segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Nívea Stelmann fala de sua personagem em Cama de Gato

Quando recebeu a sinopse de “Cama de Gato”, Nívea Stelmann pouco foi informada sobre Kátia, papel que interpreta na trama das seis da Globo. Tudo o que a atriz ficou sabendo é que a misteriosa copeira da casa de Gustavo (Marcos Palmeira) teria ares de vilã e seria parceira de Verônica, vivida por Paola Oliveira, na vingança da megera contra Alcino (Carmo Dalla Vechia). Hoje, dois meses depois da estreia da novela, Nívea diz conhecer – como ninguém – a personagem. “Todas as maldades que a Kátia fez até agora tiveram um porquê. Ou melhor, têm uma história por trás”, garante.

Apesar da falta de informação inicial, Nívea garante não ter se chateado com os imprevisíveis rumos da personagem. Pelo contrário. Há quase 16 anos na Globo, ela admite que já aprendeu a lidar com as surpresas inerentes às obras abertas. Tanto que procura se concentrar única e exclusivamente nas cenas. “Aprendi com o Jorge Fernando que novela é um lago escuro, em que não se sabe para onde vai nadar. Por isso, faço o que está escrito na cena. Assim não tem erro”, defende, referindo-se ao diretor de “Caras & Bocas”, com quem já trabalhou em diversos folhetins, como “Alma Gêmea” e “Sete Pecados”.

Foi graças a essa filosofia de viver uma cena após a outra, que Nívea acha que conseguiu entender a verdadeira essência de Kátia. Afinal, ela admite que se surpreendeu com os novos rumos da copeira – que, na verdade, não é uma vilã, mas sim uma justiceira. “Até porque, ela só está na casa da Verônica para investigar a morte da Natasha”, explica a atriz, citando a modelo da empresa de perfumes e cosméticos Aromas encarnada por Letícia Birkheuer, que foi morta nos primeiros capítulos da novela.

Tanto mistério em torno da personagem tem mexido com a curiosidade do público. É o que Nívea tem notado quando anda pelas ruas do Rio de Janeiro, cidade onde mora. “Todo mundo quer saber de tudo. Pode sair na revista, no jornal, mas não adianta. Eles querem saber o que vai acontecer com a Kátia pela minha boca!”, diverte-se. A atriz acrescenta que também tem sido abordada por outro papel: a Alexandra, de “Alma Gêmea”, novela que está no ar no “Vale a Pena Ver de Novo”. “Foi uma novela maravilhosa, que adorei fazer. Acho que por isso as pessoas comentam tanto”, supõe.

Além de ter de lidar com a repercussão de Kátia em “Cama de Gato”, Nívea ainda tem experimentando o bom êxito de Zizinha, papel que encarna na peça “Um Lugar Chamado Recanto”, de Fred Mayrink, no Teatro Clara Nunes. Conciliar os dois trabalhos, contudo, têm sido sacrificante. Principalmente nos dias em que tem de ficar gravando a novela no Projac, complexo de estúdios da Globo, até tarde. “Já aconteceu de me desesperar e contratar um motoboy para me levar ao teatro. Mas adoro fazer novela. Não tem jeito…”, dispara.

Embora tenha consciência de que a profissão de atriz é alvo constante da curiosidade do público, Nívea não se incomoda com isso. Ela é do tipo que se relaciona com seus telespectadores de igual para igual. Não é à toa que tem Blog, Orkut, Facebook e Twitter abertos aos fãs. “Converso com as pessoas. Sou a primeira a colocar em meu Blog as coisas boas ou ruins da minha vida”, declara. A atriz é tão defensora da tese de que ator é um ser humano como outro qualquer que acha um absurdo os colegas de profissão que se acham mais importantes do que os outros. “Tem gente que cria um pouco de mito em cima da profissão. Se você não quer ser fotografada de biquíni, não vá à praia do Pepê, à praia do Leblon! Fica na sua piscina. Toma um solzinho na laje…”, ironiza, aos risos.

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