Vigésimo Terceiro Capítulo
Fernanda: E então? Colocou as jóias no apartamento de Romeu?
Cacá (suando): Sim.
Fernanda: Me devolve a chave do apartamento dele...
Cacá: Aqui está.
Fernanda: Agora é uma questão de tempo. (ri).
Cacá: Você não tem pena de está incriminando uma pessoa inocente?
Fernanda: Porque eu teria? Todos são egoístas. Se importam apenas com o que querem para eles... É o que estou fazendo por mim. Se não eu, quem irá fazer por mim?
Cacá: Eu não te entendo... Por curiosidade, como soube assassinar aquele homem de forma que não sobrassem pistas?
Fernanda: Cacá, meu querido, eu era policial. Por isso eu conheci e me casei com o Lucas. Mas ele pediu para que eu largasse a profissão, com medo de que algo de ruim acontecesse comigo... Mas eu nunca perdi a experiência e prática principalmente.
Cacá: Eu não sabia que você era policial.
Fernanda (ri): Agora deixe de filosofia e vamos para o nosso luxuoso apartamento. Você vai ter uma bela de uma recompensa. (beija-o).
Bahia Café Hall...
Neuza e Carlos provavam de todos os tipos de vinho e uísque que tinham no restaurante, quando Silvia Medrado se aproximava.
Silvia: Com licença. Não quero interromper. Mas fiquei sabendo pelo garçom, que a senhora é a dona do clube “Caminho das Árvores”, senhora...
Neuza (mentindo): Marinalva Passos. E esse é meu sobrinho Carlos Lopes. Filho do sócio da ConstruMarket, Júlio Lopes.
Silvia: Prazer. Eu sou Silvia Medrado, dona da editora da revista “Magazine F” e essa é minha filha, Simone Medrado.
Simone: Prazer...
Carlos (beija a mão da moça): Encantado.
Neuza: Porque veio aqui? Digo... O que a trouxe a nossa mesa?
Silvia (sorri): Não quis ser incomoda, mas sou uma das freqüentadoras constantes do seu clube e por isso, sou uma grande cliente sua e admiro seu trabalho no estabelecimento.
Neuza (se engasga assustada): Ah sim... Claro.
Silvia: Qualquer dia desses, poderíamos nos encontrar no seu clube mesmo.
Neuza (tosse): Seria um prazer. Mas não sei se eu teria tempo...
Silvia: Compreendo. Bom, agora preciso ir. Prazer em conhecê-la.
Neuza: Igualmente. (fala entre os dentes): Isso é mal... Isso é muito mal.
Carlos: O que foi?
Neuza: Ela conhece o clube e freqüenta. Ela vai descobrir a farsa. E aí? Conseguiu algo com a garota?
Carlos: Sim. O telefone dela.
Neuza: Você não perde tempo hein rapaz?
Carlos (sorri): Pois é... (pausa) Neuzinha...
Neuza: Sim querido?
Carlos: Tá pinicando.
Neuza (estranha): O quê menino?
Carlos (se mexendo agoniado): Esse terno tá pinicando.
Neuza: Aonde?
Carlos: No meu...
Neuza (corta a fala dele): Já sei. Não precisa dizer.
Garçom (aproxima-se com a bandeja): Mais vinho?
Neuza: Você leu minha mente querido.
Terminando a noite, bêbados, Neuza e Carlos pegavam um táxi e se dirigiam para a casa dela. Desorientados, eles batiam na mobília da casa e riam sem a menor noção. Abraçados, eles deitavam na cama e apagavam na mesma hora.
NO OUTRO DIA.
Era por volta das 10 horas da manhã, quando a detetive Sara Barcellos batia na porta do apartamento de Romeu e Julieta.
Julieta: Bom dia Sara. Entre...
Sara: Bom dia. Vim aqui primeiro para ir logo eliminando vocês de qualquer acusação. Onde está Romeu?
Julieta: Ele saiu para ver o pai.
Sara: Hummm... Se não se importar, irei analisar seu apartamento.
Julieta: Sem problemas. À vontade.
Ela vasculhava toda residência, quando abria o armário do gabinete, e notava a parte de um colar, para fora da gaveta. Ela ficava intrigada.
Sara (aproxima-se da gaveta): Me diga Julieta... Aonde você e o Romeu estavam na hora do assassinato?
Julieta (da cozinha): Eu tinha saído para me encontrar com o Romeu em uma balada. Mas ele não apareceu.
Sara (abre a gaveta): E porque não?
Julieta: Ele disse que teve uma discussão com o pai dele, que não aceita nosso romance.
Sara: Sei... Você mora aqui há quanto tempo?
Julieta: Desde o assassinato. Não quis mais dormir naquela mansão e vim morar aqui. Por quê?
Sara (encontrava as jóias roubadas): Porque eu descobri quem é o assassino.
Julieta (corre para o gabinete): Quem?
Sara (vira-se para ela, mostrando-lhe as jóias): Romeu Andrade.
Julieta (surpresa): O quê?!
Casa de Neuzinha...
Neuza e Carlos estavam dormindo abraçados, virados um para o outro sorrindo, quando ela acordava.
Neuza: Bom di... (espanta gritando) Aaaaaaaaahhhhh Meu Deus!
Carlos (espanta-se e levanta da cama): O que foi?! O que foi?!
Neuza (levanta da cama): Meu Deus! Oh meu Deus! Carlos?!
Carlos (olha para cama e para Neuza): Neuzinha?!
Neuza (grita consigo mesma): Eu dormi com um frangote!
Carlos (grita consigo mesmo): Eu dormi com uma velha!
Apartamento de Romeu e Julieta...
Romeu chegava em sua casa alegre, quando se deparava com Julieta aos prantos no sofá e Sara séria, o encarando.
Romeu (estranha): Detetive Sara? (olha para o lado)... Julieta? Porque está chorando? O que está acontecendo?!
Sara (séria): O senhor está preso, Romeu Andrade.
Ele ficava pasmo.
FIM DO CAPÍTULO 23.
AUTOR: JULIANO NOVAIS.
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