segunda-feira, 2 de novembro de 2009

CRIME PASSIONAL



Vigésimo Primeiro Capítulo



Carlos (suando): Cláudia...
Cláudia: O que foi? Aconteceu algo? Você está tão nervoso...
Carlos (respira fundo): E...Eu sou cúmplice de Fernanda! Quem implantou aquela arma em suas mãos, fui eu. O que quero dizer, é que fui contratado para lhe impedir que prove sua inocência.
Cláudia (surpresa): O quê?!
Carlos: Exatamente isso que você ouviu... Você não me conheceu á toa. Foi tudo parte de um plano.
Cláudia: Como... Como você pôde?! Eu, sofrendo nos seus braços, lhe achando além de um excelente advogado, um bom amigo e você simplesmente apesar de ver minha situação, não sentia a menor pena por mim?!
Carlos (aproximava-se): Mas é por isso que estou abrindo o jogo com você agora Cláudia! Estou me sentido culpado e... Mesmo você não me vendo desse jeito e até mesmo sentido ódio de mim agora, eu queria lhe dizer que estou apaixonado por você! Eu te amo.
Cláudia (acerta-lhe um tapa na cara): Cale a boca e não se aproxime de mim! Seu covarde! Cafajeste!
Carlos: Por favor, Cláudia. Entenda-me. O que eu fiz não tem perdão, mas também eu não passo de uma marionete nas mãos de Fernanda. Se eu não cumprir com o que ela ordenar... Ela me mata! (Cláudia ficava em silêncio) Bom, mas enfim. Apesar de tudo, estou disposto a te ajudar. Está tudo escrito nesse papel. Voltarei dentro de alguns dias para conversamos de novo caso aceite a proposta (entrega o papel dobrado).
Ele afastava-se e saia da sala de visitas, enquanto Cláudia ficava sentada na mesa, com as mãos na face com os olhos vermelhos de tristeza.

Viena...
Fernanda ficava pensativa. Sentia que algo estava prestes á acontecer para atrapalhar seus planos... Sem ainda entender porque Carlos havia desligado o celular de forma tão estranha e sem resposta, ela previa que sua parceria com o advogado poderia estar por um fio e por isso liga para o assassino de aluguel já contratado para matar Clementino, no Brasil.
Fernanda: Alô? Você ainda está em São Paulo? Ótimo... Siga Carlos Nogueira. E se ele perceber que está sendo seguido ou se estiver ajudando a Cláudia, mate-o!

4 dias depois...

Na mansão dos Martins, Patrícia descia as escadas de sua casa, arrumada para sair, enquanto Lourenço lia o jornal no sofá da sala de estar.Lourenço: Aonde você vai querida?
Patrícia: Ora Lourenço... Vou ver a Fernanda (Cláudia) na prisão. Coitada, deve está sofrendo...
Lourenço (surpreso): O quê?! Aquela mulher é uma assassina Patrícia! Já matou o marido por dinheiro e agora o ex-empregado. O que você quer com esse tipo de gente?
Patrícia: Lourenço, eu não sei por quê. Mas essa mulher me parece ser uma pessoa muito boa. Não entendo ao certo, no entanto acredito sim na inocência dela. Nem parece que é a Fernanda de 12 anos atrás... Parece outra pessoa, mais afável...
Lourenço: Não importa minha querida. Esse tipo de gente sempre se mostra tão humilde, mas são verdadeiros psicopatas!
Patrícia: Eu sei querido. Mais isso daria uma ótima fofoca! (ri).
Lourenço (curioso): Então você está nessa por diversão?
Patrícia: Mais ou menos. Por um lado vejo que ela fala a verdade, mas à princípio é ver até onde ela chega com essa história...
Lourenço: Meu Deus Patrícia! Faça-me um favor! Você pode estar correndo perigo!
Patrícia: Preciso ir, visita na prisão tem hora sabia? Bye...

Cadeia...
Patrícia chega à prisão, entrava na sala de visitas e acomodava-se a espera de Fernanda (Cláudia). Logo, essa, aparece.
Patrícia (levanta-se da cadeira e a abraça): Minha querida... Como vai indo esse tempo na cadeia?
Cláudia: Muito mal Patrícia... Muito mal. Patrícia: É uma pena mesmo. Você é uma pessoa tão doce e gentil... Quem teria a coragem de lhe culpar por um assassinato desses Fernanda?
Cláudia: É exatamente disso que eu quero lhe falar. Patrícia, como você me mostrou ser uma pessoa muito amigável, eu lhe confesso uma coisa... Eu não sou Fernanda! Meu nome é Cláudia.
Patrícia (espantada): O quê?! Você é Cláudia Issa Toller? A ex-esposa de Matheus Toller que morreu? Mas é impossível! Você foi dada como morta!
Cláudia: Pois é... Isso tudo foi um plano da minha irmã gêmea. A Fernanda que logo depois se casou com o Matheus.
Patrícia: Sim. Eu convivi com ela. Fui ao casamento dela.
Cláudia: Então... Eu não sei exatamente o que aconteceu nesse acidente de carro que eu e o Matheus sofremos, mas, nisso, eu tive perda de memória e até hoje não recuperei ela. Minha irmã por algum motivo se aproveitou da situação para tomar meu lugar. Fernanda tentou me matar! Mas o Clementino não deixou. E logo depois, Matheus descobriu toda a verdade e por isso ela cometeu o assassinato e me colocou na cena do crime como a culpada. E agora, estou presa por um assassinato que ela deve ter encomendado! Já que Clementino sabia de muita coisa...
Patrícia (convencida da verdade): Meu Deus! Isso explica muita coisa! Mas e agora? O que você pretende fazer? Viver mais 20 anos em uma cela?!
Cláudia: Não. Meu advogado, o Carlos, apesar de ter também errado muito comigo, agora está disposto a ajudar. Ele arquitetou um plano para mim e eu acho que já tenho como botá-lo em ação.
Patrícia: Sei... Afinal, o que pretende fazer?
Cláudia: Eu vou fugir da cadeia!



FIM DO CAPÍTULO 21.




AUTOR: JULIANO NOVAIS.

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