Quem lembra de Fernanda Lima no extinto “Fica comigo” da MTV não se supreendeu com a desenvoltura dela no comando de “Amor & sexo”, estreia da Globo da última sexta. Segura, suave e firme, ela reapareceu num posto à altura de sua verdadeira vocação: a de excelente apresentadora. Em muitos momentos seguindo marcações e um roteiro (de Rafael Dragaud), Fernanda também se saiu bem na hora do improviso. “Amor & sexo” tem altos e baixos, mas, com alguns ajustes, pode fazer mais barulho do que fez a estreia. Leo Jaime e sua banda dialogando com Fernanda ficou charmoso e simples, na medida. A sexóloga Carmita Abdo é uma presença imprescindível numa atração deste tipo e funciona como balizador das opiniões, evitando a defesa de ideias pouco educativas.
Claudia Raia e Alexandre Borges responderam abertamente a todas as perguntas feitas a eles, o que dissipou o temor de que “Amor & sexo” caísse na caretice. Tanto Claudia quanto Alexandre estiveram ótimos, mas o quadro de que eles participaram, “Stripquiz”, precisa de acertos. Não faz sentido fazer o público votar e depois a apresentadora dar voz apenas à minoria dissonante, o que ficou estranho. Em seguida, Fernanda respondeu no palco a uma pergunta de um internauta que disse gostar de “carícias na bunda”. Ele queria saber se isso significa que é gay (a reposta da sexóloga foi não). Depois, um casal de meia idade apareceu fazendo uma enquete na rua sobre o mesmo tema, mas o resultado foi frio. Finalmente, quando Fernanda foi às ruas, para o quadro “Na pista”, saiu-se muito bem. A direção de Ricardo Waddington, competente, procurou dosar, como diz a letra de Arnaldo Jabor, a bossa nova do amor, e o carnaval do sexo e o programa de estreia teve um pouco destes dois balanços. Daqui para a frente pode, e deve, ter ainda mais.
0 comentários:
Postar um comentário
SEU COMENTÁRIO É MUITO IMPORTANTE PARA SEMPRE MELHORARMOS. DEIXE SUA CRÍTICA, SUGESTÃO OU ELOGIO. VOCÊ TAMBÉM PODE NOS ADICIONAR NO MSN: festa.show@hotmail.com! OBRIGADO.