Roberto Carlos comanda hoje o show mais tradicional do país

Apresentação no ginásio do Ibirapuera será exibida pela Rede Globo

"Quando eu estou aqui, eu vivo esse momento lindo".
Ao ouvir os primeiros acordes de "Emoções", que tradicionalmente abre o especial de fim de ano de Roberto Carlos apresentado pela TV Globo (que vai ao ar hoje, às 22h), é possível perceber que esse é o show de Natal mais importante do Brasil.
Em Nova York, existe a tradicional árvore do Lincoln Center. Em Paris, a Torre Eiffel é iluminada. E, em São Paulo, o ginásio do Ibirapuera ganhou decoração natalina (e brega) para receber o Rei, que cantou para um ginásio lotado como se estivesse em uma sala com cinco pessoas durante a gravação de seu show anual, realizada no dia 15 de dezembro.
O programa do Rei foi gravado de uma vez só, sem uma interrupção sequer, com Roberto reinando absoluto diante de fãs que gritaram seu nome e cantaram clássicos como "Eu te Amo" para ele. E só para ele. Roberto foi amado pelo seu público e esbanjou amor. Difícil não achar que quando ele aponta para a plateia e canta "olhando para vocês", ele não está sendo sincero. Cada um ali pensa: "ele está falando comigo".
Todos no Ibirapuera (a plebe) se sentiram íntimos de Roberto Carlos (o Rei). E felizes por ver que sua majestade está em forma. No especial-show, ele não teve medo de tocar sucessos como "Detalhes", "É Preciso Saber Viver" e o já tradicional (e cafona) medley de sucessos da Jovem Guarda, terminando em "Tardes de Domingo", para emoção da plateia, que sente, como ele "saudades daquelas velhas tardes".
Roberto, com o cenário feérico armado pela TV Globo, toca fundo na nossa melancolia de fim de ano. O Rei é a verdadeira árvore de Natal brasileira.
A parte chata do presépio da Globo são os convidados. A cantora Ana Carolina, Dira Paes (que cantou "Cama e Mesa"), Daniel e o grupo de axé Calcinha Preta. Só servem para mostrar por que Roberto é o Rei. E que mais vale ver Roberto cantando "Detalhes" sozinho ao violão. E celebrar o Natal gritando "Jesus Cristo", um ritual mais tradicional no Brasil que a missa do Galo.