Não é de hoje que a audiência do “Fantástico” anda capenga. Mas no último domingo (25) a situação ficou crítica. A atração da Globo registrou 18 pontos de média no Ibope, a pior marca desde a estreia, em 1973. A vice Record marcou apenas dois pontos a menos. O quadro fez com que a emissora carioca se mexesse com objetivo único de recuperar os “números perdidos”.
Em seu blog no “R7″, Daniel Castro afirmou que novos quadros já estão sendo desenhados para tentar alavancar a audiência do “Fantástico”. Segundo ele, a Globo “convocou todos os seus repórteres e produtores de reportagens policiais” para dar uma mãozinha com matérias especiais.
A emissora “toda-poderosa” se manifestou por nota e garantiu que “a estreia de novos quadros é o que faz o ‘Fantástico’ ser bem-sucedido em 36 anos de história na TV. O segredo da longevidade é esta fórmula única, com um cardápio tão variado, que reúne esporte, denúncia, aventura, humor, política, medicina, economia, dramaturgia”.
O Famosidades conversou com a jornalista de “O Estado de S. Paulo” e crítica de TV Patrícia Villalba, que concordou que a variedade dos quadros é positiva, contudo o programa perde o foco quando “fica desesperado pela tal ‘interatividade com o telespectador’”. “É muito chato. Você liga a TV para ver um produto bem acabado, não um vídeo amador e sem qualidade enviado por sei lá quem. Isso empobrece o programa, é chato”, opinou.
“Eles começaram a explorar demais isso, e passou da medida. A busca pela interatividade ali tem alguns acertos – tipo o ‘Bola Cheia e Bola Murcha’ – mas muitos equívocos, como quando os apresentadores quase imploram para as pessoas mandarem recados, declarações de amor, essas coisas”, declarou Patrícia.
Atualmente comandado por Patrícia Poeta e Zeca Camargo (que voltou ao posto depois do hiato por conta de “No Limite”), o “Fantástico” começou como um telejornal que mesclava notícias do mundo com entretenimento, com bancada e tudo. Passaram por lá Fátima Bernades, William Bonner, Sérgio Chapelin e Valéria Monteiro.
Em 1995, a bancada foi abolida e o programa ganhou ar mais descontraído, com Fátima, Sandra Annemberg e Celso Freitas em pé em frente à câmera, como acontece atualmente. Até o final dos anos 1990, o programa conseguia se manter líder (como ainda acontece hoje, mas com uma margem menor) com quadros como o famoso Mister M, que fez história com truques de mágica revelados no ar.
Para Patrícia Villalba, embora agora a queda pareça mesmo brusca e histórica, o “Fantástico” vem na corda bamba há algum tempo. “Como a própria estrutura do programa favorece as pautas e quadros diversificados, a audiência oscila conforme a qualidade destas atrações”, disse.
A jornalista ainda chamou atenção para um ponto interessante nessa briga pela audiência. “Em geral, sempre que o ‘Fantástico’ cai é porque alguma coisa na concorrência está chamando grande atenção. Desta vez, foi diferente, porque não se pode dizer que o ‘Programa do Gugu’ apresente algo inventivo – é mais do mesmo. E se é assim, oras, só podemos concluir que o programa esteve desinteressante mesmo no último domingo”, declarou.
Mas e aí, qual o erro? Além do exagero na interatividade, como Patrícia pontuou anteriormente, a exploração excessiva do elenco da casa também pode prejudicar. “As pessoas ligam no Faustão e lá estão os atores das novelas – que estiveram a semana toda nas novelas! Daí, começa o ‘Fantástico’ e lá estão mais atores, de novo. Muitas vezes, essas participações são soltas, artificiais”, afirmou.
“Para eles mostrarem o elenco, eu acho, tem de ser em uma boa entrevista (a do Zé Mayer foi muito boba, por exemplo) ou em uma pauta mais criativa, como quando reuniram as atrizes que viveram as Helenas do Maneco”, lembrou a crítica.
Sobre a produção de matérias com foco policial, Patrícia admitiu que é uma boa forma de se recuperar audiência, “porque é um assunto pelo qual a grande maioria se interessa – ou, pelo menos, se deixa prender”. Mas a jornalista fez uma observação: “não se pode apostar só nisso. Não se pode esquecer, por exemplo, que é domingo à noite. E não tem coisa pior do que encerrar o fim de semana com sangue de verdade (porque na ficção, tudo bem, já que os filmes do Chuck Noris vão bem nesse dia e horário)”.
