Autoria: Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares
Colaboradores: Nelson Nadotti, Marcia Prates e Maria Elisa Berredo
Direção: Paulo Ubiratan, Luís Henrique Rios, Marcos Paulo e Roberto Naar
Direção de núcleo: Paulo Ubiratan
Período de exibição: 17/02/1997 - 10/10/1997
Horário: 20h
Nº de capítulos: 203
“A Indomada” conseguiu trazer algumas inovações a um cenário que estava se tornando repetitivo na década de 90: novelas ambientadas no Nordeste. Aguinaldo Silva criou Greenville, cuja população adquiriu hábitos britânicos por causa dos ingleses que por lá passaram para construir uma estrada de ferro. Os habitantes se consideravam súditos da Rainha, mantendo tradições como o chá das cinco (“five o’clock tea) e misturavam o português com o inglês, sem perder o sotaque nordestino.
Na trama, exibida em 1997, Adriana Esteves viveu duas personagens: Eulália, na primeira fase, e sua filha, Helena, na segunda etapa. O autor faria o mesmo em “Senhora do Destino”, colocando Carolina Dieckmann para viver mãe e depois filha.
Os pais de Helena morreram em um acidente de barco. Ela herdou a fortuna da família, mas tem que lutar contra as maldades da tia, Maria Altiva Pedreira de Mendonça e Albuquerque (Eva Wilma). O dinheiro foi perdido pelo tio, Pedro Afonso (Claudio Marzo) na mesa de jogo para o forasteiro Teobaldo Faruk (José Mayer), que fora apaixonado por Eulália. Ele o entregará a Helena, em troca de se casar com ela.
Altiva é o grande destaque da novela (e o melhor papel de Eva Wilma nos últimos tempos; depois ela viveu uma série de vilãs em outras tramas, que não chegavam aos pés da malvada de “A Indomada”). A personagem rendeu-lhe quatro prêmios de melhor atriz.
Vários atores tiveram seu momento para brilhar. Paulo Betti foi o prefeito Ypiranga Pitiguarí, que adorava fazer obras, era casado com a fogosa Scarlet (Luiza Thomé) e vivia em guerra com a juíza Mirandinha (Betty Faria). Selton Mello roubou a cena com o especial Emanoel, que se apaixonava por Grampola (Karla Muga).
Um dos mistérios da trama era a identidade do Cadeirudo, que atacava as mulheres de Greenville em noites de lua cheia. No fim, foi revelado que a beata Lurdes Maria (Sônia de Paula) era o misterioso personagem.
Frases como "oh chente, mai gódi" viraram bordão na época. Outra marca de Aguinaldo, o realismo fantástico, se fez presente: o delegado Motinha (José de Abreu) caiu num buraco e foi parar no Japão. Já Altiva, no último capítulo, vira fumaça e jura que vai voltar para se vingar.
Lima Duarte fez uma participação especial revivendo Murilo Pontes, seu personagem em “Pedra Sobre Pedra”, que vinha a Greenville para uma partida de pôquer na Casa de Campo. Pitágoras (Ary Fontoura) voltaria à cena anos depois em outra obra do autor: “Porto dos Milagres”, em 2001.
Nívea Stelmann, Matheus Rocha (que atualmente está em “A Fazenda”) e Licurgo Spínola estrearam nessa novela. Maria Fernanda Cândido aparecia correndo na abertura. “A Indomada” foi reapresentada menos de dois anos depois de seu fim, no Vale a Pena Ver de Novo, 1999 e 2000, com 154 capítulos (uma das mais longas da faixa). Aguinaldo tentou sem sucesso uma trama urbana, “Suave Veneno”, e voltou ao gênero nordestino em “Porto dos Milagres”.
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