Viver a Vida- Fatalidade não tem hora

O ônibus em que Luciana viajava capota e ela é levada para o hospital

A discussão entre Luciana e Helena acontece pouco antes da volta de Petra. O tempo fecha. Tão grave é a briga, que as duas ficam sem se falar. Pior, Helena não quer nem que Luciana se aproxime dela. Resultado: no fim da tarde, Helena volta num carro com Osmar e Luciana segue, muito a contragosto, com as demais modelos num ônibus. Estão no início da viagem de retorno para o Brasil. Primeiro, de Petra para Amã, por terra,; De lá para Paris, por ar; e, por fim, para o Rio. Mas o acidente interrompe dramaticamente esse itinerário.

O ônibus vem à frente; o carro em que Helena segue com Osmar mais atrás. No fim de uma curva acentuada, súbito, surge um rebanho de ovelhas e cabras na frente do motorista. Ele não consegue desviar, gira o volante e perde completamente a direção. Desgovernado, o ônibus capota algumas vezes. No interior do veículo, instala-se o pânico.

Luciana fazia numa espécie de retrospectiva da vida. Depois do sucesso no desfile de Petra, todos os caminhos estão abertos para sua carreira. Mas a vida sentimental está um tanto confusa. O namoro com Jorge vive um impasse; Miguel é uma hipótese remota e, agora, Bruno, esse aventureiro de filme, que chega pra balançá-la completamente. O que fazer? E há também o pai, e há Tereza, e há Helena – tantas coisas! Que raiva de tudo que aconteceu em Petra! Luciana tem o diário nas mãos. Ali, além de fotos e reminiscências, ela mantém todos os grandes acontecimentos anotados, os antigos e os atuais, o sucesso em Petra, a bofetada de Helena. E está lá também a margarida que Jorge lhe deu antes de sair, seca, mas ainda intacta.

Ao som da freada, tudo isso voa pelos ares. Luciana se agarra como pode, mas a violência do acidente é arrebatadora. Ela é arremessada, bate a cabeça e desmaia. Só vai acordar muito tempo depois, no hospital, para então lidar com uma nova realidade na sua vida. Ela nunca mais será a mesma.