Bronzeadíssimo graças ao futevôlei praticado quase diariamente, Márcio Garcia, 38 anos, trocou a praia do Pepê, na Barra da Tijuca, pelas montanhas de neve de Park City, em Utah, nos Estados Unidos, entre os dias 18 e 20 de janeiro. O galã de Caminho das Índias, que foi à cidade participar do 25º Sundance Festival com o filme Carmo, aproveitou todos os momentos de folga para praticar snowboard, outro esporte que ama. ''Foi uma viagem fria, mas também com muito sol'', disse ele, que costuma viajar duas vezes por ano só para se dedicar ao esporte radical.
O ator lamentou não poder estar ali com a mulher, Andréa Santa Rosa, 30, e os filhos Pedro, 5, e Nina, 3, que sempre lhe acompanham na aventura. Andréa e as crianças ficaram em casa com Felipe, o caçula do casal nascido há um mês e meio. ''Ele é a coisa mais linda'', contou Márcio, que assistiu ao nascimento do filho de parto natural, em casa. ''Foi incrível, uma experiência única. Fico até com pena dos meus outros filhos, mas o fato de esse ter nascido de uma forma diferente, com o parto humanizado, na nossa cama, criou uma ligação muito forte entre nós'', admite.
Além de galã, Márcio é paizão, diz que tem um casamento feliz e apaixonado, e, de quebra, recebe um dos salários mais altos da TV - estimado em cerca de 180 mil reais por mês. ''Minha vida é muito boa mesmo, não gosto nem de falar... Estou muito confortável, não me falta nada'', resume.
Além do dinheiro, profissionalmente a satisfação não poderia ser maior. De volta à Globo após cinco anos na Record, Márcio foi contratado como ator, apresentador e diretor de criação. Atualmente, é protagonista do horário nobre pela primeira vez, como Bahuan, par da atriz Juliana Paes, 29. Andréa não tem ciúme. Mas ela tem de levantar as mãos pro céu porque a gente quase não tem cena de beijo. Na Índia, é tudo no olhar, diz, em tom de brincadeira. Quando acabar a novela, Márcio estreará como cineasta. Ele sonha alto. Quer dirigir O Golpe, que assinou com a escritora Carol Castro, com estrelas como Rodrigo Santoro, 33, Gloria Pires, 45, e William Hurt, 58. ''Tenho certeza de que vou fazer bons filmes.''
Você foi pai recentemente, de seu terceiro filho. O que mudou com a paternidade?
Só a paternidade traz maturidade. Você só sente o peso da idade, no sentido bom, quando nasce um herdeiro. É um ser que depende totalmente de você. E por causa desse ser, a gente muda muito, e para melhor. Por exemplo, eu sou muito competitivo, detesto perder, mas quando levo Pedrinho à praia, fico me controlando, moderando o volume! Quando estou dirigindo, ele também presta muita atenção, cobra se eu não dou a vez, essas coisas. Hoje, depois de ser pai, me sinto muito melhor. Tirei o pé do acelerador literalmente. Filho vem para lapidar a gente.
Felipe, seu caçula, nasceu em casa. Como foi essa experiência?
Foi uma experiência única, incrível. Tivemos nosso filho em nossa cama. Eu participei mesmo, como assistente de Heloisa Lessa, que fez o parto. Peguei a toalha, peguei o bebê, ajudei a acalmar a Andréa, cortei o cordão, ajudei a limpar. O parto humanizado é muito menos invasivo. É muito mais doloroso porque não existe anestesia. É chocante você ver. Mas na hora, vem uma força, não tem como retroceder. Antes, estava um pouco tenso, mas vendo o cenário favorável, fiquei tranquilo. Heloisa é muito experiente, não é uma aventureira. Foi só alegria. Felipe nasceu e está perfeito. Nasceu na nossa cama e não saiu mais de lá!
Nossa, não atrapalha você e Andréa?
Não, é uma delícia. De vez em quando a gente coloca Felipe no moisés, ao lado da cama.
E você troca fralda, dá banho no bebê?
Claro! Com três filhos, já deu para aprender um pouquinho! Mas só consigo fazer essas coisas quando Andréa deixa. Ela parece uma leoa, não larga a cria (risos).
Que programas você faz com seus filhos?
Eu gosto de ver DVD de desenhos com eles, vamos juntos à praia... Quando dá, coloco eles para dormir. Tenho chegado em casa tarde por causa das gravações. Pedro e Nina me cobram muito. Levei os dois ao Projac outro dia e eles adoraram! Quando chego em casa, aquelas horinhas são as únicas que tenho para ficar com eles, mas tenho um monte de texto para decorar. Não me incomodo com a presença das crianças fazendo bagunça, não atrapalha. Não é fácil, mas a gente vai encaixando.
E como está Andréa nesse período de resguardo do parto?
O resguardo já acabou faz tempo (risos). O bom do parto natural é que tudo volta mais rápido, Andréa está quase malhando. Já faz tudo, está superativa.
Ela tem ciúmes de suas cenas com Juliana Paes?
Ela sempre foi muito tranquila, nunca teve ciúmes. Pedrinho é que fica botando a maior pilha na mãe: quando Juliana aparece, ele diz que é a namoradinha do papai (risos). Mas entende que é de mentirinha... Andréa dá risada, curte, diz que a gente está arrebentando, torce. Já falei que ela tem de levantar as mãos pro céu porque eu e Juliana quase não temos cenas de beijo. Na Índia é tudo no olhar (risos).
E rola a tal da química entre vocês?
Rola química sim, sinergia total. Tem de ter, porque é tudo no olhar, não dá para chegar junto, não tem pegada (risos). É muito mais difícil, tem paixão, mas é só na intenção. A gente ficou muito amigo na Índia, nós e a equipe inteira, nos conhecemos melhor e, desde julho, já estávamos nos encontrando nos workshops.
Como está sendo a volta para a Globo?
Eu me sinto realmente de volta para casa. Meu momento hoje é atuar, mas fui contratado também como apresentador e diretor de criação. Vamos ver o que acontece depois da novela.
E o cinema?
Eu estou empolgadaço. E em processo criativo compulsivo. Acordo no meio da noite com ideias. Aliás, escrevi um conto lá na Índia. Hoje sou ator e apresentador, mas tenho certeza de que vou fazer filmes bons. O Golpe é um projeto antigo, em que devo debutar como diretor, em parceria com o pessoal da Total Filmes. A gente inscreveu esse roteiro no Festival de Roteiros da América Latina e conseguiu ficar em sexto lugar, o que abriu muitas portas. Agora, tem pessoas interessadas em investir e em atuar. Estou tentando Gloria Pires, Rodrigo Santoro e William Hurt. É um thriller. A história de dois casais, com bastante ação e suspense e um final diferente. Devo começar a rodar ao final da novela. A ideia é essa. Depois, em 2010, vou filmar Filhos do Morro, que escrevi com Newton Canito. Nesse, também devo fazer um personagem
Você sonha com carreira internacional?
Não. Acho bacana, alguns agentes já me procuraram, mas para mim não dá. Não me mudaria do Brasil, não abriria mão do meu contrato com a Globo. Cinema é uma realização pessoal. Sabia que uma hora ia acontecer, e melhor que seja agora, em um momento que estou em uma fase plena, tenho meu tempo, conforto, ou seja, não vou fazer por dinheiro, mas por amor e paixão. Quero ser um contador de histórias, como (o diretor) Fernando Meirelles. Se chegar um pouquinho perto de como ele faz, já fico feliz. Ele é demais.
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