sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

--- DESEJO & REPARAÇÃO ---



Vigésimo Nono Capítulo

Sara: Será que poderíamos conversar um instante?
Fernanda: Mas é claro... Do que se trata?
Sara: É sobre o “acidente” que matou seu sócio Júlio e o empresário Cássio Andrade.
Fernanda (fingida): Ah sim! Fiquei sabendo da morte trágica do Júlio Lopes. Muito triste... Descobriram a causa da explosão?
Sara: Ainda não... Mas estou certa que iremos descobrir.
Fernanda: Ótimo. Me mantenha sempre informada querida. Mas... Porque veio até aqui?
Sara: Bem... Na verdade eu vim aqui para saber se você sabe de alguma coisa que nos ajude.
Fernanda: Como por exemplo...?
Sara: Como por exemplo, o fato de Júlio Lopes está no carro com o empresário Cássio Andrade. Já que, até a época de seu pai, Flávio Amorim, eles eram grandes rivais.
Fernanda (finginda): Bem, eu não sei exatamente... Para ser sincera, você me mostrou um lado do Júlio Lopes, que eu não conhecia. Não sei por que ele estaria com nosso rival... Sei que poderia ser muita ousadia de minha parte, mas, será que ele armaria algo contra a ConstruMarket?
Sara (estranhando o comportamento dela): É uma pista... Suponhamos que isso seja verdade. Sabe de alguém que descobriu esse plano dele e armou sua morte? Alguém que teria um propósito para isso?
Fernanda: Não. Ninguém que eu conheça seria capaz de tal barbaridade
Sara: Por que... Me desculpe se eu estiver lhe ofendendo, a única pessoa no “topo” para querer que algo como isso acontecesse, seriam os próprios donos da empresa.
Fernanda: Está desconfiando de mim detetive Sara Barcellos?
Sara (sorri): Imagina. É apenas uma hipótese... Falando nisso, fiquei sabendo que sua irmã foi expulsa dessa mansão e que agora você é a herdeira absoluta... Como é que é esse caso?
Fernanda (fica séria): Me desculpe detetive, mas da minha vida pessoal, eu não preciso te contar.
Sara: Tem razão. Bem... Eu preciso ir...
Fernanda: Eu te acompanho até a porta.
Sara: Não precisa. Eu sei o caminho... Passar bem.
Fernanda sentia um certo clima de desconfiança.

DOIS ANOS SE PASSAM.

Era uma noite fria em Salvador. Na prisão, após dois anos preso, Romeu com mais outros colegas de cela, conseguiam negociar com um carcereiro, que armava um esquema para liberá-los para fora da cadeia. Pulando a alta grade, eles fugiam as escondidas. O grupo se separava e, naquele instante, era cada um por si. Romeu ia pela sombra, seguindo de volta a metrópole.

ConstruMarket...
Fernanda estava em seu escritório presidencial, bebendo a um uísque em sua varanda particular, com vista à bela Avenida Tancredo Neves. De repente, era surpreendida por Marcos, que, pelas costas, a acariciava. Os dois estavam tendo um caso.
Marcos (beija o pescoço dela): E então Fernanda... Está pronta?
Fernanda: Estou prontíssima.
Marcos: Então vamos descendo. Tem milhares de convidados lá embaixo nos esperando para nossa festa de noivado.
Fernanda (sorri): Claro... (beija-o).

