Quarto Capítulo
Julieta: Eu queria tanto te ver... Eu sei que posso estar sendo exagerada, mas...
Romeu (corta a fala dela): Esqueça isso... Agora o tempo é só nosso.
Os dois se beijam profundamente no calor da paixão, enquanto subiam para o quarto dela. Lá, acontecia a primeira noite de amor dos dois.
Bairro da Barra...
Já era final de tarde. Seu Miguel e Cadú bebiam cerveja no bar, quando o táxi de Cacá se aproximava. De lá, saiam Fernanda e Lucas, que voltavam de uma longa viagem que fizeram em Portugal.
Miguel (brinca): Ora, ora. Olha só quem chegou. Como foi a viagem Lucas?
Lucas: Foi muito boa mesmo. Lisboa é um lugar cultural e além de tudo, muito bonito.
Cadú: Tá xique em Lucas? (ri) Vai uma cervejinha?
Lucas: Infelizmente não. Amanhã já volto ao departamento de polícia.
Enquanto eles conversavam, Cacá pegava as malas do carro.
Fernanda (sussurrando no ouvido dele): Cacá...
Cacá (se assustado): Ah meu cristinho!
Fernanda (sedutora): Oxente homem... Se assustou com o quê?
Cacá: Com nada não.
Fernanda: Será que você pode trazer as malas até em casa?
Cacá: Sem problemas...
Ele carregava as malas, até o outro lado da rua, onde ficava a casa de Fernanda e Lucas. Com medo de acabar se envolvendo com a mulher, ele se sentia frustrado com a situação.
Cacá: Aqui está senhora.
Fernanda: Ai Cacá... Me chame de Fernanda...
Cacá: Como preferir.
Fernanda: Obrigada por trazer as malas viu? (fala com duplo sentido) Quando eu precisar de qualquer serviço seu... Eu te chamo. (pisca o olho e fecha a porta).
Cacá (falando consigo mesmo): Oh meu Deus! Oh vidinha desgramada! Assim painho não agüenta!
ConstruMarket...
Júlio estava em seu gabinete, analisando alguns documentos da empresa, quando sua secretária batia na porta.
Luciana: Com licença senhor Júlio...
Júlio: Pode falar Luciana...
Luciana: Tem um homem querendo falar com você. Diz que é importante.
Júlio: Ele falou o nome?
Luciana: Não. Devo perguntar?
Júlio: Não precisa. Redirecione a linha para meu telefone.
Luciana: Ok. (fecha a porta).
Júlio (no telefone): Alô? Quem está falando?
Cássio (ironiza): Será que eu preciso falar meu nome?
Júlio: Cássio Andrade. O que quer aqui?!
Cássio: Acalme-se... Liguei em missão de paz.
Júlio (raivoso): Diga logo o que quer falar!
Cássio: Uma proposta a você tentadora...
Júlio (curioso): Que proposta?
Cássio (manipulador): Eu sei que você e o Flávio brigaram... Posso acreditar que ele vai fazer de tudo para te diminuir agora. Afinal, você só é um sócio com 15% da empresa... Acho que nada será como antes para você. Talvez acabe chutado por todos da corporação.
Júlio: Espere aí. Como sabe dessa nossa briga?!
Cássio: Tenho lá minhas fontes... Se estiver interessado na proposta vingativa e ambiciosa, me encontre no restaurante que vou te mandar o endereço pelo fax. Até logo. (desliga o telefone).
Júlio ficava pensativo e curioso.
NO DIA SEGUINTE...
Igreja...
Começava mais um dia ensolarado em Salvador. Padre João com sua auto-estima levantada, abria os portões da sua Igreja de maneira empolgante. Cantava descontraído e dançava, enquanto arrumava o estabelecimento por dentro. De repente, era surpreendido com a chegada de uma velha amiga.
Marinalva: Padre João?
Padre João (vira-se): O quê? (reconhecendo-a) Marinalva! Minha grande amiga! Há quanto tempo! Como vai? (beija a mão dela).
Marinalva (feliz): Vou bem, obrigada.
Padre João: Onde esteve esse tempo todo, minha querida?
Marinalva: Em São Paulo. Mas agora eu voltei para ficar. Estou abrindo um clube na Barra. “Caminho das Árvores”.
Padre João (interesseiro): Pois é. Eu estava pensando em fazer uma reforma aqui, mas estou sem dinheiro. As doações dos fiéis caíram muito...
Marinalva: Ah! Antes que eu me esqueça... Eu vejo que sua Igreja vem caindo aos pedaços... Então como eu sempre fazia antes de ir para São Paulo, vou dar um dinheiro para você.
Padre João (fingindo não querer): Quê é isso minha querida. Não precisa. Eu recuso...
Marinalva: Não. Por favor, aceite.
Padre João: Não, não. Não precisa.
Marinalva: Já que é assim. Está certo.
Padre João (espanta-se): O quê?! Não... Não vou recusar um presente desses de uma velha conhecida.
Marinalva: Mas você disse que não queria?
Padre João (querendo confundí-la): Eu? Eu não disse nada. Mas já que você insiste tanto...
Marinalva (sorri): Bem... Que bom que aceitou. Espero que ajude.
Padre João (cheira o dinheiro): Oh se vai ajudar viu?
Mansão dos Amorim...
Flávio havia passado à noite fora de casa e só chegara naquela manhã por volta das 8 horas.
Flávio: Julieta? Está aí minha filha? (sobe as escadas) Desculpe não ter voltado em casa de noite... Tive uma briga no trabalho e...
Ele entrava no quarto da filha. E se deparava com o que não queria ver ou ao menos sabia estar acontecendo. Ele via sua filha deitada junto a um homem, após uma grande noite de amor. E pior, era Romeu Andrade. Filho do seu inimigo número um.
Flávio (raivoso): Julieta!
Ela acordava aos pulos, enquanto se cobria com os lençóis, assustada. Assim como ela, Romeu também se encontrava em uma enrascada.
FIM DO CAPÍTULO 4.
AUTOR: JULIANO NOVAIS.
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