Manoel Carlos costuma ser definido como um conhecedor do universo feminino. Mais que isso, ele é um especialista em retratar as relações entre mães e filhas. O amor desigual de Tereza (Lília Cabral) por Luciana (Alinne Moraes), Isabel (Adriana Birolli) e Mia (Paloma Bernardi) é um dos pontos altos de “Viver a vida”. Não apenas pelas atuações de altíssima qualidade de Lília e de Alinne Moraes, mas pela natureza da ligação das duas. Luciana é demandante e Tereza, amorosa. Mas nada acalma a necessidade de afeto de parte a parte. Elas se enrolam nesta teia neurótica e de grande efeito para a ficção. Lembra algumas histórias de Phillip Roth, autor americano que retratou muito bem os extremos a que mãe e filha podem chegar.
Em quase todas as suas novelas, Maneco abordou este tema. Em “Laços de família”, Vera Fischer e Carolina Dieckmann eram mãe e filha envolvidas na luta contra a leucemia. Em “Páginas da vida”, Marta, personagem de Lília Cabral, vivia uma mãe cruel. Mas foi em “Por amor” que o autor chegou a uma trama mais radical. Helena (Regina Duarte) trocou seu bebê saudável pelo natimorto filho de Maria Eduarda (Gabriela Duarte), num ato que misturou generosidade extrema com egoísmo total em relação ao marido e ao próprio filho.
Foi uma espécie de escolha de Sofia em que Helena favoreceu apenas Maria Eduarda. A questão moral mobilizou muito o público e, no fim da novela, Helena foi castigada num inesquecível duelo verbal com Atílio (Antônio Fagundes), que, entre outros ataques, disse que ela não sabia o que era o amor. A perguntas que ficaram: até onde vai o amor materno?ou, indo mais longe: o que define o amor materno? Agora é a vez de Tereza e Luciana. Nas novelas de Manoel Carlos, mãe e filha deixam qualquer casal no chinelo.
Em quase todas as suas novelas, Maneco abordou este tema. Em “Laços de família”, Vera Fischer e Carolina Dieckmann eram mãe e filha envolvidas na luta contra a leucemia. Em “Páginas da vida”, Marta, personagem de Lília Cabral, vivia uma mãe cruel. Mas foi em “Por amor” que o autor chegou a uma trama mais radical. Helena (Regina Duarte) trocou seu bebê saudável pelo natimorto filho de Maria Eduarda (Gabriela Duarte), num ato que misturou generosidade extrema com egoísmo total em relação ao marido e ao próprio filho.
Foi uma espécie de escolha de Sofia em que Helena favoreceu apenas Maria Eduarda. A questão moral mobilizou muito o público e, no fim da novela, Helena foi castigada num inesquecível duelo verbal com Atílio (Antônio Fagundes), que, entre outros ataques, disse que ela não sabia o que era o amor. A perguntas que ficaram: até onde vai o amor materno?ou, indo mais longe: o que define o amor materno? Agora é a vez de Tereza e Luciana. Nas novelas de Manoel Carlos, mãe e filha deixam qualquer casal no chinelo.
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