CRIME PASSIONAL- QUARTO CAP

Quarto Capítulo

Clementino: Mas ele está vivo e pode provar que isso é mentira!

Fernanda: Não. Pois eu o mato...

Clementino: Você está ficando obsessiva e se continuar desse jeito, vai acabar naufragando!

Fernanda (ironiza): Qual é Clementino? Relaxa... Agora vamos aqui (levanta-se da cama) brindar nossa vitória! Abra o champagne... Tim-tim!

Naquele momento o telefone tocava. Clementino atendia.

Clementino: Alô? Quem é?

Lauro: Olá. Eu sou o detetive Lauro Kalid e queria falar com a dona Fernanda Issa Da La Vega. Seria possível?

Clementino (apreensivo): Claro. Um instante. (vira-se para Fernanda). É um detetive...

Fernanda (surpreendida): Alô? O senhor é o detetive...

Lauro: Lauro Kalid.

Fernanda: E o que exatamente o senhor quer falar comigo?

Lauro: Estou cuidando do caso do acidente de Cláudia Toller. E como à senhora é irmã dela, gostaria de conversar com você sobre o incidente.

Fernanda: Claro. Mas algum problema?

Lauro: Quando nos encontrarmos conversamos melhor. Até mais.

Fernanda: Até... (desliga o telefone).

Clementino: O que houve?

Fernanda: Eu não sei. Mas eu preciso pensar muito no que vou falar antes desse encontro. E preciso argilizar meus planos... Isso pode me comprometer...

Os dois se entreolham.

No dia seguinte...

Fundos da Mansão Toller...

Fernanda estava sentada em uma das mesas da área verde dos fundos da mansão á espera do motorista da família, enquanto bebia um suco de limão.

Motorista: Chamou dona Fernanda?

Ela não respondia. Apenas tirava os óculos escuros, levantava-se de frente á ele e o observava por alguns segundos. De repente, Fernanda lhe aponta uma arma, e sem hesitar, acerta no motorista dois tiros, que o fazem morrer. Ela sentava-se de novo e continua bebendo seu suco, enquanto olhava para o cadáver sangrento.

Clementino (correndo): Madame, ouvi alguns barulhos fortes e rápidos, o que houve? (espanta-se). F...Fernanda! Você matou o motorista!

Fernanda (séria): Enterre-o lá para trás (aponta para o fundo). Não podíamos o deixar vivo por muito tempo. O irmão de Matheus, o Marcelo, chega hoje. E não quero desconfianças ou problemas com ele. Ele não pode ser nosso inimigo agora!

Hospital...

Passa-se um dia e finalmente Matheus Toller recebia alta.

Dr. Paulo Neves: Bem senhora Fernanda, ele já está liberado. Mas, por mais alguns dias, ele terá que ficar na cadeira de rodas, até que consiga se levantar sozinho. É isso. Então, melhoras...

Matheus: Obrigado doutor. (aperta sua mão).

Dr. Paulo Neves: Agora preciso ir. Até mais.

Fernanda (meiga): Então você ouviu não foi meu amor? Estava com muita saudade de você... (beija-o).

Matheus: Eu também. Agora vamos para casa...

Mansão dos Toller...

Clementino ouvia alguém bater na porta, no momento que a abre.

Marcelo (correndo e agitado): Cadê meu irmão?! O que vocês fizeram com ele?!

Clementino: Calma Marcelo. Ele está bem. Deve levar alta hoje mesmo do hospital. Logo estão chegando. Mas calma! Está pálido... Vou lhe trazer uma água...

Marcelo: Ótimo! (senta-se no sofá).

Não demora muito e em alguns minutos, Fernanda aparecia na porta, empurrando a cadeira de rodas, onde Matheus estava.

Marcelo (feliz): Meu irmão! Graças á Deus você está bem!

Matheus (abraça-o): É bom lhe ver também meu irmão. Como foi a viagem a Los Angeles?

Marcelo: Muito boa. Mas voltei rapidamente quando soube que você e a Cláudia... (ele percebe o erro que fez e se cala, enquanto todos se entreolham de cabeça baixa).
Matheus (lembra-se): Falando nisso, onde está a Cláudia?

Fernanda olha para Clementino que ficava ansioso e assim, ela se agacha ficando da mesma altura de Matheus na cadeira de rodas.

Fernanda (fingindo-se de meiga): Você não soube, porque ficou esses dias internado. Mas antes de você, a Cláudia tinha recebido alta. Sei que vai ser difícil para você Matheus e quero que saiba que tem todo o meu apoio. Mas o carro que levava Cláudia de voltava para casa sofreu um acidente. E nisso, estourou as rodas do automóvel, o carro desequilibrou e bateu de frente a um morro quando explodiu. (respira fundo) O que quero dizer é que... A Cláudia morreu.

Matheus ficava pálido e assustado com a notícia...

FIM DO CAPÍTULO 4

AUTOR: JULIANO NOVAIS