“A equação ali é muito complicada. O programa não pode ser leve demais, senão a audiência desanima. Não pode ser forte demais, porque é para toda a família. É mesmo difícil se manter interessante nestes termos”, afirmou.
Em seu blog no “R7″, Daniel Castro afirmou que novos quadros já estão sendo desenhados para tentar alavancar a audiência do “Fantástico”. Segundo ele, a Globo “convocou todos os seus repórteres e produtores de reportagens policiais” para dar uma mãozinha com matérias especiais.
A emissora “toda-poderosa” se manifestou por nota e garantiu que “a estreia de novos quadros é o que faz o ‘Fantástico’ ser bem-sucedido em 36 anos de história na TV. O segredo da longevidade é esta fórmula única, com um cardápio tão variado, que reúne esporte, denúncia, aventura, humor, política, medicina, economia, dramaturgia”.
O Famosidades conversou com a jornalista de “O Estado de S. Paulo” e crítica de TV Patrícia Villalba, que concordou que a variedade dos quadros é positiva, contudo o programa perde o foco quando “fica desesperado pela tal ‘interatividade com o telespectador’”. “É muito chato. Você liga a TV para ver um produto bem acabado, não um vídeo amador e sem qualidade enviado por sei lá quem. Isso empobrece o programa, é chato”, opinou.
“Eles começaram a explorar demais isso, e passou da medida. A busca pela interatividade ali tem alguns acertos – tipo o ‘Bola Cheia e Bola Murcha’ – mas muitos equívocos, como quando os apresentadores quase imploram para as pessoas mandarem recados, declarações de amor, essas coisas”, declarou Patrícia.
Atualmente comandado por Patrícia Poeta e Zeca Camargo (que voltou ao posto depois do hiato por conta de “No Limite”), o “Fantástico” começou como um telejornal que mesclava notícias do mundo com entretenimento, com bancada e tudo. Passaram por lá Fátima Bernades, William Bonner, Sérgio Chapelin e Valéria Monteiro.
Em 1995, a bancada foi abolida e o programa ganhou ar mais descontraído, com Fátima, Sandra Annemberg e Celso Freitas em pé em frente à câmera, como acontece atualmente. Até o final dos anos 1990, o programa conseguia se manter líder (como ainda acontece hoje, mas com uma margem menor) com quadros como o famoso Mister M, que fez história com truques de mágica revelados no ar.
Para Patrícia Villalba, embora agora a queda pareça mesmo brusca e histórica, o “Fantástico” vem na corda bamba há algum tempo. “Como a própria estrutura do programa favorece as pautas e quadros diversificados, a audiência oscila conforme a qualidade destas atrações”, disse.
A jornalista ainda chamou atenção para um ponto interessante nessa briga pela audiência. “Em geral, sempre que o ‘Fantástico’ cai é porque alguma coisa na concorrência está chamando grande atenção. Desta vez, foi diferente, porque não se pode dizer que o ‘Programa do Gugu’ apresente algo inventivo – é mais do mesmo. E se é assim, oras, só podemos concluir que o programa esteve desinteressante mesmo no último domingo”, declarou.
Mas e aí, qual o erro? Além do exagero na interatividade, como Patrícia pontuou anteriormente, a exploração excessiva do elenco da casa também pode prejudicar. “As pessoas ligam no Faustão e lá estão os atores das novelas – que estiveram a semana toda nas novelas! Daí, começa o ‘Fantástico’ e lá estão mais atores, de novo. Muitas vezes, essas participações são soltas, artificiais”, afirmou.
“Para eles mostrarem o elenco, eu acho, tem de ser em uma boa entrevista (a do Zé Mayer foi muito boba, por exemplo) ou em uma pauta mais criativa, como quando reuniram as atrizes que viveram as Helenas do Maneco”, lembrou a crítica.
Sobre a produção de matérias com foco policial, Patrícia admitiu que é uma boa forma de se recuperar audiência, “porque é um assunto pelo qual a grande maioria se interessa – ou, pelo menos, se deixa prender”. Mas a jornalista fez uma observação: “não se pode apostar só nisso. Não se pode esquecer, por exemplo, que é domingo à noite. E não tem coisa pior do que encerrar o fim de semana com sangue de verdade (porque na ficção, tudo bem, já que os filmes do Chuck Noris vão bem nesse dia e horário)”.
“A equação ali é muito complicada. O programa não pode ser leve demais, senão a audiência desanima. Não pode ser forte demais, porque é para toda a família. É mesmo difícil se manter interessante nestes termos”, afirmou.
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