O voo solo de Wellington Muniz na Rede TV!

POR SARA PAIXÃO

Rio – Desde que passou a encarnar Marília Gabi Herpes no humorístico ‘Pânico na TV’, da RedeTV!, Wellington Muniz, o Ceará, ganhou mais um apelido para sua coleção. A paródia da jornalista Marília Gabriela tornou-se um dos pontos altos do programa, caiu no gosto popular e até no da homenageada, que só reclama da herpes que levou de brinde. “Por onde passo agora só me chamam de Gabi, também foi assim quando lancei Silvio Santos e Clodovil”, relembra Ceará, que tem conseguido com seus personagens boa audiência para o programa.
“Renovei contrato até 2012 com a RedeTV!. Estamos envelhecendo bem, batendo picos no ibope, chegando em primeiro”, comemora, esclarecendo que, embora as matérias da dupla Silvio e Vesgo, com Rodrigo Scarpa, tenham diminuído, está tudo bem entre eles. “Não tem nada de briga. Eu só quero fazer coisas novas e o Rodrigo também”, explica ele, que já tem na manga mais uma imitação: a do polêmico José Luiz Datena, da Band.
Imitar para Ceará vem quase de berço: aos 12 anos já mostrava talento. “Muitos começam a carreira imitando desenhos animados, mas eu gostava de cantar imitando a Simone, Maria Bethânia, Nelson Gonçalves e Roberto Carlos”, relembra. Quando mudou para São Paulo, veio o apelido. “O nome Ceará ganhei ao chegar na Jovem Pan. Nasci no Ceará e achavam meu nome muito difícil para um humorista”, diverte-se ele, explicando o motivo do adereço que coloca sobre a boca para encarnar Gabi.
“Um amigo da produção sugeriu a herpes, que é como a dentadura para fora que uso ao imitar o Silvio Santos. É um recurso para chamar mais atenção. Estudei durante quatro meses os trejeitos da Marília. O mesmo cuidado tenho com o Silvio, reparo se o cabelo dele mudou, se o lenço combina com a gravata”.
Tantos cuidados talvez sejam a razão de Wellington ter o carinho de todos os seus personagens na vida real. Até o falecido Clodovil o adorava. “Dele só tenho boas lembranças. Clodovil sempre fui muito generoso com a gente. Quando estávamos fazendo matéria com ele, nos convidou para entrar em sua casa em Ubatuba e nos deixou muito à vontade”, lembra.
O Dia