Em "Celebridade", no final de 2003, Juliana Paes mostrou os seios logo no primeiro capítulo. Depois, exibiu o bumbum. Na mesma novela, Deborah Secco fez topless. Em "Páginas da Vida", em 2006, Ana Paula Arósio fez striptease na noite de núpcias de sua personagem.
Cenas como essas sumiram das últimas novelas das oito da Globo. E não vão retornar em "Viver a Vida", a próxima do horário, de Manoel Carlos, um velho adepto da nudez para levantar a audiência.
"Hoje a classificação indicativa está muito mais rígida", justifica Octavio Florisbal, diretor-geral da Globo, sobre o recato das produções da casa.
O executivo aponta ainda mais dois motivos: a adoção de um manual de princípios e valores e a rejeição dos emergentes evangélicos -que hoje têm a opção de trocar as novelas da Globo pelas da Record. "As pesquisas mostram que parte do público é refratário a alguns excessos", afirma Florisbal.
A classificação indicativa, também apontada por autores de novelas como "a nova censura", é a ferramenta pela qual o Ministério da Justiça determina o que é adequado ou não para determinado horário. Cenas de nudez, pelo manual do ministério, só depois das 22h.
Pelas regras em vigor desde 2007, são as próprias emissoras que estipulam a classificação indicativa de suas obras, mas uma equipe do ministério assiste à programação da TV aberta e reclassifica os programas quando julga necessário.
*As informações são da Folha Ilustrada.
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