Aeroporto de Salvador Deputado Luís Eduardo Magalhães...
Chamada: “Atenção para os passageiros do vôo 197 com direção para Paris. Dirijam-se ao portão 4 para embarque”.
Simone: Parece que nosso vôo chegou.
Carlos: É. Temos que ir...
Betty: Ah meu filho! Precisa mesmo ir para Paris?
Carlos: Mãe... Não fica grilada. É minha chance para me formar em uma excelente universidade na França. Na verdade, para mim e para a Simone.
Betty: E sua mãe querida? Concorda com essa viagem?
Simone: Bem é que... Na verdade ela não sabe que estou indo para Paris com o Carlos.
Betty: O quê?! Você está doida? Ela vai acabar descobrindo tudo e vocês vão se dar muito mal com isso!
Simone: É porque ela não aprova meu namoro. Então, foi a única forma que achei para não contrariar a madame de ferro “Silvia Medrado”.
Carlos (ri): Pois é... A gente vai ficar bem.
Betty (sorri): Está certo... Boa sorte para você meu filho. (abraço-o). E para você também querida (abraça-a).
Simone: Nas férias a gente promete que volta para te visitar.
Carlos: Bem... Agora precisamos ir. Falou mãe. (afastam-se)
Betty (fala alto): Até meu filho... Vê se telefonam.
Simone (de longe): Pode deixar!
Ela olhava os dois até entrarem no portão quase chorando. Era início de uma nova vida.

ConstruMarket...
A festa de noivado continuava animada. A música era com banda ao vivo, ao som de piano e saxofone. Os convidados bebiam, comiam e conversavam alegremente com Marcos e Fernanda. Em um certo momento, era proposto um brinde a ser feito aos noivos. Fernanda então, pedia ao garçom, duas taças de champagne. Ela pegava a bandeja e secretamente, acrescentava a uma das taças, um veneno letal. O brinde era feito e todos bebiam. Marcos se afastava, como se fosse ir a algum lugar, quando começava a sentir uma dor crescente em seu estômago. Ele virava-se e olhava para Fernanda. Ele sabia que aquilo tinha sido feito por ela, porém, era tarde demais. Ele caia no chão morto entre as pessoas, que espantadas, tentavam socorrê-lo. Ao contrário de Fernanda, que apreciava a cena.


Trigésimo Capítulo

Marcos caia no chão morto entre as pessoas, que espantadas, tentavam socorrê-lo. Ao contrário de Fernanda, que apreciava a cena.
Fernanda (finge-se de desesperado): Marcos! Acorde Marcos!... Meu Deus! Alguém chame uma ambulância!

AS HORAS SE PASSAM.

A ambulância, assim como a polícia, chegavam ao local e era decretado que Marcos Costa estava verdadeiramente morto. Fernanda fingia-se de triste e totalmente desesperançada, sentada a um sofá apenas chorando com as mãos sob a face e de cabeça baixa, quando a detetive Sara aproximava-se.
Sara: Fernanda...
Fernanda (levanta o rosto): Detetive Sara...
Sara (séria): Meus sinceros pêsames pela morte de seu noivo.
Fernanda: Obrigada... Descobriram a causa da morte dele?! Foi infarto?!
Sara (senta-se ao sofá): Ainda não sabemos nada. Mas deve ter sido infarto mesmo. O corpo será levado para exame... Esperamos encontrar a resposta para isso.
Fernanda (fingida): Foi tudo tão horrível! Estava um noite tão mágica, para simplesmente, terminar em uma tragédia! Não me conformo! (chora).
Sara (duplo sentido): É mesmo muito triste Fernanda... Principalmente quando todos, a sua volta, morrem não é?
Fernanda (olha para ela diretamente): Como? Não entendi...
Sara: Você mal tinha encontrado seu pai, já tinha um carinho tão grande por ele, mas terminou em morte não é? Ou seu sócio que morreu misteriosamente e ainda nem sabemos a causa disso... E agora, seu tão “querido” noivo.
Fernanda (fingindo-se de ofendida): Você está querendo dizer algo com isso detetive?!
Sara (sorri): Nada Fernanda. Estou apenas... Compartilhando de sua tristeza. (pausa) Bem... Preciso ir. Nos falaremos mais... Tchau. (vira-se e vai embora).
Fernanda (olhar fatal): Vaca...

NO OUTRO DIA.

