NO DIA SEGUINTE...
CENTRO PRESIDIARIO FEMININO, TARDE...
Cristiano chega ao presídio, ele olha para o enorme prédio cinza e cruza as grades.
Cristiano (confiante): Chegou á hora... Os ressentimentos ficam pra trás agora.
Ele entra em um grande galpão cheio de detentas. É dia de visita, Cristiano vê Suzana sentada em um banco de costas, e se aproxima dela.
Cristiano (coloca a mão no obro dela): Eu vim...
Suzana (sorrindo): Cris... Meu amor!... Eu esperei tanto por esse momento... Você não tem ideia de como eu me arrependo por tudo que fiz... (o abraça) Desculpa... Diz que me desculpa...
Cristiano (emocionado): Eu não estou aqui pra te julgar... Mas agora eu vejo como minha vida não faz sentido sem você... Suzana você é meu norte... Você é minha vida e eu te perdôo...
MANSÃO DOS MAYER, TARDE...
Gina (alegre): O Cris foi até a cadeia ver a Suzana?!
Stela (esfuziante): Sim... Ele resolveu dar uma chance a ela. E quer saber mais minha querida Gina, ela merece essa chance... A Suzana teve uma vida tão difícil... Nós descobrimos ontem que a Germana é tia dela.
Gina (pasma): A Germana!... Essa vida é mesmo cheia de reviravoltas!
Stela (da um gole em seu café): E tem mais... Nós também ficamos sabendo ontem que a Suzana está grávida do Cris...
Alberto entra na sala repentinamente.
Alberto (cantarolando): Vem ai o meu primeiro netinho... Eu fico feliz mesmo ele sendo um neto postiço...
Gina (sorridente): Que maravilha!... O Cris deve estar super feliz... Eu fico feliz por ele...
Stela (olhando nos olhos de Gina): Bem, mas e você Gina?... Estão todos se acertando... Você não acha que está na hora de você ter um namorado?
Gina (olha para o relógio): Quem sabe um dia... Mas agora eu tenho que ir dona Stela... Dê um abraço no Cris por mim. Diga que eu estou super feliz por ele...
Gina sai apressada. Alberto do alto da escada a encara estranhamente.
ENQUANTO ISSO...
Cristiano e Suzana estão abraçados, eles recuperam o tempo perdido.
Suzana (carinhosamente): Você vai cuidar dele pra mim?...
Cristiano (romântico): Nós vamos cuidar dele. Ele é nosso, e quando você sair daqui nós vamos ser felizes para sempre...
Suzana (séria): Eu bem que queria que fosse assim, mas a vida não é um conto de fadas e nós sabemos disso...
A sirene anunciando a fim da visita toca, e Suzana é levada por uma carcereira.
Cristiano (olhando para a amada): Eu te espero... Lá fora... Eu te amo...
Mas uma vez os dois se separam.
VOLTANDO A MANSÃO DOS MAYER...
Stela se arruma para dormir, ela deita-se ao lado de Alberto, e repousa a cabeça sobre seu peito.
Stela: Parece que foi ontem que nós nos conhecemos, não é?...
Alberto (sem prestar muito atenção): Sim...
Stela (objetiva): Alberto eu não quero ficar a vida toda assim... Eu quero me casar... Pode demorar o tempo que for, mas eu quero me casar...
Alberto com o susto solta o jornal.
Alberto (petrificado): Casar?!...
Stela: Sim... Você aceita se casar comigo?
Alberto (a abraçando romanticamente): Só se for com você...
Os dois se beijam loucamente. O jornal que estava sobre a cama cai no chão. E a manchete de capa é: “MULHER É ENCONTRADA MORTA NOS TRILHOS DO METRO.”
SANATÓRIO JUDICIARIO, NOITE...
Raquel fingia dormir em sua cama, uma enfermeira entra para observa – lá. Foi quando Raquel deu seu golpe de misericórdia, ela conseguiu soltar suas amarras e partiu para cima da enfermeira.
Raquel (psicótica): Surpresa! Pensou que eu ia ficar aqui a vida toda?!... (ri demoniacamente) Se enganou...
Enfermeira (desesperada): Socorro! Ela conseguiu se soltar... Socorro!
Raquel pega um lençol e o dobra como uma corda.
Raquel: Fofinha eles não vão te ouvir... Esqueceu que essa cela tem abafador de som?... (fica séria) Pode começar a rezar gorducha, sua hora chegou!
Raquel esgana a enfermeira com o lençol até a morte. Depois pega o molho de chaves preso a sua calça.
Raquel: O infelizinha difícil de morrer!... Agora eu tenho que sair daqui... Afinal chegou a minha vez de jogar... Hora deu dar o xeque – mate...
Raquel gargalha vitoriosamente.
* A imagem congela, uma mira telescópica aparece e ao som de um tiro a tela se estilhaça como vidro decretando fim do capitulo.*
NOVELA DE.:. GUSTAVO MORAES
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