2º CAPÍTULO DE “LIÇÃO DE VIDA”
Um táxi estaciona em frente à mansão, Poliana desce e fica encantada com a casa. Ela vê Nanci e dá uma abraço pensando que é Paulina.
Poliana: Tia Paulina...
Nanci: Eu não sou sua tia. Sua tia é aquela ali no terraço. Não se assuste com o jeitão dela.
Paulina: Espero que tenha feito uma boa viagem Poliana. Vá tomar banho e depois conversamos. Nanci, leve-a até o quarto.
QUARTO DE POLIANA
Poliana: Que quarto lindo! Parece de boneca!
Ela abriu o guarda-roupa a procura de um espelho.
Nanci: Sinto muito, a peste, que dizer sua tia não me deixou trazer um espelho pra cá.
Poliana: Não tem problema, só assim não me vejo minhas sardas.
Nanci: Ela também não me deixou por uma cortina na janela.
Poliana: Melhor, assim a noite vejo as estrelas no céu! E, além disso, com uma paisagem linda dessa quem precisa de cortina.
Nanci: Pra você tudo tá bom né, menina esquisita....quero ver até quando isso dura.
Poliana abraça Nanci.
Poliana: Estou tão feliz em te conhecer.
Nanci: Eu também tô muito feliz. Agora vamos descer que sua tia está chamando. Dona Paulina não admite atrasos.
Ao ver Poliana descendo as escadas aos pulos, Paulina a repreendeu.
Paulina: Tenha modos menina. Não corra pela casa e modere o tom de voz.
Poliana: Claro titia, perdoe-me....hum nossa que banquete! Nanci, você não vem almoçar conosco?
Paulina: Os empregados comem na cozinha e você coma de boca fechada.
Ao terminar o almoço Poliana sentou-se ao piano e começou a tocar.
Paulina: Você sabe tocar piano?
Poliana: Não, não sei, mas gostaria muito de aprender.
Paulina: Amanhã começaremos as aulas.
Poliana: O meu pai adorava piano.
Paulina: Olha aqui, Poliana, se você pretende continuar nesta casa, nunca mais pronuncie o nome do seu pai, ouviu bem?
Poliana: Ótima idéia, titia. Se eu parar de falar nele, quem sabe a saudade diminua. Com licença, vou ver o jardim.
Quando Tomás viu Poliana ficou emocionado.
Tomás: Meu anjo...meu anjo está de volta. Como é linda! Parece que vejo sua mãe.
Poliana: Você conheceu minha mãe?
Tomás: Claro, trabalho aqui há muito tempo.
Poliana: Então você vai me contar tudo sobre ela.
Tomás: Claro que sim.
Todos as tardes depois das aulas de tricô, crochê e piano, Poliana ia para o jardim.
Numa tarde, Poliana atravessou o portão e foi andando pela estrada. Quando anoiteceu deitou-se na grama e ficou vendo o céu estrelado. De repente lembro-se da tia e voltou para casa.
Paulina: Onde você estava? Quem me matar do coração? Suba para o quarto imediatamente, está de castigo!
Poliana obedeceu. Mas antes de dormir Nanci levou uma maçã para ela.
Nanci: Trouxe uma maçã, para você não dormir com fome.
Poliana: Obrigado Nanci. Boa noite.
Nanci: Boa noite.
NO DIA SEGUINTE...
Nanci: Poliana, porque você sempre é assim tão contente com a vida?
Poliana: Foi um jogo que aprendi, o “jogo do contente”.
Nanci: Me ensina esse jogo!
Poliana: Bom, meu pai me ensinou esse jogo. Os padres sempre davam presentes as crianças pobres e eu queria muito ganhar uma boneca, só que quando abri o pacote, tinha um par de muletas. Chorei muito e fiquei muito triste. Mas meu pai disse que eu deveria ficar contente por não precisar usar as muletas, aí eu vi que ele tinha razão e sai pulando pela casa! É assim que funciona o jogo do contente.
Nanci: Que linda história, precisamos ensiná-la a sua tia...
Poliana andava exausta com as aulas. Era uma atrás da outra. Sempre que Paulina saia Poliana dava uma escapadinha. Um dia, numa de suas andanças avistou uma casa imensa e margaridas no jardim, resolveu entrar. Quando de repente chega um homem.
Seu Francisco: Quem é você? Desde quando se pode entrar na casa dos outros dessa maneira?
Poliana: Oh desculpe-me é que eu adoro margaridas e não posso vê-las sem tocá-las.
Seu Francisco: Como é seu nome?
Poliana: Poliana, e o seu?
Seu Francisco: Francisco, mas todos me chamam de Seu Zangado.
Poliana: Essa boa, quem é zangado não cultiva margaridas, as flores mais alegres da natureza!
Seu Francisco: Minhas flores são alegres, mas minha alma é triste.
Poliana: Tenho certeza que quando o senhor aprender o jogo do contente vai ficar tão alegre quanto elas.
Seu Francisco: Pois então venha comer um pedaço de bolo de chocolate e me ensine esse jogo.
Poliana: Oba...adoro bolo de chocolate!
Seu Francisco: Onde você mora?
Poliana: Moro na casa da minha tia Paulina.
Seu Francisco fica assustado ao ouvir o nome da tia de Poliana.
Seu Francisco: Paulina Abranches?
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FIM DO CAPÍTULO 2
AUTOR: MARCOS ALVES
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