segunda-feira, 6 de julho de 2009

11º CAPÍTULO DE "INVESTIGAÇÃO CRIMINAL"

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11º CAPÍTULO: Matilde é assassinada!

HOTEL / CASA DE CRISTINA

Cristina estava vestida com um roupão, tinha cabelos molhados e uma toalha nas mãos o que indicava que ela havia saído do banho. A campainha tocou, ela abriu e se deparou com Otavio.
- Esqueceu o nosso compromisso? – Perguntou ele esboçando um sorriso
- Entre! – Replicou ela secamente
Ela entrou meio sem graça mediante a frieza que ela o tratou.
- O que houve Cris? Por que esta “calorosa recepção” – disse ele em tom irônico
- O que veio fazer aqui? Por acaso Matilde não apagou seu fogo?
- Você não está achando que eu e a Matilde?!...
- Não me interessa se você comeu a Matilde ou não. Não adianta me dar mais explicações, já sei que você não resistiu a tentação de “trepar” com um pudim de cachaça!
- Preciso te explicar muita coisa, sente – se. A história vai ser longa...
Otávio Junqueira contou – lhe detalhadamente todos os fatos que o levaram a Manaus, culminando em seu encontro com Matilde. Ela ouviu estarrecida e disse por fim:
- Eu tenho conhecimento desta prática do Ramon, mas nunca imaginei que algo assim pudesse acontecer. Quanto a este nome, Donato Meireles... Tenho a impressão de que já ouvi antes – fez uma pausa tentando lembrar – Não me lembro onde, mas já ouvi este nome.
O detetive olhava fixamente torcendo para que ela se lembrasse. Afinal, ela morava em Manaus, tão distante de São Paulo e, de repente, o nome Donato Meireles lhe chamava atenção, era possível que ele poderia ter estado na cidade. Restava saber fazendo o que...
- Meu detetive! – disse lhe beijando os lábios levemente – Talvez depois de uma bebida e um cigarro eu consiga pensar melhor, quer uma cerveja?
Tomaram algumas cervejas, fumaram e transaram no tapete, e mesmo depois do dia ter amanhecido e rompido a marca das dez horas da manhã ela não conseguia se lembrar.

AMAZONIA PALACE HOTEL / ENTRADA
Otavio Junqueira parou o carro no estacionamento e ao se encaminhar para o saguão do hotel percebeu os enfermeiros saindo do interior do hotel com um corpo inerte sobre uma maca e alguns policiais civis fazendo anotações. Vários hóspedes do hotel faziam comentários a respeito do ocorrido. Ele se aproximou da camareira, visivelmente assustada, e perguntou:
- O que aconteceu?
Um rapaz, vestido com o uniforme do hotel, chamou Otavio e disse:
- Ela é a camareira que encontrou o corpo. Daí o estado emocional...
- Sei. Mas, o corpo de quem? Algum hóspede?
- O senhor não está sabendo? Matilde se matou. Bebeu até morrer na noite passada.
O detetive sentiu o corpo estremecer. Pela primeira vez em muitos anos de profissão havia se abalado com um óbito.

“Pobre Matilde, falou demais e pagou com a vida...”


FIM DO CAPÍTULO 11.
AUTOR.:.ALEF ALMEIDA.
SUPERVISÃO.:.MARCOS ALVES.

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