Lília Cabral e a grife que encanta o Brasil

Endrigo Annyston
Neste domingo Fausto Silva comandou o Arquivo Confidencial de Lilia Cabral. Dentre os convidados, o mestre Manoel Carlos, Maneco. Ele disse que a atriz é uma grife.
Sabe esse lance de usar Prada, Louis Vuitton? Traduzindo: Lilia seria algo assim, deste tamanho e importância para a teledramaturgia nacional. Sinônimo de sucesso e de que bastaria tê-la para de cara rolar identificação junto aos telespectadores.
Tenho o prazer de admirá-la desde a Amorzinho de Tieta, e, com o passar do tempo, as expectativas foram aumentando a cada novo trabalho pois “roubar a cena” virou uma definição comum para Lilia Cabral. E hoje em dia é até pouco para descrevê-la.
É de praxe a atriz se sobressair e chamar as atenções para si. Alguém discorda, por exemplo, quando se diz que Páginas da Vida foi dela? Ganhou indicação ao Emmy por conta da personagem!
Em A Favorita conseguiu algo que seria impensável. Em uma trama como essa onde Patrícia Pillar e Claudia Raia tinham a maioria das cenas, a atriz, com a simplória Catarina, conquistou quase o mesmo espaço que as protagonistas. Catarina cresceu, ganhou o carinho do público e a “culpa” foi toda dela.
Agora, como a Tereza de Viver a Vida, é um show a cada novo capítulo. O incrível é que mesmo tratando sobre uma simples leitura de jornal, enquanto interpretava a personagem, conseguiu emocionar.
Sabe que já tentei imaginá-la interpretando um chuchu e achei que Lilia Cabral arrebentaria? Não tenho dúvidas.
E, após a apresentação do Faustão, via Twitter, a autora Letícia Dornelles disse nunca ter escrito algo para a atriz. Questionada por esse espaço a respeito, Letícia completou: “Poucas atrizes vão do drama à comédia com a mesma qualidade como a Lilia Cabral”.
Resumindo, Lilia é tão rica que mesmo calada consegue, através de expressões faciais, convencer com sua atuação. Sorte a nossa por temos alguém com tamanho talento e capaz de se doar com tal intensidade aos seus papéis nos emocionando todas as noites!