quinta-feira, 23 de julho de 2009

"No Limite" volta com armas do "Big Brother"

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Se "No Limite" abriu caminho para os reality shows da TV brasileira, é no modelo do "Big Brother Brasil", seu "filhote", que vai buscar apelo junto à audiência. No lugar dos "portais" com voto secreto da edição original, "No Limite" terá agora paredão com votação popular.

"Acho que o "BBB", durante estes anos todos, deu um poder ao público que não poderíamos tirar", explica J.B. Oliveira, o Boninho, diretor-geral do programa, que reestreia no próximo dia 30, na Globo.

Só o que não mudou desde a primeira edição, lançada em 2000 pela emissora, é o que Boninho chama de "clima inóspito, selvagem". Os 20 participantes, com idades entre 25 e 45 anos, chegam nesta semana ao litoral do Ceará, onde ficarão 65 dias isolados.

A produção até tentou manter o tradicional segredo que paira em torno das "sedes" dos realities, mas o endereço vazou. "Reavaliamos o caso, as consequências da mudança e preferimos arriscar em permanecer", conta o diretor.
Exceto pelo clima, diz Boninho, trata-se de um formato inédito. Nas edições anteriores, os programas eram gravados e duravam cerca de 30 dias. Agora, a disputa será quase em tempo real, com duas eliminações por semana até a final, no dia 27 de setembro.

Às quintas-feiras e aos domingos, Zeca Camargo -que apresentou as outras edições do reality show- vai comandar as votações em programas de 45 minutos, após "A Grande Família" e "Fantástico". Nos outros dias, além de três flashes de um minuto na programação, a Globo exibirá um boletim de cinco minutos após o "Jornal da Globo".

Bizarrices

Se o formato é novo, as provas mais bizarras, como aquela em que os confinados tinham de comer olho de cabra, somem em 2009? Boninho é vago: "Na China, come-se cachorro, escorpiões e outros bichos. Existem tribos na Amazônia que comem bunda de formiga".
Para ele, "o que pode ser anormal para uns é normal para outros, mas o melhor desses "jogos" é que ninguém é obrigado a fazer nada, muito menos bizarrices".
No quesito trash, aliás, a Globo tem com quem brigar: o reality show rural da Record, "A Fazenda", disputou audiência com programas globais, exibindo cenas em que um de seus participantes, por exemplo, dava beijos numa égua no curral cenográfico.
O diretor de "No Limite", no entanto, não vincula essa concorrência à compra dos direitos de "Survivor" (programa criado nos Estados Unidos, com versões produzidas em outros países, que inspira o reality brasileiro). "Era um caminho natural", afirma Boninho.



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