CENA NA PRACINHA DA IGREJA. TARDE.
Luisa se arrepende de ter vindo ao encontro de Rogério.
Luisa – (chorando) Olha só! Eu mais uma vez sigo os meus rompantes e acabo me dando mal...! Ta vendo Rogério! Nossa relação é insustentável!... Você tem uma namorada, ela está grávida! Por Deus, me deixe em paz!
Ela sai correndo do lugar. Rogério não consegue impedia – lá.
Rogério – Não faz isso! Não me deixa! Eu ainda tinha algo a te dizer...! (respira fundo) Meu Deus, e agora?
CENA DENTRO DO CARRO DE MAURO. TARDE. CHUVA.
Mauro é impedido a andar mais de pressa devido ao terrível trânsito.
Mauro – (apressado) Droga!... Vamos logo, vamos logo!... (pega o celular na mão) Sem bateria. Na hora que se mais precisava dessa porcaria, ela falha!...
NAQUELE MOMENTO CAIA UMA FORTE TEMPESTADE NA CAPITAL. AS RUAS ESTAVAM SE ALAGANDO, PESSOAS ESTAVAM FICANDO ILHADAS, RUAS INTEIRAS DE BAIXO D’ ÁGUA... UMA PÁGINA NEGRA ESTAVA COMEÇANDO A SER ESCRITA.
CENA NA RUA. TARDE. CHUVA.
Luisa se deparou com aquela forte tempestade no meio da rua, sem ter para onde fugir. Ela avistou uma padaria onde poderia se abrigar.
Luisa – É pra lá mesmo que eu vou!
Ela saiu em disparada pelo meio da rua, e não olhou para ver se algum carro estava vindo naquela direção. E foi justamente isso que a surpreendeu, um automóvel. Luisa foi atropelada.
O homem que estava na direção do veiculo era padre Renato.
Renato – (assustado) Por Deus! Por Deus!... Eu atropelei a moça!
Ele saiu do carro e foi até ela, que estava semi-acordada.
Luisa – (zonza) Ai... Ai... O que está acontecendo?
CENA DENTRO DO CARRO DE MAURO. TARDE. CHUVA.
O trânsito já muito congestionado impedia Mauro de sai do lugar. Logo atrás do carro dele um ônibus descontrolada vinha na direção de vários automóveis.
Uma mulher prevendo a tragédia saltou do carro onde estava.
Mulher – (gritando) Um ônibus em disparada vem vindo pra cá!... Corram!... Salvem suas vidas!
Mauro – (intrigado) O que aquela louca está dizendo?
Um rapaz tenta avisar Mauro batendo no vidro ao lado dele.
Rapaz – Senhor! Senhor! Sai desse carro!... Saia daí!
Ele desiste e sai correndo junto de uma multidão. É ai que Mauro percebe que algo de grave esta para acontecer.
Mauro – Meu Deus! O que eu to fazendo dentro desse carro?!... Eu tenho que sair daqui!
Sua tentativa é em vão, já que as travas do carro são elétricas e falham devido ao motor estar desligado.
O ônibus bate em vários carros inclusive o de Mauro, que por azar acaba caindo no rio tiete.
Ele ainda tenta pedir socorro, mas seu fim já está escrito. O carro desaparece nas águas do poluído rio.
* A imagem congela e vira uma ilustração nas páginas de um livro. As páginas vão se passando decretando a ida para próxima cena.*
CENO NO APARTAMENTO DE LUISA. FIM DA TARDE. CHUVA.
Luisa não se machucou muito, ela apenas torceu a perna. Padre Renato a ampara na subida dos degraus da escada, até que chegam á porta do apartamento.
Luisa – (sorri) Obrigada... Eu nem sei como agradecer...
Renato – (simpático) O que é isso! Eu te atropelei, era meu dever... Não fiz mais que a minha obrigação moça... Mas qual seu nome mesmo?
Luisa – Meu nome é Luisa... Luisa Cipriane. Acho que o senhor já ouviu meu nome em algum lugar.
Renato – (se espanta, mas não aparente) Luisa Cipriane?... Já ouvi seu nome, sim... Você tem algum parentesco com Geni Cipriane?
Luisa – Sim, é a minha mãe...
Nesse momento Geni abre á porta e surpreende-se.
Geni (irritada) – Filha... Mas o que significa isso?
Luisa não entende a reação de sua mãe. Renato e ela não param de se encarar.
*A imagem congela e vira uma ilustração nas páginas de um livro, que se fecha decretando fim do capitulo. *
NOVELA DE.:. GUSTAVO MORAES
0 comentários:
Postar um comentário
SEU COMENTÁRIO É MUITO IMPORTANTE PARA SEMPRE MELHORARMOS. DEIXE SUA CRÍTICA, SUGESTÃO OU ELOGIO. VOCÊ TAMBÉM PODE NOS ADICIONAR NO MSN: festa.show@hotmail.com! OBRIGADO.