Antes de “Caras & bocas” estrear, Jorge Fernando me disse que ela seria “uma novela clássica”. E é mesmo. Gabriel (Malvino Salvador) e Dafne (Flávia Alessandra) se amam. Mas há aqueles impedimentos que fazem a graça dos folhetins. A família dela, rica, tratou de afastar os dois, já que ele é pobre. Anos depois, eles ainda se amam, mas, na hora do “vamos ver”, surge sempre um motivo para adiar a reconciliação. Há os muito ricos e os paupérrimos; tem uma vilã daquelas (Débora Evelyn, ótima no papel) com um marido pastel (Marcos Breda). Porém, nada de tipos ambíguos. É uma história fácil, leve. As duas tramas inovadoras são a de Anita (Danieli Haloten), que é deficiente visual, e a do macaco, um personagem de destaque.
Walcyr Carrasco é bom na criação de situações cômicas. O público vem prestigiando as cenas de pastelão.
“Caras & bocas” tem uma certa leveza, uma alegria que vem tanto do texto quanto da direção de Jorge Fernando. A maior parte dos personagens se mantêm um ou dois tons acima do que estariam numa história realista. Esta pegada é resultado da leitura acertada do script. Walcyr evita o uso de pronomes, por exemplo, o que confere uma certa teatralidade aos diálogos. “Caras & bocas” é um novelão por excelência e a boa audiência certamente deriva de uma empatia do público com este formato competente, mas simples.
É pura diversão despretensiosa.
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