CENA NA MANSÃO DOS CANTOMAIA. TARDE.
Débora ajeitava tulipas num vaso que havia acabado de comprar. Aloísio entra e os dois se olham.
Débora – (sorri) Querido! Que bom que você chegou!... Eu estou aflita para te dizer uma coisa...!
Aloísio – (interessado) Dizer uma coisa? Então diga. Sou todo ouvido.
Débora – (aproxima-se do marido) Perdoe – me pela noite de ontem... Não era minha intenção te tratar daquela forma... Você me desculpa?
Aloísio e Débora se abraçam.
Aloísio – (sorrindo) Mas é claro benzinho! Eu não quero ficar de mal com você...
Débora – Juro não desconfiar mais de você, amor...
Ao dizer sua última frase, Débora, cruza dos dedos.
CENA NO RESTAURANTE DO SHOPPING. TARDE.
Luisa está frente a frente com o homem que sabe os segredos que envolvem seu sequestro.
Luisa – (objetiva) Você me fez vir até aqui, agora vai ter que falar! Senão eu serei obrigada a colocar á policia nessa historia!... (faz uma pausa) Mas antes de tudo eu quero saber seu nome.
O homem se levanta.
Laio – (sério) Meu nome é Laio... Laio Campos... Sou a única pessoa que sabe o mandante do seu sequestro... E pode ter certeza de que não quero dinheiro por isso.
Luisa – (senta-se) Sem enrolação! Vá direto ao ponto.
Quando Laio vai começar a contar eis que aparece Jorge.
Jorge – (sorridente) Luisa! Que coincidência! Olha agente aqui se encontrando de novo!...
Luisa – (sem – graça) Olá Jorge...
Jorge – (olhando para Laio) E quem é esse? Seu amigo?
Luisa engole a pergunta a seco.
CENA NO APARTAMENTO DOS FRAGA. NA MESMA TARDE.
Celina fala ao telefone com sua sobrinha Helena.
Celina – Ótimo!... Eu vou ao seu encontro hoje. Aproveito e já te dou o seu dinheiro. Garanto que você não vai se arrepender querida!... Espere-me na estação abandonada, não quero levantar suspeitas.
VOLTANTO A CENA NO RESTAURANTE.
Luisa – (pensa rápido) Esse aqui é meu primo... Ele acabou de chegar do Rio de Janeiro. Acho que você não o conhece.
Jorge lança um olhar gélido para Laio.
Jorge – (encarando-o) Eu não o conheço... Bom, pelo menos não me lembro dele... Muito prazer.
Laio – (sem jeito) Luisa infelizmente eu tenho que ir... Acabei de me lembrar de um compromisso... Até...
Laio sai apressadamente.
Jorge – Mas já vai?... Espere mais um pouco...
Laio – Eu tenho que ir mesmo... Adeus...
Jorge – (vira-se para Luisa) Eu atrapalhei alguma coisa?... Se atrapalhei é só dizer...
Luisa – (séria) Não, Jorge. Você não atrapalhou em nada...
Jorge – (senta-se ao lado de Luisa) Foi bom te encontrar aqui... Quero conversar com você...
Luisa – (levanta-se) Desculpe Jorge... Eu tenho que ir. Nós nos conversamos depois...
Jorge observa Luisa se afastar.
CENA NA ESTAÇÃO DE TREM ABANDONADA. FIM DA TARDE.
Celina adentra a escura estação, ela logo avista Helena.
Celina – (aproxima-se) Espero que você não tenha comentado sobre isso com ninguém... E espero que depois de você receber o seu dinheiro, suma daqui.
Helena – Eu já sei tudo que tenho que fazer... Minha parte no plano está cumprida... (entrega o exame a Celina) Está aqui o exame...
Celina pega o exame, e o admira como se fosse um troféu.
Celina – (vitoriosa) Agora eu vou esfregar na cara daquela gente á prova de que minha filha está grávida... E o casamento terá de sair o mais breve possível.
Celina sorri demoniacamente.
*A imagem congela e vira uma ilustração nas páginas de um livro, que se fecha decretando fim do capitulo. *
NOVELA DE.:. GUSTAVO MORAES
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