Acompanho Silvia Poppovic há muitos anos e acho que ela fez falta na televisão nos períodos em que esteve fora. Sabe liderar debates com firmeza, tem preparo para discutir temas variados, e, sobretudo, mostra comprometimento com o que quer que esteja apresentando. É o que se constata hoje no “Dia dia” da Bandeirantes e o que já se viu no “Canal livre”, no “Programa Silvia Poppovic” e em tantas outras atrações comandadas por ela.
Pilotar um programa feminino com pequena plateia e sobre faits divers não é fácil. O caráter generalista da própria natureza do negócio “empurra” tudo para a banalidade, para a inexpressividade. É aí que Silvia faz toda a diferença. Os temas do programa dela nem sempre são palpitantes. Há dias e dias, sem trocadilho. Já discutiram tatuagem (foi interessante), e em outra ocasião ela recebeu fãs e imitadores de Michael Jackson (fraco). Mas semana passada, o debate sobre superação — diga-se de passagem, assunto batido — estava de alta qualidade. A produção trabalhou direito e havia bons personagens: uma mulher que tinha sido desenganada mas estava ali vivinha da silva e muito bem disposta; o músico Marcus Menna, que ficou com sequelas neurológicas depois de uma lipoaspiração; e um sujeito ex-sedentário, mas que acabou virando atleta e batendo recordes de natação depois de quase morrer.
Melhor ainda foi ver Poppovic com total conhecimento das histórias de cada um, “dona” dos assuntos. Ou seja: fazendo o dever de casa de um apresentador, provavelmente chegando cedo, se inteirando de tudo e valorizando o esforço da produção. Daniel Bork, que faz o quadro de culinária que abre o “Dia dia” também cumpre direito a sua tarefa. Não é a culinária (mais completa, excelente) de Ana Maria Braga. Mas vale para esperar Poppovic.
Pilotar um programa feminino com pequena plateia e sobre faits divers não é fácil. O caráter generalista da própria natureza do negócio “empurra” tudo para a banalidade, para a inexpressividade. É aí que Silvia faz toda a diferença. Os temas do programa dela nem sempre são palpitantes. Há dias e dias, sem trocadilho. Já discutiram tatuagem (foi interessante), e em outra ocasião ela recebeu fãs e imitadores de Michael Jackson (fraco). Mas semana passada, o debate sobre superação — diga-se de passagem, assunto batido — estava de alta qualidade. A produção trabalhou direito e havia bons personagens: uma mulher que tinha sido desenganada mas estava ali vivinha da silva e muito bem disposta; o músico Marcus Menna, que ficou com sequelas neurológicas depois de uma lipoaspiração; e um sujeito ex-sedentário, mas que acabou virando atleta e batendo recordes de natação depois de quase morrer.
Melhor ainda foi ver Poppovic com total conhecimento das histórias de cada um, “dona” dos assuntos. Ou seja: fazendo o dever de casa de um apresentador, provavelmente chegando cedo, se inteirando de tudo e valorizando o esforço da produção. Daniel Bork, que faz o quadro de culinária que abre o “Dia dia” também cumpre direito a sua tarefa. Não é a culinária (mais completa, excelente) de Ana Maria Braga. Mas vale para esperar Poppovic.
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