--- CRIME PASSIONAL ---

Trigésimo Capítulo

Quando conseguiam ver finalmente o automóvel, já era tarde demais. Estava longe, se afastando e Fernanda olhava pela janela todo o acontecimento.

Marcelo: Droga! Ela conseguiu fugir! Ela tem que ser detida!

Lauro: Acalme-se Marcelo. Ela não pode ir muito longe... Basta bloquearmos sua conta aqui em Viena e colocar um auto-retrato para a polícia austríaca identificá-la. Fernanda não conseguirá sair desse país!

Cláudia: Assim espero...

São Paulo, Jardins...
Ângela: Olá... Quem é a senhora?

Patrícia (sorri): Oi! Eu sou a dona do carro que um rapaz que mora nesse apartamento bateu... Ele está?

Ângela (estranhando): Só um instante...

Ela deixava a porta entreaberta e ia chamar Jonathan.

Ângela: Querido... Tem uma mulher querendo falar com você... Diz que você bateu no carro dela no shopping. É verdade?

Jonathan: Eu sei lá quem é essa maluca... Diz que eu não estou!

Ângela (volta a porta): Desculpe, mas ele não está...

Patrícia (irônica): Minha filha... Eu não nasci ontem! Nenhum mongolóide demoraria tanto para encontrar uma pessoa, se ela não tivesse aí. Deixe-me entrar...

Ângela (tentando abrir a porta): Me desculpe, mas não posso deixar...

Patrícia: Eu vou entrar sim! (empurra a porta).

Jonathan: Ângela... Que barulho foi esse? O quê?! Você deixou essa mulher entrar aqui?!

Ângela: Foi mal Jonathan, mas ela insistiu muito...

Patrícia: Ora rapaz... Então seu nome é Jonathan. Foi você que amassou meu carro no shopping de tarde que eu sei!

Ângela: De tarde? Mas você não estava no trabalho querido?

Jonathan: Você está acreditando no que ela está falando?! Você deve ter se enganado dona!

Patrícia: Nam-nam-nim-nam-naum! Está aqui a placa do seu carro... Apenas pedi para identificarem o endereço...

Ângela (intrigada): Então você foi mesmo ao shopping... Fazer o quê?

Jonathan: Ângela! Está na cara que essa mulher se confundiu!

Patrícia (gritando): Olha aqui! Você vai ficar nessa negação ou vai pagar logo o concerto do meu carro?!

Os três se entreolham...

Aeroporto de Viena...

Marcelo tinha comprado uma passagem de volta ao Brasil e estava perto de embarcar.

Marcelo: Bem... Eu preciso ir. Meu vôo já vai chegar.

Cláudia: Você precisa ir mesmo?

Marcelo: Infelizmente. Não posso ficar muito tempo fora do Brasil. Tenho uma empresa para administrar... A rede de hotéis Toller precisa de mim.

Cláudia (cabeça baixa): Está certo então...

Marcelo: Olhe para mim. (ela levanta a cabeça) Fique bem Cláudia... Não deixe se abater. Você pode achar que perdeu a batalha. Mas a guerra apenas começou e está prestes a terminar. Vai dar tudo certo.

Cláudia (triste): Obrigada. (abraça-o) Vou sentir sua falta.

Marcelo (sorri): Seja forte! Lauro... Cuide bem dela. Contamos com sua ajuda.

Lauro (aperta sua mão): Está certo. Faça uma boa viagem...

Marcelo: Obrigado. Preciso ir agora... Tchau.

Cláudia: Tchau.

Marcelo pegava sua bagagem e entrava no avião. Naquele momento Cláudia estava triste por “perder” um amigo para essa luta contra Fernanda. Mas Lauro estava lá e colocava sua mão sobre o ombro dela, a consolando.

Enquanto isso...

O trem chegava a uma pequena estação de um vilarejo perto de Viena. Fernanda descia no ponto com uma jaqueta e um chapéu preto. Ela andava pelo vilarejo em busca de um lugar para ficar. Sem dinheiro, lhe restava ocupar uma casa abandonada. Ela colocava lenha na fogueira, sentava-se no chão, séria, e tirava seus curativos do rosto. Ela estava arquitetando sua vingança...

FIM DO CAPÍTULO 30.

AUTOR: JULIANO NOVAIS.

DIA 23 DE NOVEMBRO

ESTRÉIA

ÁS 18H

DESEJO & REPARAÇÃO