" A Outra" 16º capitulo. No ar mais uma campeã de audiência.

CAPITULO 016 – Dom Lauro corre perigo!

Dom Lauro (tom de voz suave): Stela...

Ela vira-se para o marido. Os dois se encaram. Stela anda na direção contraria a Lauro e fica de costas para ele.

Dom Lauro (sutilmente): Eu vim aqui pra destruir com esse mal entendido entre nós...

Stela (com os olhos cheios de lágrimas): Como você tem coragem de aparecer aqui?... (volta-se para ele) 28 anos casados. Uma vida... E não valeu de nada! Eu me casei com um homem que eu pensei que conhecia. Pensei!... Ah! Doce ilusão... (se enche de ódio) Você Lauro, não vale nada. Você é um monstro, não tem coração!

Dom Lauro (se aproxima de Stela): Você disse que os nossos 28 anos de casados não valeram de nada. E quer saber, não valeram mesmo. Por que nós ficamos todo esse tempo casados e você nunca confiou plenamente em mim!... Bastou alguém colocar essa historia infame de amante na sua cabeça pra você querer acabar com tudo...

Stela (irônica): Ninguém colocou nada da minha cabeça. Eu descobri tudo sozinha... (enche o peito de ar) Seu Canalha... Você ta pensando que vai conseguir reverter essa historia a seu favor. Mas, não vai. Não vai mesmo.

Dom Lauro (fingindo-se de vitima): Stela, eu te amo... Não vamos acabar com a nossa historia de amor. Não vamos acabar com a linda família que temos... (segura carinhosamente o queixo de sua esposa)

Stela (odiosa): Não toca em mim!...(livra-se da mão dele) Meu bem nós não estamos acabando com nada! Você está acabando!... Agora saia daqui. A partir de hoje você dorme no quarto de visita. Veja só como eu sou boa. Eu poderia te expulsar daqui, mas, não. Se de por agradecido. Agora sai!

Dom Lauro (na porta): Nós estamos sendo vitimas de uma grande intriga. (sai)

Stela vê que ele deixou o buquê de rosas em cima da cama. Ela então pega o buquê joga no chão e o pisoteia.

RUA, BAIRRO DO MORUMBI, MAVERICK PRETO. NOITE.

De dentro de seu carro o misterioso Leopardo observa todo o movimento. Ele está estacionado novamente em frente à mansão da família Mayer. Ele limpa seu revolver prateado com sua alcunha gravada nele. Dom Lauro sai com seu carro da mansão, o Leopardo o segue.

CALÇADÃO BEIRA MAR. NOITE.

RIO DE JANEIRO...

Suzana toma uma água de coco enquanto observa o movimento das ondas. Ela está aparentemente preocupada. Marcelo aparece, á surpreendendo.

Marcelo (segurando o braço de Suzana com força): Bingo! Te achei. Que, que é, pensou que ia fugir de mim por muito tempo?... Sua Cadela.

Suzana (tentado se livrar de Marcelo): Me solta! Me solta Marcelo...

Marcelo (raivoso): Eu não vou soltar seu bracinho. (puxa para dentro de seu carro) Agora vem! Entra ai!... E é melhor ficar quietinha...

Ele ergue sua camiseta e mostra para ela um revolver. Suzana fica com medo.

Suzana (chora): O que você quer de mim?!...

Marcelo: Cala a boca! Sua ordinária...

Marcelo acelera o carro, e dirige velozmente pela movimentada avenida. Suzana chora desesperada.

GALPÃO ABANDONADO, NOITE...

Marcelo estaciona seu carro do lado de fora do galpão. Ele tira Suzana do carro à força, e aponta para ela um revolver engatilhado.

Suzana (chorando desesperada): Marcelo! Não me mata!... Marcelo pelo amor de Deus!

Marcelo (puxando o cabelo de Suzana): Caladinha!... É melhor pra você ficar de bico calado. Mesmo por que aqui ninguém vai te escutar! (a puxa para dentro do galpão) Olha bem, talvez essa seja a última coisa que você vai ver na tua vida. (ri demoniacamente)

Marcelo joga Suzana no chão com toda força. Ela implora.

Suzana (com a respiração forte): Não me mata!... Não faz isso comigo!...

Marcelo (com desprezo): Sabe, o que eu queria era pegar essa arma e te fura inteira... Eu devia matar você Suzaninha... Mas, eu sou um homem bom. Do bem. Um cara legal. (encosta a arma na cabeça de Suzana) Eu vou te dar uma chance...

Suzana (quase sem voz de tanto chorar): Que chance?... O que você quer de mim?!...

Marcelo (violentamente): Cala essa boca! Eu não pedi pra você falar. (cinicamente) Agora amorzinho você vai conta aqui pro papai, o que você ta aprontando. Não, por que se eu te conheço você ta aprontando uma. E contra mim!

RUA ESCURA. NOITE.

Dom Lauro estaciona seu carro embaixo do único poste da sombria Rua na Zona Sul de São Paulo. Ele desce do carro e olha em volta, checa para ver se o lugar está seguro, sem ninguém o observando. Ele então atravessa a rua, mas algo de inesperado acontece. O Maverick preto vem a toda velocidade em sua direção. A luz do farol ilumina a expressão de pânico de Lauro.

* A imagem congela, uma mira telescópica aparece e ao som de um tiro a tela se estilhaça como vidro decretando fim do capitulo. *

FIM DO CAPÍTULO 16.

NOVELA DE.:.GUSTAVO MORAES.

DOM LAURO IRÁ SOBREVIVER?...

NÃO PERCA O PROXIMO CAPITULO DE “A OUTRA”,

AMANHÃ 8 DA NOITE.

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