terça-feira, 29 de dezembro de 2009

--- DESEJO & REPARAÇÃO ---



Vigésimo Sétimo Capítulo

Fernanda: Agora tudo é meu, querida...
Julieta: Você não pode fazer isso comigo!
Fernanda (ri): É claro que eu posso... E já estou fazendo. Eu sinto muito, mas eu preciso que você se retire da MINHA mansão...
Julieta (desesperada): Meu Deus... Aonde eu vou morar?!
Fernanda: A partir de agora, isso não é mais problema meu. Se vi-ra!
Julieta: E minhas roupas?!
Fernanda: Todas nessa caixa. Agora, vai embora... É melhor correr... Senão, não vai encontrar abrigo há essa hora. Não é querida?
Julieta: Agora eu entendi tudo... Não foi o Romeu que matou meu pai... Foi você!
Fernanda (ri): Agora você quer me acusar para tentar roubar a casa que é minha por direito?
Julieta (chora de raiva): Como pôde matar o próprio pai?! Por dinheiro?!
Fernanda: Jarbas...
Jarbas: Sim madame?
Fernanda: Bote essa intrusa para fora.
Jarbas: Perfeitamente.
Ele a puxava pelos braços, enquanto Fernanda acompanhava tudo com um belo sorriso irônico no rosto.
Julieta (grita raivosa): Você ainda vai ser presa Fernanda! Eu vou me encarregar disso! Pode esperar para ver!
Fernanda: Tchauzinho...

Clube Caminho das Árvores...
Cacá e Marinalva se beijavam apaixonadamente, quando a secretária batia na porta e os dois se ajeitavam.
Maria (voz irritante): Dona Marinalva... Chegou uma mulher querendo falar com a senhora. Diz ser da “Magazine F”.
Marinalva (envergonhada): Deve ser para alguma entrevista. Diga que eu já vou...
Maria: Está bem... A propósito... Desculpe interromper aí. (pisca o olho e bate a porta).
Marinalva: Perdoe o atrevimento da minha secretária...
Cacá (sorri): Tudo bem.
Marinalva: Então... Eu preciso ir...
Cacá (acaricia a face dela): Mas a gente se fala depois?
Marinalva: Claro.
Cacá (agarra): Eu não consigo resistir! (beija-a).
Maria (bate na porta): Desculpe novamente... Mas dona Marinalva, ela diz que não tem muito tempo.
Marinalva (afasta-se de Cacá): Está bem. Eu já vou. (vira-se) Preciso ir... Até uma próxima.
Cacá: Até... (beija a mão dela).
Ele ia embora, olhando para trás, até simplesmente, não poder mais vê-la.
Marinalva (aproxima-se): Com licença... É você que queria falar comigo?
Silvia: Não... Eu queria falar com a dona do clube.
Marinalva (sorri): Sou eu mesma.
Silvia: Impossível. A mulher que eu conheci outro dia no Bahia Café Hall era mais velha, parecia hippie e usava óculos escuros.
Marinalva (fala baixo): Neuzinha!

Igreja...
Começava a grande estréia de “Neuza: A cartomante do além”. Uma fila enorme de crentes se fazia no confessionário, aonde dentro do plano, eles se confessariam, contando tudo sobre suas vidas, e Padre João passaria as informações para Neuza, a fim de ela enganá-los com falsas visões.
Padre João (entra pela cortina): Neuza...
Neuza: Sim?!
Padre João: Sua próxima cliente não quer saber de falar com mortos... Quer apenas ver o futuro nas cartas.
Neuza: Ufa! Melhor para mim! Não agüentava mais ficar fingindo ter ataque de epilepsia, como se alguma alma estivesse encarnando em mim. Isso cansa! Mas me passe as informações...
Padre João: É fácil. Ela é solteira, quer dizer, divorciada e pelo jeito adora dar golpes em homens ricos.
Neuza (respira fundo): Está bem... Deixe-a entrar.
Padre João: Um instante. (sai da cortina) A próxima pode vim!
Marta: Neuzinha!
Neuza (espanta-se): Marta! É você?!
Marta (sorri): Mas é claro. Porque não seria?
Padre João: Bem... Vou deixar as duas á sós. (sai do local).
Marta: Mas que visual é esse?!
Neuza (se ajeita): Faz parte para deixar mais caricato a forma de cartomante. Sabe?
Marta: Sei... Mas então, podemos começar?
Neuza: Claro.
Neuza ficava com medo de tentar enrolá-la.

AS HORAS SE PASSAM.

ConstruMarket...
Já era noite e Fernanda continuava na empresa, ainda que sozinha, na espera de Cacá. Quando finalmente ele chegava em seu escritório.
Fernanda (abre a porta): Ainda bem que chegou...
Cacá: Fiquei surpreso quando soube que já estava morando na mansão... Nunca mais nos falamos. Ou melhor, nunca mais você falou comigo...
Fernanda: Foi por necessidade querido. Mas agora, podemos planejar nosso casamento e nossas viagens de lua de mel, in-ter-mi-ná-veis. (beija-o).
Cacá: Sei... Me chamou aqui por mais algum motivo ou apenas para brindar?
Fernanda: Hummmm... Por mais algum motivo.
Cacá: Qual é dessa vez?
Fernanda: Tenho um sócio, Júlio Lopes, que ele parece estar querendo dar o golpe na empresa. Acho que ele tem esse plano faz algum tempo... E tem até cúmplice. O adversário da ConstruMarket, Cássio Andrade.
Cacá: E o que quer que eu faça?
Fernanda: Então... Nesse prédio, tem estacionamento e há dias, que o Júlio deixa o carro dele aqui...
Cacá: E daí?
Fernanda: E daí que, hoje, ele deixou o carro na empresa... E você vai dar uma mexidinha nele... Acredito que ele terá uma grande surpresa.
FIM DO CAPÍTULO 27.
AUTOR: JULIANO NOVAIS.

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