O Rei do Gado- Sucesso de norte a sul do Brasil!
Globo - 20h
de 17 de junho de 1996 a 15 de fevereiro de 1997
209 capítulos
novela de Benedito Ruy Barbosa
colaboração de Edmara Barbosa e Edilene Barbosa
direção de Luís Fernando Carvalho, Carlos Araújo, Emílio Di Biase e José Luís Villamarin
direção geral de Luís Fernando Carvalho
Outro sucesso de Benedito Ruy Barbosa nos anos 90. A saga das famílias Mezenga e Berdinazzi cativou o público do início ao fim.
A primeira fase da novela foi emocionante e um dos melhores momentos da teledramaturgia brasileira. Ares operísticos juntando elementos do teatro e da narrativa audiovisual, conseguindo contrastes de luz em busca da ressonância do passado e mostrando-se a decadência do ciclo do café e a inserção do Brasil na Segunda Guerra Mundial.
A segunda fase mostrou a modernização e a riqueza do interior paulista através de Ribeirão Preto.
Antônio Fagundes, Raul Cortez e Carlos Vereza interpretaram personagens que marcaram suas carreiras: Bruno Mezenga, Jeremias Berdinazzi e o Senador Roberto Caxias, respectivamente.
Patrícia Pillar passou dez dias entre os cortadores de cana para compor sua bela e forte Luana.
A Reforma Agrária, a vida dos trabalhores do Movimento dos Sem Terra (MST) e a luta pela posse de terras foram amplamente discutidos na novela e tiveram grande repercussão na mídia e na sociedade em geral.
O Rei do Gado estreou dois meses após a morte de 19 sem-terra em Eldorado dos Carajás (PA). O MST era apoiado pelo Senador Caxias, morto durante uma invasão. "A novela ajudou a fazer as pessoas nos olharem de maneira diferente. Nos deu status de cidadãos", disse na época o presidente do MST, João Pedro Stédile.
Participação do senadores Eduardo Suplicy e Benedita da Silva, que atuaram no funeral do Senador Caxias (Carlos Vereza).
A novela também revelou o talento de atrizes como Letícia Spiller, Ana Beatriz Nogueira e a veterana Walderez de Barros.
Numa marcante cena da novela, o Senador Caxias faz um discurso emocionado sobre os sem-terra, e no plenário estão apenas três senadores: um cochilando, outro lendo jornal e o terceiro falando ao celular. No dia seguinte, o então senador Ney Suassuna subiu à tribuna do senado para protestar contra o que classificou como "distorção da realidade". Segundo ele, a cena induzia a população a acreditar que não havia senadores honestos no país.
Para as gravações de O Rei do Gado, além da cidade cenográfica construída no Projac, foram utilizados pelo menos cinco pólos de produção: Itapira, Ribeirão Preto e Amparo (SP), Guaxupé (MG) e Aruanã (GO), por onde se espalhavam as fazendas usadas como locação.
A produção recebeu o Certificado de Honra ao Mérito no San Francisco International Film Festival, concorrendo com 1525 produções de 62 países. A primeira fase da novela foi especialmente transformada em minissérie para o Festival Banff, do Canadá, onde foi selecionada como obra hors-concours.
Primeira novela na Globo de Marcello Antony, Caco Ciocler, Lavínia Vlasak e Emílio Orciollo Neto.
Sua primeira trilha sonora quebrou um recorde que, durante 18 anos, pertencia à trilha sonora internacional da novela Dancin´ Days: vendeu mais de 1,5 milhões de discos.
A novela foi reapresentada no Vale a Pena Ver de Novo entre 15/03 e 13/08/1999.
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