sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Crítica TV!, por Nelson Gonçalves Junior.

Cinquentinhas do Brasil

As últimas minisséries exibidas pela TV Globo foram caracterizadas por grande sucesso de crítica, mas índices de audiência não tão expressivos. Muitos consideram este fato o resultado de trabalhos mais elitizados e experimentais, ou seja, de difícil aceitação junto ao grande público. De qualquer forma, os projetos foram de excelente qualidade técnica, como “Som e Fúria”; e de um bom retorno comercial, como “Maysa”.

Ressaltando sempre que os números do Ibope são importantes, mas não representam tudo. É importante uma análise do perfil de quem te assiste.

Em outras palavras, às vezes você tem menos telespectadores sintonizados em um programa, mas estes consumidores formam o público alvo de determinado produto, e portanto são mais atraentes para o anunciante do que outro programa que talvez tenha mais audiência mas não tenha o público que interesse a marca em questão.

Deixando de lado estas análises teóricas, vamos aos fatos:

“Cinquentinha”, a nova aposta global, tem nomes de peso em seu elenco, um diretor famoso e experiente como Wolf Maia e um autor reconhecidamente talentoso, o sempre surpreendente Aguinaldo Silva. Fatos que por si só já chamariam a atenção do público. É aquela sensação de que “coisa boa vem por aí”.

E realmente veio.

A história se resume em contar a vida de mulheres de meia idade que não aceitam envelhecer e são reunidas quando o ex-marido, elemento comum entre elas, morre e deixa uma herança para ser disputada e dividida. Abusando da ironia e brincando com os clichês, a história tem tudo para agradar.

Interessante notar que a mesma qualidade técnica das últimas minisséries foi mantida e aliada a um roteiro mais popular, com uma linguagem muito aproximada da telenovela, formato mais do que aprovado pelo telespectador.

A aposta em seriados e minisséries parece estar cada vez mais forte e valorizada na televisão brasileira. Movimento tardio porém interessante para o mercado, vale a pena conferir.

Vai entender

A Record, que critica a metodologia do Ibope, é a mesma emissora que vangloriou em seus telejornais a vitória da estreia de “A Fazenda 2” sobre a programação dominical da Globo.

Se não bastasse isso, os diretores da emissora paulista também estão cancelando o grotesco “Geraldo Brasil”, por números inexpressivos no...Ibope.

E viva a incoerência...

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