sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

--- DESEJO & REPARAÇÃO ---



Décimo Capítulo



Estranhando o silêncio do pai, já que ele só poderia estar lá na mansão, entrava no gabinete e era surpreendida.
Julieta (grita agoniada): Pai!
Ele havia desmaiado. Era conseqüência do câncer cerebral.
Julieta (chora): Pai! Por favor, acorda! Pai! Alguém me ajude!

Restaurante...
Cássio: Então... Me diga, porque me chamou aqui?
Júlio: Eu vou desistir da nova aliança...
Cássio (surpreso): Mas por quê?
Júlio: O Flávio está morrendo... Ele tem câncer cerebral.
Cássio: E daí? A área fica mais livre para dar o golpe.
Júlio: Não... A área fica mais livre para eu assumir o comando da empresa com sua morte!
Cássio (manipulador): Ora meu caro... Não seja iludido. Você é o sócio, mas quem assume o lugar do presidente da empresa, é o vice-presidente. No caso, o Marcos Costa.
Júlio: Isso vai depender do que Flávio decidir.
Cássio: Sim, mas é claro que ele vai escolher o Marcos. O rapaz está sendo preparado por ele há tempos e prova da confiança que ele tem em Marcos, é o fato de querer que ele se case com a filha.
Júlio: Mas ela não gosta dele. Nunca se sujeitaria a isso. E por essa tentativa de assumir o poder da empresa, ela iria dar os 85% que herdará, para ficar sob minha administração.
Cássio (ri ironicamente): Você acha mesmo que quando Flávio estiver nos momentos finais de vida, ela não vai se casar com Marcos como último pedido de seu pai?
Júlio: Tem razão. Não havia pensado nisso.
Cássio: Você continuará sendo o mesmo de sempre se depender deles... Mas você tem uma chance. Se continuar aliado a mim, terá algum tempo para dar o golpe. Já que o Marcos, só assumiria a empresa, quando se casa-se com Julieta. E digamos que ela iria demorar um tempo para refletir... Aí sim você estaria no poder. Porém com validade.
Júlio: Está certo. Assim que o Flávio morrer eu irei dar o golpe na empresa.

Mansão dos Amorim...
Desesperada, a única coisa que Julieta fazia, era chorar, achando que seu pai estaria morto. Como tentativa de salvá-lo, ligou para Romeu.
Julieta (agoniada): Atende! Atende!
Romeu: Alô?
Julieta: Romeu! Por favor! Venha correndo para cá! Meu pai teve alguma recaída, eu não sei...
Romeu (nervoso): Está certo. Mas chame uma ambulância. Rápido!
Julieta: Está bem.
Romeu: Até logo. (desliga o telefone).

Apartamento dos Lopes...
Betty convidava Neuza para uma consulta particular. Quando alguém batia em sua porta.
Betty (abre a porta): Finalmente chegou!
Neuza: Foi o trânsito querida.
Betty (animada): Entendo... Sente-se! Fique a vontade! Vou trazer um presente que encomendei da Suíça para você!
Neuza: Para mim?! Que gentileza...
Betty: Sim. Espere um instante. (entra no quarto).
Neuza ficava inquieta e começava a cantar, quando notava a bailarina de porcelana que estava na mesa ao lado do sofá. Admirando-a, ela pegava a boneca “com a mão cheia”, que começava a se quebrar. Ouvindo os passos de Betty, que voltava a sala de estar, agoniada, Neuza jogava a boneca para debaixo do sofá.
Betty (sorri): Voltei! Aqui está o seu presente querida...
Neuza (alegre): Muita gentileza sua. Não esperava isso... Muito obrigada mesmo!
Betty: Foi um tecido muito caro... Olha só o tecido... Só poderia ser marca da Suíça...
Neuza (tira o sorriso do rosto): Diz aqui também que é “Made in China”.
Betty (coça a cabeça nervosa): O quê? Ah! Isso... Isso... Foi por que... Por que... Tem uma fábrica da Suíça na China! É exatamente isso! E aí colocaram essa marca.
Neuza (sacando tudo): Entendi... Está dizendo aqui também que custou R$ 9,99.
Betty (gaguejando): Bem... Eu... Não estou me lembrando... Fui eu que botei isso! Porque aqui em Salvador, a criminalidade vem aumentando não é? Aí eu coloquei essa nota para acharem que era vestido barato e não quisessem roubar.
Neuza: Hummm... Menina! Olha a hora! Eu preciso ir!
Betty: Mas já?
Neuza (mentindo): A gente deixa a consulta para outro dia. Preciso visitar minha avó. Coitada, está no hospital.
Betty: Claro eu entendo. Até mais.


Neuza saia do apartamento pegava o elevador, seguia até um lixo público e jogava o vestido, quando reclamava.
Neuza: Ainda bem que eu quebrei a boneca de porcelana dessa mulher. Pelo menos ela vai pagar pelo vestido de pobre que me deu! Perua falsária!
Enquanto isso, no apartamento, Betty brincava com a situação.
Betty: Espere aí? Neuzinha tem avó? (ri) Se tiver deve ter uns 200 anos (ri e senta no sofá).
Ela sentia algo por debaixo dos estofados. Quando decidia ver...
Betty (espantada): Minha bailarina de porcelana!

Mansão dos Amorim...
Romeu chegava na mansão, quando avistava a ambulância e corria para dentro da casa.
Romeu: Meu amor! (beija-a).
Julieta: Ainda bem que chegou...
Romeu: O que eles disseram?
Julieta (respira fundo): Nada. Não sabem o que aconteceu. Mas o importante é que ele está vivo.
Romeu: É melhor levá-lo para o médico que o atendeu da última vez. Ele sabe o quadro de existência de seu pai.
Julieta: Tem razão. Agora eu preciso ir... Vou acompanhá-lo na ambulância.
Romeu: Está certo. (beija-a).

AS HORAS SE PASSAM.



Bairro da Barra...
Já era noite em Salvador. Curioso com o caso, Júlio usou todas as suas “fontes e armas” possíveis para identificar a tal Fernanda Oliveira de Jesus. Uma das possíveis filhas de Flávio estava naquele bairro. Ele chegava até a casa que o endereço informava e batia na porta.
Fernanda (abre a porta): Olá... Quem é você?
Júlio: Eu sou Júlio Lopes. Seu nome é Fernanda Oliveira de Jesus?
Fernanda (estranha): Sim por quê?
Júlio a observava e via que se encaixava nas descrições. Era branca, olhos castanhos e tinha algumas parte da face que lembrava Flávio. Ele sentia que aquela poderia ser a filha de seu sócio.




FIM DO CAPÍTULO 10.




AUTOR: JULIANO NOVAIS.

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