sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Cena Aberta: Uma novela com selo de qualidade



por Endrigo Annyston


Costumo dizer que as novelas de Manoel Carlos tem um selo de qualidade. Digo isso não apenas por ser meu autor favorito, mas, especialmente, por nunca ter produzido um fracasso. Diferente de outros autores, suas tramas caem na boca do povo em questão de dias.

Isso acontece por suas telenovelas serem muito mais próximas da realidade que a dos demais autores. Quando vemos um texto de Maneco, parece estarmos assistindo o nosso próprio dia-a-dia. Até os vilões são mais “palpáveis”, ou seja, fáceis de encontrarmos nas ruas.

E tudo é tão comum que sempre quando acontece alguma estreia o elenco dispensa apresentações. Parece que aqueles personagens sempre estiveram ali na telinha, logo criamos identidade com eles e torcemos.

Claro que nem tudo são flores. Páginas da Vida, por exemplo, teve uma dificuldade relacionada ao elenco: eram muitos atores renomados com papéis secundários, sem histórias realmente dignas de seu talento. E isso é incomum em telenovelas de Maneco pois todos costumam ter o mesmo espaço, inclusive empregadas domésticas. Tanto é verdade que Juliana Paes foi revelada como a empregada Ritinha de Laços de Família e a atual empregada de Teresa (Lilia Cabral) já se sobressai dando aulas de salsa para a mulherada.

E, assim como na novela anterior, Viver a Vida também tem seus probleminhas. Tem um elenco fenomenal, uma história que já está pegando, entretanto, não dá pra engolir Helena (Taís Araújo) e Marcos (José Mayer). Quando o casal entra em cena acaba toda a magia, ainda mais embalados pela música “A Mulher Que Eu Amo” de Roberto Carlos. Com tantas músicas lindas do rei, tinham que escolher justo essa? É de doer.

Tirando o casal protagonista e essa música, o restante é só alegria. Trilha sonora escolhida a dedo, mais uma vez graças ao bom gosto de Maneco, e, o enredo, encantador. Lilia Cabral, como não poderia deixar de ser, já roubou a novela para si. Não era segredo pra ninguém que isso poderia acontecer. Até o presente momento protagonizou as cenas mais emocionantes, mais humanas. E é bem isso: Lilia tem o costume de realmente viver a personagem. Assim como foi Marta, Catarina, hoje, ela é Teresa. E arrasa.

Alinne Moraes segue como uma grata surpresa. Nunca a considerei boa atriz, contudo, ao que parece, para alguns atores fazer um vilão serve como escola, eles descobrem o verdadeiro talento que estava escondido e colocam pra fora. Isso aconteceu com Flavia Alessandra, sucesso como Cristina em Alma Gêmea, e, no caso de Alinne, não foi diferente. Com Silvia ela carregou Duas Caras nas costas e agora também é um dos destaques de Viver a Vida.

Não bastasse tudo isso, ainda tem Bárbara Paz detonando como Renata, os gêmeos, a Malu de Camila Morgado que promove loucuras em Gustavo, Maria Luisa Mendonça que chegou chegando com Alice, Dora e Rafaela que acabaram de entrar em cena e o restante da história que está começando a se desenhar.

E um outro detalhe importante: um tapa na face a cada final de capítulo com depoimentos de pessoas como a gente contando histórias de superação.

Em resumo, é o que eu disse logo de início: mais uma novela com selo Manoel Carlos de qualidade. E aí, vamos Viver a Vida?

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