domingo, 9 de agosto de 2009

"Bela, a Feia" evoca saudades de "Betty, a Feia"

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A Rede Record estreou, nesta segunda-feira (04/08), “Bela, a Feia”. A emissora promoveu uma intensiva campanha de divulgação que não surtiu efeito na audiência. Mesmo sem intervalos comerciais, a nova aposta registrou 10 pontos de média, índice que fica longe dos 24 pontos de média do primeiro capítulo da recente “Os Mutantes – Caminhos do Coração”.

“Bela, a Feia” conta com atores e atrizes recém-contratados, como Silvia Pfeifer e Sérgio Hondjakoff, o que é um alento para o desgastado elenco da Record. Mesmo assim, figurinhas carimbadas continuam a emendar uma novela na outra. Cláudio Gabriel, que vive o malandro Nelson Barbosa, remete características imediatas ao personagem Jurandir de “Amor e Intrigas”. Em algumas cenas de ontem, só faltou entrar seu parceiro Petrônio (Heitor Martinez). Além disso, o material de divulgação da telenovela já mostrou o novo loiro em cenas de violência. A Record vai colocar tiroteio até em “Bela, a Feia”. A emissora realmente não entende que o telespectador já enjoou de tais artifícios.

A nova trama não é um simples remake de “A Feia mais Bela”, produção da Televisa. A autora Gisele Joras incorporou muitos personagens novos na trama brasileira. Bela até tem irmãos. A mãe não mora na casa da família. A feia até tem um namoradinho. Mudanças radicais na história original do brilhante Fernando Gaitán que soube construir a originalíssima “Betty, a Feia”, já exibida no Brasil pela RedeTV!. “Bela, a Feia” evocou saudades entre os telespectadores que acompanharam a história de Beatriz Pinzón Solano e Armando Mendoza.

O sotaque carioca explodiu na fala de muitos atores. A atriz Gisele Itié, que interpreta a protagonista Bela, não se preocupou com o sotaque chiado. Isso poderia ser revisto. Uma coisa é abrasileirar a produção. Outra coisa é impor uma característica que não abrange todos os brasileiros.

Nos momentos iniciais da novela, o apresentador Rodrigo Faro apareceu, sem a menor necessidade. A ideia de colocar Bela no inexpressivo “O Melhor do Brasil” foi infeliz. Se fosse no programa de um comunicador de maior ligação com o público, como Gugu Liberato, até valeria a pena. Mas Rodrigo Faro?

“Bela, a Feia” tem como missão recapturar o público que abandonou a teledramaturgia da Record. Uma meta e tanto.

Uol - Fabio TV

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