Amanhecia um novo dia em Salvador e Julieta assistia a TV, quando via a notícia da morte de Marcos Costa e o depoimento “triste” de Fernanda.
Julieta: Mais que mulher canalha e falsa!
Lucas (aparece na sala): O que foi?
Julieta: Fernanda! Ela com certeza deve ter matado o Marcos e ainda tem a cara de pau, de fazer esse rosto de anjo!
Lucas: A Fernanda é mesmo uma mulher doente e obsessiva. É capaz de fazer qualquer coisa, para conseguir o que quer! Impressionante...
Julieta: Mas ela vai acabar sendo presa. Se depender de mim, eu vou conseguir isso! Mas é muito difícil... Ela não é tão boba para deixar pistas que a incrimine. Podem até desconfiar dela, mas não há o que prove sua culpa. A morte do Marcos, por exemplo, poderia ser qualquer um naquela festa com várias pessoas.
Lucas: É verdade... Bem, agora eu preciso ir para meu trabalho.
Julieta (levanta-se do sofá): E eu vou lavar aquela louça na pia...
Lucas: Julieta... Eu já disse que não precisa fazer isso como obrigação. Você é minha hóspede.
Julieta: Lucas, eu agradeço muito sua hospitalidade nos últimos 2 anos, mas eu preciso fazer algo para recompensá-lo. (pausa) Agora vá trabalhar...
Lucas: Volto à noite.
Julieta: Está bem.
Ele fechava a porta e ela, pensativa, respirava fundo e seguia para a cozinha.

Igreja...
Neuza estava em mais um dia, atendendo pessoas com seus “poderes” de vidente nas cartas e nos espíritos.
Dulcinéia (animada): Bom dia dona Neuzinha! Sou muito sua fã!
Neuza (sorri): Fico honrada querida. Qual é seu nome mesmo?
Dulcinéia: Meu nome é Dulcinéia.
Neuza (estranha): Dulcinéia?!
Dulcinéia: Sim... Por quê?
Neuza (mentindo): Não... Nada... É que tenho uma sobrinha com esse nome. Então, vamos começar. (estala as mãos) Você quer ver o futuro nas cartas ou quer falar com seu marido falecido?
Dulcinéia: Nossa! É exatamente isso que quero! Você é vidente mesmo hein?!
Neuza (mentindo): Pois é... Bom... Vamos lá.
Ela fechava os olhos, respirava fundo, fazia alguns barulhos de tique nervoso e começava a fingir que a alma do marido de Dulcinéia estava entrando no corpo dela, a partir de um ataque excessivo, parecido com epilepsia.
Dulcinéia: Oh! Minha nossa senhora! Essa mulher vai ter um infarto! Um médico!
Neuza (fala com a voz grossa, fingido ser um homem): Dulcinéia? Meu “Dulci de morango”? É você?
Dulcinéia: Narivaldo! É você mesmo! Só você me chamava de “Dulci de morango”! Meu amor!
Neuza (voz grossa): Você mudou um peteado?
Dulcinéia (mexendo nos cabelos): Sim! Gostou?
Naquele instante, uma mulher furava a fila correndo e entrava entre as cortinas sem ser chamada.
Betty: Neuzinha! Ainda bem que te encontrei!
Neuza (fala normal): Betty?!
Dulcinéia: Cadê o Narivaldo?!
Neuza (olha para ela): Cala a boca que o papo não é com você... (olha para Betty) O que você está fazendo aqui?!
Betty: Preciso de sua ajuda!

Clube Caminho das Árvores...
Naquele momento, Marinalva estava aos beijos em seu escritório com Cacá, que agora, estava apenas amando a ela.
Marinalva: Eu nunca pensei que eu fosse amar de novo sabia? Principalmente alguém tão lindo como você...
Cacá: Nem eu pensei que ia encontrar uma mulher tão linda, amadurecida e tão companheira, como você.
Marinalva: Eu te amo Cacá. (beija-o).
Cacá: Eu também... Ah! Eu tenho uma coisa para te perguntar.
Marinalva: Hummm... O que é?
Cacá (ajoelha-se): Marinalva... Quer casar comigo?
Ela o abraçava de felicidade.

Casa de Lucas...
Era por volta das 13 horas, quando alguém batia na porta e Julieta corria para atender.
Julieta (abre a porta e se impressiona): Romeu...!
Os dois se entreolham.
FIM DOS CAPÍTULO 29 E 30.
AUTOR: JULIANO NOVAIS.

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