Em uma noite de novembro de 2000, a previsão do tempo no Jornal Nacional foi apresentada por uma jornalista de 24 anos, gaúcha, que dividia com Chico Pinheiro o comando do telejornal local em São Paulo, o SPTV. Foi a primeira participação de Patrícia Poeta no telejornal que, 11 anos depois, passa a tê-la na bancada, ao lado de William Bonner. Hoje com 35 anos, um filho, uma passagem de quatro anos pela Globo em Nova York e uma bagagem de quase cinco anos no Fantástico, Patrícia assumirá um dos postos mais importantes do jornalismo brasileiro. "O desafio é encontrar a melhor forma de adaptar o estilo pessoal às necessidades e características do Jornal Nacional. Eu estou em um programa de variedades, uma revista. O Jornal Nacional é noticiário do dia, mais objetivo e direto", disse.
Sua carreira começou no Rio Grande do Sul, o estado natal. Formada em jornalismo pela PUC-RS, Patrícia atuou um ano como repórter e apresentadora na TV Bandeirantes de Porto Alegre.
Em 2000, a jornalista bateu às portas da TV Globo paulista com uma fita debaixo do braço. Mostrou seu trabalho e, um mês depois, assumia o posto de apresentadora da previsão do tempo. Nos dois anos seguintes, passou pela bancada do SPTV 2ª edição e fez reportagens. Uma das mais importantes foi em 2002: uma série sobre os dez anos do massacre do Carandiru.
Aos sábados, apresentava o Jornal Hoje.
Em 2003, transferiu-se para Nova York e iniciou o trabalho de correspondente em telejornais da Rede Globo e em programas da Globo Internacional. A jornalista abordou assuntos ligados à política norte-americana pós-11 de Setembro, mostrou postos de alistamento para a Guerra do Iraque e consequências dos ataques ao World Trade Center, como os bebês abaixo do peso de mulheres que tiveram contato com a poeira dos prédios derrubados por terroristas.
Ficou no país até 2007. Relatou o apagão de 2003 em Nova York, cobriu o Oscar e entrevistou brasileiros em evidência nos Estados Unidos, como o cientista Miguel Nicolelis, sobre o uso da força da mente para movimentar um braço mecânico.
Nesse período como correspondente internacional, fez entrevistas com cantores, atores e diretores de cinema para o Fantástico. Na lista, estão Steven Spielberg, Tom Hanks, Leonardo Di Caprio, Ben Affleck, Julia Roberts, Cate Blanchet, Meg Ryan, Tom Cruise, Mick Jagger e Sting. Aproveitou também a passagem pela cidade para fazer pós-graduação em cinema na Universidade de Nova York, a NYU.
Na Copa do Mundo de 2006, entrevistou o tenor Plácido Domingo.
Na volta ao Brasil em 2007, tornou-se repórter do Fantástico. Fez reportagens de comportamento e entrevistou artistas, como Rodrigo Santoro.
Em janeiro de 2008, assumiu como apresentadora titular do programa, ao lado de Zeca Camargo e Tadeu Schmidt.
Mesmo na nova função, ela não deixou o trabalho de repórter. Em novembro de 2008, foi a Santa Catarina e mostrou as consequências das fortes chuvas que devastaram parte do estado.
E fez muitas entrevistas. Conversou com um engenheiro da Eletrobrás atacado por Índios, falou com o jogador Ronaldo sobre a polêmica com travestis, ouviu Bruno Senna no início da carreira e Neymar, sobre o filho.
Na lista de artistas entrevistados, estão Tom Cruise, Reynaldo Gianecchini, sobre o câncer recém-descoberto, e Roberto Carlos, que chorou ao falar de Erasmo Carlos.
Em março de 2009, teve uma conversa marcante com Ana Carolina Oliveira sobre a morte da filha, Isabella Nardoni, um ano antes.
Em setembro deste ano, entrevistou Dilma Rousseff nos palácios da Alvorada, onde a presidente mora, e do Planalto, onde trabalha.
"Confiança é a base de uma boa entrevista. Se a pessoa que está na sua frente não confiar em você, a entrevista não vai a lugar nenhum. Todo o resto depende disso", diz.
Neste ano, Patrícia deu uma notícia histórica. Ao lado de Zeca Camargo, logo após o fim do Fantástico do primeiro domingo de maio, ela informou a morte de Bin Laden, o terrorista mais procurado do planeta.