quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

--- DESEJO & REPARAÇÃO ---



Décimo Nono Capítulo

Já sentindo uma sensação ruim, ela caminhava devagar até o escritório, quando via seu pai inclinado na cadeira com sangue descendo pela sua boca. Ele estava morto.
Julieta (aos prantos): Pai!! Meu Deus! (ajoelha-se horrorizada). Não pode ser... Socorro! Alguém me ajude! (chora).

Casa de Fernanda e Lucas...
Naquela madrugada, Cacá parava o táxi na frente da casa de Fernanda.
Cacá (nervoso): Bem... Acho que você fica por aqui.
Fernanda (o acaricia): O que foi? Tá nervoso?
Cacá: É que eu nunca participei de algo como... Como...
Fernanda: Um assassinato?
Cacá (suando): Isso.
Fernanda: Fica calmo... Nada de ruim vai acontecer com você. (beija-o).
Cacá: E o seu marido? Ele ainda vai te pegar.
Fernanda: Você acha que eu não pensei nisso? Ele não está na cidade. Só volta depois de amanhã. Então... (sussurra em seu ouvido) Eu acho que você pode entrar na minha casa. (beija-o).
Cacá (afasta-se): Eu não posso. Já está tarde e preciso trabalhar.
Fernanda: Faça como quiser. Mas tem razão... Por hoje não dá mesmo. Afinal, eles vão acabar me informando sobre o acontecido ainda hoje. E eu preciso estar presente não é mesmo?
Cacá: Sei... E o que pretende fazer depois disso?
Fernanda: Vou me divorciar, pegar a empresa para mim e deixar a Julietinha na miséria. Se bem que... Aquele Romeu Andrade ainda ajudaria muito ela e aí daqui a pouco ela poderia armar contra mim.
Cacá: Vai assassinar ele também?
Fernanda (pensativa): Não. Ficaria óbvio. Afinal, meu pai morreu, vou deixar minha irmã na miséria e matar o namorado dela... Poderia não estar provado que fui eu, mas eu seria a suspeita número 1. Não é mesmo?
Cacá: E o que vai fazer?
Fernanda: Quem... Incriminá-lo. (pausa) Isso. O grande amor de Julieta Amorim, mata o pai da amada. (ri).

Mansão dos Amorim...
A ambulância chegava e o condomínio se encontrava movimentado.
Romeu (sério): Julieta.
Julieta (aos prantos): Romeu! Ainda bem que está aqui. (abraço-o). Ele está morto! Morto!
Romeu: Chora minha querida.
Enquanto isso, de longe, Júlio e Marcos observavam tudo.
Júlio: Coitada dessa moça. Flávio era um homem muito exagerado ás vezes, mas era um bom pai...
Marcos: É... Tão jovem e agora órfã!
Júlio: Agora, o que não entendo nessa história, é porque matariam o Flávio? Não faz o menor sentido.
Marcos: Muito estranho mesmo...
Sara (aproxima-se): Olá.
Júlio: Olá. A senhora deve ser...
Sara (mostra o distintivo): Detetive Sara Barcellos.
Marcos: E então? Encontraram alguma coisa?
Sara: Verificamos o lugar. Eu diria que foi um crime perfeito.
Marcos: Quer dizer que é impossível saber exatamente porque ou quem fez isso?
Sara: Acalma-se senhor Marcos Costa. Foi crime perfeito, mas não tão perfeito assim... O assassinato em si foi bem planejado. Pelo que presumo a pessoa que cometeu o crime, foi cuidadosa em não deixar rastros. Não há sinal de arrombamento na porta e nem cartuchos de revólver. Tiramos as duas balas do corpo do senhor Flávio Amorim e é constatável que havia pedaços pequenos de plástico nelas. Ou seja, o assassino deve ter embolado um saco plástico sob o revólver até o pulso para que, quando atirasse, o cartucho não caísse no chão e ficasse como prova.
Júlio: Sim, mas qual seria a parte “imperfeita” desse... Plano?
Sara: Foram encontradas algumas gavetas abertas e bagunçadas... Como se ele procurasse algo para roubar. No fim, acabou roubando algumas jóias. Mas com certeza, quem veio aqui, não veio para roubar nada. Veio com o objetivo de assassiná-lo.
Julieta (aproxima-se intrigada): O que você quer dizer com isso?
Sara: Exemplo. Seu pai tinha algum cofre? Esses que ficam atrás de quadros ou armários.
Julieta (enxuga as lágrimas): Sim claro.
Sara (séria): Então, se tudo está lá, é porque o assassino não queria mesmo nada de dinheiro. Quem matou seu pai, com certeza, era alguém próximo a ele ou pelo menos, quem mandou matar.Julieta e Romeu se entreolhavam.

1 HORA DEPOIS.

Julieta estava sentada, bebendo água, e totalmente inconsolável, enquanto o corpo era levado do local.
Sara: Se lembrar de qualquer coisa... Entre em contato. (entrega o cartão).
Júlio: Pode deixar. Estaremos em alerta.
Sara: Até mais. Amanhã nos falamos. E... Sinto muito.
Julieta: Obrigada.
A detetive entrava em seu carro e seguia para sua casa. Naquele instante, Fernanda chegava, fingindo estar inconsolável.
Fernanda (chora): Minha irmã... (aproxima-se) Fiquei sabendo do que aconteceu e vim correndo para cá! Não o conhecia bem, mas, só de saber que era o meu pai e que nunca mais irei vê-lo novamente e repartir do tempo perdido, tenho uma dor enorme no coração.
Julieta (chora): Obrigada pela força. Ainda não nos vemos como irmãs, mas sei que iremos vencer isso juntas.
Fernanda: Com certeza querida. (abraça-a).
Marcos observava tudo de longe. Ele sabia de alguma coisa, mas não queria dizer nada.
FIM DO CAPÍTULO 19.
AUTOR: JULIANO NOVAIS.

1 comentários:

Leon disse...

Jualiano... Sua novela é realmente muito boa!!!

Se fosse na TV a atriz perfeita para viver a vilã seria Claudia Abreu!!!

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