Dia desses em “Viver a vida”, o personagem de José Mayer, Marcos, explicou mais ou menos assim para Helena (Taís Araújo) o motivo de sua preferência pela filha Luciana: “É a mais complicada, é natural que a gente se sinta mais ligado a quem demanda mais”. Dá para associar este princípio ao da paixão que as vilãs costumam despertar no público. O ódio mobiliza as plateias mais do que os gestos magnânimos — mais previsíveis.
Por isto também a personagem de Taís Araújo na novela de Manoel Carlos é um desafio tão grande. Helena é certinha, boa filha, linda, e exemplo de sucesso profissional (tudo às custas do esforço próprio). Além disso, casou-se com o bonitão, e, cúmulo da generosidade, ainda tenta a paz com a filha temperamental dele.
Outras Helenas de novelas de Maneco também eram modelos de candura. Vamos lembrar: em “Por amor”, Regina Duarte trocou o próprio bebê, saudável, pelo filho natimorto da filha, Maria Eduarda (Gabriela Duarte). Em “Laços de família”, Vera Fischer era a própria abnegação. Em “Páginas da vida”, a amargura de Marta (Lília Cabral) roubou a atenção do público. Enquanto ela falava aquelas deliciosas barbaridades, Helena (de novo Regina Duarte) era boazinha e mais apagada.
A vilã é quase sempre mais marcante. A Maria de Fátima de Glória Pires e a Odete Roitman de Beatriz Segall em “Vale tudo”, a Laura de Cláudia Abreu em “Celebridade”, a própria Anita da minissérie de Manoel Carlos, a Nazaré de “Senhora do destino” entre tantas outras, são tipos inesquecíveis.
Enquanto isso, as mocinhas têm a medalha por bom comportamento, mas precisam suar para chamar a atenção. Taís Araújo tem tido ótimos momentos e tudo indica que vai conseguir. Mas a missão dela é a mais dura.
Por isto também a personagem de Taís Araújo na novela de Manoel Carlos é um desafio tão grande. Helena é certinha, boa filha, linda, e exemplo de sucesso profissional (tudo às custas do esforço próprio). Além disso, casou-se com o bonitão, e, cúmulo da generosidade, ainda tenta a paz com a filha temperamental dele.
Outras Helenas de novelas de Maneco também eram modelos de candura. Vamos lembrar: em “Por amor”, Regina Duarte trocou o próprio bebê, saudável, pelo filho natimorto da filha, Maria Eduarda (Gabriela Duarte). Em “Laços de família”, Vera Fischer era a própria abnegação. Em “Páginas da vida”, a amargura de Marta (Lília Cabral) roubou a atenção do público. Enquanto ela falava aquelas deliciosas barbaridades, Helena (de novo Regina Duarte) era boazinha e mais apagada.
A vilã é quase sempre mais marcante. A Maria de Fátima de Glória Pires e a Odete Roitman de Beatriz Segall em “Vale tudo”, a Laura de Cláudia Abreu em “Celebridade”, a própria Anita da minissérie de Manoel Carlos, a Nazaré de “Senhora do destino” entre tantas outras, são tipos inesquecíveis.
Enquanto isso, as mocinhas têm a medalha por bom comportamento, mas precisam suar para chamar a atenção. Taís Araújo tem tido ótimos momentos e tudo indica que vai conseguir. Mas a missão dela é a mais dura.
Por Patrícia Kogut
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