela tem definitivamente amnésia. Confirmou o médico.
Fernanda (pensativa): Sei... Eu passei pelo quarto dela e ela não me reconheceu, nem tentei falar com ela após perceber isso.
Clementino (preocupado): O que o senhor Matheus vai pensar na hora em que ficar sabendo disso? Ele a ama tanto. Vai se sentir culpado pelo acidente. Trágico isso.
Fernanda (sorri sutilmente): Ele não vai saber...
Clementino: Como madame?
Fernanda (ironiza): Ele não vai saber. Porque, agora, ela simplesmente morreu para a família Toller e sem ninguém saber...

Os dois se entreolham, enquanto o servo empregado espantava-se com as palavras tão fortes que ela falava, como se tivesse planejando em algo contra a própria irmã.

FIM DO CAPÍTULO 1

AUTOR: JULIANO NOVAIS

1 comentários:

Anônimo disse...

Gostei vou ver os outros ...

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