segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Um papo com Adriana Birolli

Nas novelas assinadas por Manoel Carlos, uma malvada implicante e insuportável é artigo tão essencial quanto a protagonista batizada de Helena. Caso de Deborah Secco, em “Laços de Família”, e de Regiane Alves, em “Mulheres Apaixonadas”, apenas para citar dois dos exemplos mais marcantes da obra do autor. Em “Viver a Vida”, a dúbia “honraria” de menina incômoda sobrou para Adriana Birolli, curitibana de 22 anos que dá vida a Isabel. “Está sendo muito gostoso. Principalmente porque as pessoas que falam comigo na rua não estão bravas, não. Achei que iam dizer que sou muito má, que implico muito… mas, até agora, estão me apoiando e dizem que a Luciana é que é muito mimada”, diz, entre risadas, mencionando a personagem vivida por Alinne Moraes.

A personagem não é a primeira incursão de Adriana na tevê – ela chegou a fazer uma pequena participação em “Beleza Pura”, como uma menina “emo” chamada Viviane. Mas a maior parte da carreira da atriz foi dedicada ao teatro, veículo que acabou lhe abrindo as portas para o papel em “Viver a Vida”. Durante de uma apresentação da peça “Manual Prático da Mulher Desesperada”, adaptação de contos da americana Dorothy Parker, a atriz chamou a atenção de um produtor de elenco que a convidou para um teste. “Aí começou um processo que durou um mês e, no final, fiquei sabendo que o papel era meu. Foi incrível, poque é uma felicidade estar trabalhando com o Manoel Carlos. O texto dele é maravilhoso”, derrete-se. O único “porém” é que, por conta das gravações, Adriana precisou interromper as apresentações do espetáculo, no qual divide a cena com o conterrâneo Alex Barg. “Estou louca para reestrear. Só não sei quando vou conseguir. Mas depois da novela, com certeza voltamos em cartaz”, garante.


Manoel Carlos tem por hábito escrever capítulos com pouca antecedência. Como está sendo sua experiência com esse tipo de trabalho?
Como eu nunca tinha feito outra novela inteira, não dá para dizer que estou tendo dificuldades por estar acostumada com outro ritmo. É frenético, mas é muito bom, porque a gente sente no texto que ele está vendo como a gente está atuando. E é muito bom, para o ator, perceber isso.

Você faz teatro desde que tinha oito anos de idade e sempre esteve envolvida com o palco. Ir para a tevê era algo que você almejava?
Não necessariamente. Ser ator independe do meio em que se trabalha. Normalmente faço teatro, agora estou fazendo tevê. Nunca fiz cinema, porexemplo, mas posso fazer um dia. Nunca pensei: “ai, eu tenho de fazer novela” ou “será que um dia vai acontecer?”. Isso é uma decorrência natural do trabalho.

Mas uma novela das oito é sempre uma vitrine dentro da tevê brasileira e, para quem está começando, um bom desempenho pode ajudar bastante na carreira. Qual sua expectativa quanto a isso?
Fazer sucesso é uma coisa que independe do nosso querer. O mais importante é focar no trabalho. Mas estar ali sem dúvida é uma ajuda enorme, até pro teatro. Não posso reclamar, porque estou em cartaz há três anos com “Manual Prático da Mulher Desesperada” e já conseguimos lotar teatros para caramba. Isso é uma felicidade que não tem tamanho. Sem dúvida, estar na novela ajuda. Espero, mais do que isso, poder fazer um ótimo trabalho.

E com está sendo a adaptação ao veículo, de maneira geral?
É um mundo bem diferente. Acho que a maior diferença é a obra aberta: a gente sabe muito pouco do que vai acontecer. Mas isso é incrível, porque a vida é assim também. Você conhece sua rotina, mas, se alguma coisa acontecer, você não sabe como vai agir. É muito legal trabalhar isso no personagem. O autor muda e você tem de seguir e ir encaixando, como é a vida. Acho isso uma delícia.

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