sexta-feira, 9 de outubro de 2009

CRIME PASSIONAL- QUINTO CAP.

Quinto Capítulo



Matheus ficava pálido e assustado com a notícia da morte de Cláudia.
Matheus (quase chorando): Por favor. Levem-me até meu quarto. Preciso ficar sozinho.
Marcelo: Claro meu irmão. Deixe-me empurra a cadeira de rodas...

Os dois saiam até o quarto de cima da mansão, enquanto Fernanda e Clementino se entreolham.
Fernanda (séria): Agora a gente não pode falhar!
Clementino: Fernanda! Essa sua idéia não vai dar certo! Ele ainda ama Cláudia isso está bem exposto na cara dele! Como pretende casar-se com ele nessas circunstâncias?
Fernanda: Não importa. As magoas, tristezas e lembranças aos poucos vão sendo apagadas com o tempo e mesmo que reste ainda alguma coisa, eu estarei aqui sendo meiga e gentil com ele para simplesmente fazê-lo esquecer. Precisamos, apenas, ter paciência...

Restaurante Bridges...
As horas passam e já era de tarde. Fernanda chegava ao restaurante preparada para as perguntas do detetive, quando se sentava à mesa junto a ele.
Lauro: Boa tarde senhora Fernanda Da La Vega.
Fernanda: Boa tarde, detetive Kalid. E então... Que informação você quer de mim?
Lauro (pega a caneta e um bloco): Nada demais. Mas estou desconfiando que o acidente de Cláudia Toller não tenha sido um mero acidente.
Fernanda (surpreendida): Ora... E o que lhe faz pensar isso?
Lauro (entrega um envelope): Isto.

Ela estava apreensiva com a situação e checava as fotos com ansiedade.
Fernanda: Mas... Aonde o senhor quer chegar?
Lauro: Bem senhora Fernanda. Ao que mostra essas imagens, o pneu do carro foi estourado.
Fernanda: Sim... Mas não poderia ter sido por algum buraco na estrada?
Lauro: Talvez.
Fernanda (nervosa): Não acredita que esse caso foi um ato de terrorismo, ou melhor, dizendo, um ato feito de propósito por alguém conhecido. Acredita?
Lauro (não responde): Uma última pergunta senhora Da La Vega. Como era sua relação com sua irmã?
Fernanda: Ótima. Mas por quê?
Lauro: Obrigado. Entrarei em contato caso haja novas pistas.
Fernanda (pensativa): Está bem.

Mansão dos Toller...
Fernanda (abrindo a porta): Finalmente cheguei.
Clementino: E então? Como foi seu encontro com o detetive?
Fernanda (irônica): Esse Lauro sabe demais! E pior... Está desconfiando de mim com certeza!
Clementino: Você acha que... Ele quer lhe encurralar e prendê-la?
Fernanda (pensativa): Não sei. Pelo menos, não sem provas. Mas isso é impossível. Não acreditava que ele teria tanto peso em suas perguntas quanto teve. Mas... Como está o Matheus?
Clementino: Sentado e triste. Sem querer comer nada! Não sei se você irá conseguir o que tanto quer...
Fernanda: Vou ver ele.

Subindo as escadas e entrando no dormitório, podia-se ver apenas Matheus sentado na cadeira de rodas olhando pela janela do quarto e pensando, enquanto a luz do sol refletia em sua face entre as cortinas.
Fernanda (bate na porta): Matheus... Posso entrar? (meiga) Anda vamos... Você precisa comer alguma coisa.
Matheus (em voz baixa): Não estou com fome.

Ela vendo que sua tentativa não dá certo, anda na direção dele, agacha-se na sua frente para ficarem na mesma altura e fala.
Fernanda (calma): Eu sei que perder uma esposa que você viveu por 8 anos não é fácil. Eu também estou triste por perder minha irmã tão cedo assim... Mas você não pode ficar nesse estado. Reagindo mal aos empregados e a sua família... que somos nós. Escuta... Eu ainda te amo. Sei que você está pensando na Cláudia. Tentando absorver um acontecimento que não esperava. (respira calma). Mas saiba que quando essa sensação de abandono e de perda passar... (segura sua mão) Você ainda tem a mim. Se você me ama mesmo como antes, saiba que vou esperar o tempo que for preciso para você voltar e ficar junto comigo. (os dois se entreolham).

7 meses depois...

Todos estavam sentados na Igreja, quando no soar da marcha nupcial, os convidados levantavam-se olhando para o grande portão, da onde Clementino acompanhava em passos lentos, Fernanda até o altar. A cerimônia começava longa, mas logo nos momentos finais, vinha a pergunta.
Padre: ...e você Matheus Vittorino Toller, aceita casar-se com Fernanda Issa Da La Vega?
Matheus (olha para ela): Aceito.
Fernanda sorri em sinal de vitória.






FIM DO CAPÍTULO 5.




AUTOR: JULIANO NOVAIS.

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